Notícias 11 100 rpm! Este é o V12 naturalmente aspirado do Aston Martin Valkyrie

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11 100 rpm! Este é o V12 naturalmente aspirado do Aston Martin Valkyrie

A Aston Martin levanta o pano sobre o motor que equipará o Valkyrie… e que motor! V12 naturalmente aspirado, mais de 1000 cv e redline às… 11 100 rpm!

V12 6.5 Aston Martin Valkyrie

Já sabíamos que o Aston Martin Valkyrie teria um V12 naturalmente aspirado com 6500 cm3, mas as especificações finais eram motivo de todo o tipo de especulações — todas elas a apontar para algo a norte dos 1000 cv alcançados a regimes estratosféricos…

Agora temos números concretos… e não desapontou!

Esta excentricidade de 12 cilindros dispostos num V a 65º debita 1014 cv (1000 bhp) a umas estonteantes 10 500 rpm, mas continua a subir até ao limitador colocado às… 11 100 rpm(!). Dado o teto elevado de rotações onde os mais de 1000 cv habitam, não admira que o binário máximo de 740 Nm seja apenas atingido às 7000 rpm…

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São 156 cv/l e 114 Nm/l, números verdadeiramente impressionantes, tendo em conta que, não esqueçamos, não há nem um turbo ou compressor à vista. E não nos esqueçamos que este V12 está em conformidade com todas as normas anti-emissões… Como o fizeram? Magia, só pode…

Compare-se com os números dos V12 naturalmente aspirados, também com 6500 cm3 dos Lamborghini Aventador e do Ferrari 812 Superfast, 770 cv às 8500 rpm (SVJ) e 800 cv às 8500 rpm, respetivamente… motores também verdadeiramente especiais, mas as diferenças para o V12 do Valkyrie são… expressivas

O programa previa um motor naturalmente aspirado desde o início, porque apesar da turbo-alimentação ter atingido a maturidade, e oferece benefícios significativos e abrangentes — especialmente para veículos de estrada — o melhor "driver's car" da era moderna exige um motor de combustão interna que seja o absoluto pináculo para desempenho, excitação e emoção. Isto significa a pureza sem compromissos da aspiração natural.

Aston Martin
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Ode ao motor de combustão

A concepção do V12 do Aston Martin Valkyrie ficou aos cuidados dos especialistas da afamada Cosworth, que além de ter conseguido extrair aqueles números, conseguiu também manter o peso deste imenso bloco controlado, apesar das funções estruturais que desempenha:

… o motor é um elemento estrutural do carro (retirem o motor e não há nada a ligar as rodas dianteiras à traseira!)

O resultado é um motor que pesa apenas 206 kg — como comparação, são menos 60 kg do que o 6.1 V12 do McLaren F1, também naturalmente aspirado.

Para conseguir um peso tão baixo para um motor tão grande, sem recorrer a materiais ultra-exóticos que ainda têm de provar que conseguem manter as suas propriedades ao longo do tempo, grande parte dos componentes internos são maquinados a partir de blocos sólidos de material e não resultam de moldagem — em destaque as bielas e pistões em titânio, ou a cambota em aço (ver destaque).

Escultura high-tech
Como esculpir uma cambota? Começa-se com uma barra sólida de aço com 170 mm de diâmetro e 775 mm de altura, à qual é retirada o material em excesso, passa por um tratamento de calor, é maquinada, leva novamente calor, passa por diversas fases de lixamento e finalmente polimento. Após concluída, perdeu 80% do material da barra original, e entretanto passaram-se seis meses. O resultado final é uma cambota 50% mais leve do que a usada no V12 do Aston Martin One-77.

A Aston Martin refere que através deste método conseguem maior precisão e consistência, com os componentes otimizados para o mínimo de massa e máximo de resistência.

Este V12 naturalmente aspirado parece vir de outra era. A marca britânica usa como referência os estridentes motores de regimes estratosféricos de Fórmula 1 da década de 90, mas com o seu novo V12 a usufruir de mais de duas décadas de evoluções ao nível do design, materiais e métodos de construção — este motor é um portento tecnológico por si só, uma verdadeira ode ao motor de combustão interna. No entanto, ele não estará “sozinho” na tarefa de catapultar o Aston Martin Valkyrie.

Mais performance… graças aos eletrões

Ao entrarmos numa nova era motriz, a da eletrificação, também o 6.5 V12 do Valkyrie será auxiliado por um sistema híbrido, apesar de ainda não haver informações sobre como interagirá com o V12, mas o que a Aston Martin garante é que as performances serão definitivamente incrementadas com o auxílio dos eletrões.

Para quem tem uma gota de gasolina no seu sangue, um V12 naturalmente aspirado capaz de altas rotações é o pináculo absoluto. Nada soa melhor ou transmite a emoção e excitação de forma tão completa do motor de combustão interna.

Dr. Andy Palmer, Presidente e CEO Aston Martin Lagonda

E por falar em som… Aumentem o volume!

Primeiras entregas em 2019

O Aston Martin Valkyrie será produzido em 150 unidades, mais 25 unidades para o AMR Pro, destinado aos circuitos. As entregas deverão começar em 2019, com um preço base estimado em 2,8 milhões de euros — ao que parece, todas as unidades já têm dono garantido!

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Pode encontrar a resposta aqui:

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