Express chega em junho, Kangoo em julho
Express Van e Kangoo Van. Testámos a “aposta dupla” da Renault nos comerciais
Determinada a consolidar a sua posição no mercado dos veículos comerciais ligeiros, a Renault vai atacar o segmento com dois modelos, as Express Van e Kangoo Van.

Quando nasceu, em 1997, a primeira geração da Renault Kangoo tinha uma simples tarefa: substituir a bem-sucedida Express. Agora, 24 anos e quatro gerações depois, a Kangoo vê juntar-se a si na gama de comerciais da marca francesa a… Express.
A razão para tal é muito simples: “cobrir” da melhor forma o mercado. A regressada Express Van destina-se a quem procura um modelo mais simples e acessível enquanto a Kangoo Van é uma proposta pensada não só para quem precisa de mais espaço como de um modelo um pouco mais completo.
Mas será que esta “aposta dupla” da Renault tem argumentos para cumprir com aquilo a que se propõe? Para descobrir fomos conhecê-las às duas.
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A Renault Express Van…
O primeiro modelo que tive oportunidade de conduzir foi a Express Van e antes de tudo, tenho de adicionar mais uma razão para justificar esta aposta da Renault. A regressada Express Van irá ocupar o lugar da Dacia Dokker, partilhando com ela a plataforma, não sendo capaz de esconder as semelhanças com esta na secção traseira.
O interior deste veículo de trabalho é dominado pelos habituais plásticos duros, contudo a montagem não merece reparos nem a ergonomia, com o único reparo a estar na posição baixa do comando da caixa.

O exemplar que tive oportunidade de testar estava equipado com o 1.3 TCe de 100 cv e 200 Nm e se, à primeira vista, a combinação de um veículo comercial com um motor a gasolina pode parecer pouco “natural” a verdade é que depressa essa “sensação” desaparece.
Apesar dos modestos 100 cv, o 1.3 Tce surpreende, permitindo à Express Van imprimir ritmos interessantes, mesmo quando esta está carregada com um “lastro” de 280 kg, como era o caso da unidade testada.
Bem auxiliado pela caixa manual de seis relações, o motor a gasolina apresenta ainda consumos reduzidos, com a média neste primeiro contacto a fixar-se nos 6,2 l/100 km.

Quanto ao comportamento dinâmico, este pauta-se pela previsibilidade. É verdade que os 280 kg de lastro na traseira, esta torna-se um pouco mais reativa, mas nunca perde a compostura e não sentimos um “efeito pêndulo”.
Já o “dia a dia” laboral com a proposta gaulesa promete ser bastante fácil. Além das portas laterais deslizantes temos uma parafernália de espaços de arrumação (inclusive uma prateleira por cima da cabeça dos ocupantes) que fazem dela uma boa companheira de trabalho.
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Enquanto a Express Van se apresenta como a “porta de entrada” no universo dos comerciais Renault, a Kangoo Van pretende enfrentar o bem-sucedido “triunvirato” da Stellantis — Citroën Berlingo, Peugeot Partner e Opel Combo.
Para tal não só cresceu como se aproximou do “mundo” dos veículos de passageiros, algo especialmente evidente no campo da oferta tecnológica e quando nos sentamos ao volante.

O desenho do habitáculo é moderno, todos os comandos estão “à mão de semear” e soluções como o suporte para o telemóvel (herdada do novo Dacia Sandero) ou o compartimento com várias tomadas USB por cima do painel de instrumentos comprovam que a Renault prestou atenção às necessidades dos seus clientes.
Quanto à experiência de condução, neste primeiro contacto conduzi a versão equipada com o motor 1.5 Bue dCi de 115 cv e caixa manual de seis relações e devo admitir que a Renault foi bem sucedida na tentativa de aproximar a Kangoo Van ao “mundo dos ligeiros de passageiros”.

É verdade que os materiais são duros e nem sempre os mais agradáveis ao toque, mas a robustez está em bom plano e todos os comandos têm um peso e tato idênticos ao que encontramos, por exemplo, no Clio com o qual a Kangoo Van partilha a plataforma.
O comportamento revelou-se neutro, com a Kangoo Van a lidar bem com a carga de 280 kg que transportava e a contar com uma direção bastante precisa, direta e rápida.
Já o motor mostra-se adequado. Sem ser um velocista permite uma condução descontraída e económica (a média ficou-se pelos 5,3 l/100 km) e apenas nas ultrapassagens precisa de uma “ajuda” da caixa (longa) para despertar mais depressa.

Aposta de sucesso
Após ter feito alguns quilómetros ao volante das Renault Express Van e Kangoo Van, a Renault parece ter duas propostas capazes de cativar os mais exigentes clientes empresariais.
Com inúmeras soluções que lhes aumentam a versatilidade e motores com intervalos de manutenção que prometem reduzir os custos de operação (30 mil quilómetros ou 2 anos), a dupla da Renault promete “dificultar a vida” à concorrência”.
Os preços arrancam nos 20 200 euros para a Express Van (gasolina) e nos 24 940 euros para a Kangoo Van (Diesel).
Primeiras impressões
Soluções de versatilidade
Consumos
Facilidade de condução
Oferta tecnológica
Posição do comando da caixa (Express Van)
Caixa de velocidades longa (Kangoo Van)
Data de comercialização: Junho 2021
Sabe responder a esta?
Em que ano é que a Renault obteve a sua primeira vitória na Fórmula 1?
Não acertou..
Mas pode descobrir a resposta aqui::
Fomos celebrar com a Renault os 40 anos sobre a primeira vitória de um Turbo na F1Em cheio!!
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