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Autoeuropa. Trabalhadores exigem resolução para evitar sobrecarga de trabalho

A Comissão de Trabalhadores da Autoeuropa refere existir uma «fúria cega» da direção, em busca de maiores índices de produtividade.

Volkswagen T-Roc unidade n.º 3500000 à saída da linha de produção com equipa Autoeuropa
© Volkswagen

Os trabalhadores da Autoeuropa aprovaram por unanimidade uma resolução onde exigem que a empresa tome medidas para evitar a sobrecarga de trabalho nas linhas de produção.

Esta informação foi revelada (esta segunda-feira) por uma fonte sindical à agência Lusa. E dá conta que esta resolução foi aprovada por unanimidade por todos os trabalhadores presentes nos quatro plenários realizados.

Os trabalhadores da Autoeuropa reafirmaram a necessidade de a empresa criar condições para reduzir os ritmos de trabalho, a velocidade das linhas, e para aumentar as pausas e criar um gabinete de psicologia e psiquiatria para dar apoio aos trabalhadores.

Eduardo Florindo, SITE-Sul
volkswagen autoeuropa
© Volkswagen

Comissão de Trabalhadores fala em “fúria cega”

A Comissão de Trabalhadores (CT) da Autoeuropa também se mostrou insatisfeita com esta situação, acusando a empresa de se defender com dados técnicos, que “continuam a não corresponder ao enorme esforço e desgaste a que os trabalhadores estão sujeitos”.

A CT da Autoeuropa, que terá feito uma comunicação a todos os trabalhadores no final da semana passada, afirma que, apesar de sempre ter dado prioridade às vias de diálogo, estas começam a esgotar-se.

Além disso, a CT comenta a existência de uma “fúria cega” por parte da direção, com o objetivo de conseguir melhorar os índices de produtividade à custa dos trabalhadores.

Segundo as informações disponíveis, a CT da Autoeuropa adianta que a direção da Volkswagen na Alemanha já terá sido informada da situação “insustentável” que se vive na fábrica de Palmela. Tudo através de uma reunião realizada a semana passada com a CT de Wolfsburg (Alemanha).

Em Palmela, a CT da Autoeuropa referiu que já foi entregue uma carta aberta à administração da fábrica “a exigir à empresa que nas próximas duas semanas tome medidas efetivas e objetivas para que, de uma vez por todas os trabalhadores deixem de trabalhar em condições desgastantes e penosas”.

“Após esse prazo terminado, iremos marcar plenários para discutir com os trabalhadores, o que foi alcançado acerca das cargas de trabalho e alguns pontos para o caderno reivindicativo que constam no abaixo-assinado entregue no dia 8/05/2023”, refere a mesma carta aberta da CT. No caso de não haver resposta por parte da direção, os plenários vão realizar-se nos dias 22 e 23 de junho.

A Razão Automóvel tentou contactar a Autoeuropa com o objetivo de obter uma declaração sobre este tema. Até ao momento, ainda não obtivemos qualquer resposta.

Fonte: Lusa

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