Autopédia Fiquem a conhecer as rotundas “osso de cão”

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Fiquem a conhecer as rotundas “osso de cão”

As rotundas "osso de cão" parecem estranhas, mas começam a ser as preferidas quando é preciso ligar vias rápidas a outras estradas mais pequenas.

Rotundas osso de cão Ver o vídeo

Rotundas “osso de cão”? O curioso nome provém da sua forma que, quando vista de cima, assume a forma clássica de um… “osso de cão”, como estamos acostumados a ver em desenhos animados ou brinquedos. Também devido à sua forma podem ser chamadas de dupla rotunda “gota de água”.

Essencialmente a rotunda “osso de cão” resulta da fusão de duas rotundas que nunca chegam a formar um círculo completo, estando ambas unidas por duas vias, de preferência fisicamente separadas, funcionando como uma rotunda só, mas como se tivesse sido comprimida a meio.

É uma solução que está revelar-se muito eficaz tanto no incremento da fluidez de tráfego, como na redução de colisões entre veículos. Vejam como funciona neste diagrama:

Rotunda "osso de cão"
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No primeiro caso, o de maior fluidez de tráfego, evita o recurso a semáforos para regularizar o trânsito, contribui para uma redução da velocidade dos veículos e para uma mais eficaz separação do tráfego que converge para o centro da interseção. Caso seja preciso fazer inversão do sentido de marcha, os condutores são obrigados a ir sempre à segunda rotunda.

No segundo caso, o da redução de colisão entre veículos, deve-se precisamente a essa separação do tráfego, prevenindo colisões frontais (na ligação entre as duas rotundas) e evitando um incremento de colisões laterais (veículo que bate de frente na lateral de outro veículo),

Foi o que constatou a cidade de Carmel, no estado de Indiana nos EUA (imediatamente a norte de Indianapolis), que já é conhecida pela quantidade (já são 138 e não vão ficar-se por aqui) e variedade de rotundas que já construiu.

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Carmel já tem em funcionamento várias rotundas “osso de cão” — como a que está no vídeo em destaque — que tomaram o lugar de outro tipo de intersecções, sob e sobre a via principal da cidade que a atravessa e a divide praticamente ao meio.

O IIHS (Insurance Institute for Highway Safety ou o Instituto de Seguros para a Segurança Rodoviária) efetuou um estudo comparando o número de acidentes antes e depois da construção das rotundas “osso de cão” (com dois anos de dados acidentes prévios á construção) em Carmel. Os resultados são esclarecedores: menos 63% no número total de acidentes e menos 84% no número de acidentes com feridos.

As rotundas “osso de cão” não se encontram apenas nos EUA, mas parece ser o país que mais depressa as está a adotar. Podem também ser aplicadas noutros contextos, que não o de servir de intersecção na entrada/saída de uma via rápida, como mostra o próximo vídeo: