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Nissan e-Power. Os híbridos que são… elétricos a gasolina

A tecnologia Nissan e-Power é aplicada num modelo pela primeira vez fora do Japão, no pequeno Kicks vendido na Tailândia. Quando chega esta tecnologia à Europa?

Nissan e-Power Kicks 2021

Se não estão familiarizado com o pequeno Nissan Kicks, trata-se de um crossover compacto, como o Juke, mas não é vendido na Europa. A marca japonesa atualizou-o (restyling), aproveitando a oportunidade para introduzir a tecnologia Nissan e-Power num modelo fora do Japão — até agora estava apenas presente no pequeno MPV Note (vídeo abaixo).

Uma tecnologia que merece toda a nossa atenção, pois também chegará à Europa em 2022 — muito provavelmente com o sucessor do Qashqai. A nova geração foi antecipada por um concept, o IMQ, também equipado com este pedaço de tecnologia, ainda que numa variante para modelos de tração integral.

Afinal o que é isso de Nissan e-Power?

Trata-se da mais recente tecnologia híbrida da marca japonesa e é distinta de outras tecnologias híbridas (não plug-in) que conhecemos, como a da Toyota ou da Hyundai.

VÊ TAMBÉM: És tu, Qashqai? IMQ Concept é o futuro eletrificado dos crossovers da Nissan
Nissan Kicks 2021
O renovado Nissan Kicks, que começa a ser vendido na Tailândia

A Nissan e-Power aproxima-se mais da tecnologia híbrida da Honda e:HEV que veremos no novo Jazz ou já vimos no CR-V já em comercialização. Ou seja, trata-se fundamentalmente de um híbrido em série, onde o motor de combustão apenas serve de gerador para o motor elétrico, não estando ligado ao eixo motriz.

É o mesmo tipo de funcionamento que vemos nos Honda, ainda que nestes exista um cenário de condução em que o motor de combustão pode passar força diretamente ao eixo motriz. Pelo que vemos na tecnologia Nissan e-Power, isso nunca acontece.

Elétricos… a gasolina

Ou seja, quando equipado com a tecnologia Nissan e-Power, esse modelo torna-se essencialmente num veículo elétrico… a gasolina. O motor de combustão não é um extensor de autonomia, como em alguns veículos elétricos. O motor de combustão é… a bateria.

No caso deste Nissan Kicks, como “bateria” temos então um pequeno três cilindros em linha, com 1.2 l de capacidade e 80 cv de potência. Ao ser usado apenas como gerador, permite que este trabalhe mais tempo no seu regime ideal de eficiência, contribuindo para a esperada redução de consumos e emissões.

Nissan e-Power

A energia que o 1.2 produz alimenta a bateria, passando de seguida pelo inversor (transforma corrente direta em alterna), que finalmente chega ao motor elétrico EM57, com 129 cv e 260 Nm, este sim, ligado ao eixo dianteiro motriz.

Sim, tem uma bateria (iões de lítio), mas esta é bastante compacta e de baixa densidade — apenas 1,57 kWh. Esqueçam uma deslocação elétrica extensa. Aliás, a Nissan nem divulgou neste primeiro comunicado qualquer valor para a autonomia elétrica, apesar do pequeno Kicks ter um modo EV.

Não era melhor ter uma bateria só?

Dado o custo elevado dos veículos elétricos, híbridos como este Kicks serão uma hipótese válida e bem mais acessível na luta para reduzir consumos e emissões. Fosse exclusivamente elétrico, como um Leaf, e o pequeno Kicks teria de ser bem mais caro.

É esta tecnologia que deverá assumir o lugar das motorizações Diesel da Nissan na Europa. É praticamente certo o fim de motorizações Diesel na próxima geração do Qashqai, cujo lugar será tomado por um Qashqai híbrido com tecnologia e-Power.

Nissan Kicks 2021
Interior do renovado Nissan Kicks.

Além do Qashqai, será que veremos esta tecnologia no Juke ou outro modelo da Nissan? Teremos de esperar para ver.

A Nissan passa também por uma fase delicada da sua existência, estando para breve o anúncio de um plano de recuperação. Do que se sabe, é que este plano promete foco renovado em mercados chave, como os EUA ou a China, mas uma presença reduzida noutros, como a Europa. Fica a saber mais:

TENS DE VER: Menos Nissan na Europa? Novo plano de recuperação parece indicar que sim

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