Desporto dos milhões. Estas são as personalidades mais ricas da Fórmula 1

Toto Wolff é o bilionário mais recente do universo da Fórmula 1, entrando assim para um clube exclusivo de personalidades onde já estavam nomes como Sir Jim Ratcliffe, Lawrence Stroll ou Carlos Slim.

Fórmula 1 é sinónimo de dinheiro. Sempre foi e sempre será. Há muito que as fortunas pessoais ditam frequentemente os contornos de uma disciplina que sempre se vestiu de luxo, exclusividade e glamour.

As corridas do Mónaco e, mais recentemente, de Las Vegas, ilustram isso de forma perfeita. É o espetáculo dos milhões, do «barulho» das luzes e dos famosos.

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E é precisamente isso que alimenta o show da Fórmula 1, que está mais global do que nunca. Culpem a Netflix — já todos viram “Drive to Survive”, certo? — e, acima de tudo, a Liberty Media, que transformou por completo este desporto, tornando-o mais lucrativo do que nunca.

Desde que a Liberty Media assumiu as rédeas da Fórmula 1 a categoria nunca mais parou de crescer e valorizar. E porque os números nunca mentem, importa olhar para eles. A Liberty pagou (no final de 2016) 4,4 mil milhões de dólares pela Fórmula 1; agora, segundo a Forbes, já vale 17,1 mil milhões de dólares, qualquer coisa como 15,77 mil milhões de euros.

Agora que já consegui estabelecer — se é que era preciso — que a F1 é um espetáculo de milhares de milhões, não é de estranhar que nos paddocks das corridas haja uma concentração de bilionários por metro quadrado que não podemos encontrar em muitos outros sítios do planeta.

Como começámos por referir, Toto Wolff é o mais recente a entrar nesse clube exclusivo. A Forbes acaba de anunciar que o austríaco, chefe de equipa e diretor executivo da Mercedes-AMG Petronas F1 Team, tem uma fortuna avaliada em mil milhões de dólares, aproximadamente 920 milhões de euros. Mas há muitos outros com bolsos ainda mais fundos.

O «caminho das estrelas» de Toto Wolff

Depois de uma carreira modesta como piloto, Toto Wolff transformou-se num dos rostos mais conhecidos e importantes da Fórmula 1, ao ponto de se perfilar como um dos maiores líderes da história da categoria, depois de ter levado os «flechas prateadas» a oito títulos mundiais de construtores consecutivos.

Mas aquilo que muitos não sabem é que Toto Wolff não é apenas o team principal da Mercedes-AMG Petronas F1 Team. Ele é também um dos principais accionistas da equipa: o austríaco detém — em partes iguais com a INEOS e a Mercedes-Benz Group AG — um terço das ações da equipa.

Wolff tem outros investimentos, entre eles uma participação de 0,95% na Aston Martin Lagonda Global Holdings, além de ter tido 5% das ações da Williams F1, que foram vendidas na aquisição da equipa, em 2021, por parte da Dorilton Capital.

Carlos Slim, o mais rico de todos

A fortuna de Toto Wolff pode parecer impressionante, mas está muito longe de ser a mais «recheada» do universo Fórmula 1. Aliás, está a mais de 92 mil milhões de dólares de distância (cerca de 85 mil milhões de euros) de Carlos Slim, o magnata mexicano que é dono da América Móvil, que controla a Telmex, a Telcel e a Claro, entre outras.

O mexicano, além de ter sido o «padrinho» da Sérgio Pérez no seu trajeto até à Fórmula 1, é um dos principais patrocinadores da Red Bull Racing. E o é precisamente através da Claro, cujo logótipo surge bem visível na asa dianteira dos monolugares de Checo Pérez e Max Verstappen.

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Slim é atualmente a oitava pessoa mais rica do planeta, segundo a Forbes, e está a uma larga distância de todas as restantes personalidades que ocupam o universo da Fórmula 1.

Dietrich Mateschitz

Importa referir Dietrich Mateschitz não só devido ao seu papel na Fórmula 1 moderna como também a servir como referencia às fortunas que vamos mencionar ao longo deste artigo.

O co-fundador da Red Bull, falecido em 2022, era o único que conseguia aproximar-se de Slim. O austríaco tinha uma fortuna avaliada em 27,4 mil milhões de dólares (cerca de 25,2 mil milhões de euros), de acordo com a Forbes.

Recorde-se que Mateschitz era diretor executivo da empresa de bebidas energéticas e detinha 49% das ações da companhia. E esta, por sua vez, tinha duas equipas na Fórmula 1: Red Bull Racing e AlphaTauri.

Além disso Mateschitz era ainda proprietário do Red Bull Ring, o circuito austríaco que acolhe a Fórmula 1 desde 2014, de forma consecutiva.

Sir James Ratcliffe

Pode não ser um nome (ou uma cara) tão conhecido quanto o de Toto Wolff, mas a verdade é que Sir James Ratcliffe tem sido uma personalidade dominante dentro da Mercedes-AMG Petronas F1 Team, equipa da qual detém 33% através da Ineos.

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Ratcliffe, que é a pessoa mais rica do Reino Unido, é o presidente e o diretor executivo da Ineos, que é uma das maiores empresas químicas do planeta. A sua fortuna está avaliada em 16,3 mil milhões de dólares, cerca de 15 mil milhões de euros.

John C. Malone

John C. Malone, bilionário das telecomunicações, supervisiona os direitos comerciais da Fórmula 1 através do Formula One Group, que é detido pela Liberty Media. Empresa que o próprio Malone fundou em 1991 e que tem atualmente, segundo a Forbes, o “império desportivo mais valioso do mundo”.

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O norte-americano é ainda dono dos Atlanta Braves (através da Liberty Media), equipa da Major League Baseball dos EUA, e detém uma participação de 77% na estação de rádio SiriusXM.

A fortuna de John C. Malone está avaliada em 9,3 mil milhões de dólares, aproximadamente 8,57 mil milhões de euros.

Lawrence Stroll

Lawrence Stroll é o presidente executivo da Aston Martin e detém cerca de 23% das ações da empresa britânica e é o proprietário da Aston Martin F1 Team, equipa onde corre o seu filho, Lance Stroll.

O canadiano, que também investiu em marcas de roupa como Tommy Hilfiger e Michael Kors, tem uma fortuna avaliada em 3,6 mil milhões de dólares, aproximadamente 3,32 mil milhões de euros.

Fonte: Forbes

Miguel Dias

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