Degradação das baterias da Tesla. Marca divulga valores

Se há dúvida que assola a mente de quem se está a preparar para comprar um carro elétrico, é a que está relacionada com a degradação da bateria.

Com o passar do tempo e o aumento da quilometragem, é certo que esta não terá o mesmo desempenho. Mas, na realidade, quanto é que se perde?

No Relatório de Impacto da Tesla referente ao ano 2022, a marca de Elon Musk refere alguns dados mais concretos e precisos sobre este tema.

Por entre muitas informações disponíveis, de acordo com os dados que o construtor tem recolhido dos seus veículos ao longo destes anos todos, após 322 mil quilómetros (200 mil milhas), a capacidade da bateria perde, em média, 12% da sua capacidade total.

“Mesmo após 200 000 milhas de utilização, as nossas baterias perdem apenas 12% da sua capacidade, em média.”

Tesla

Nas informações disponíveis, não são especificados modelos ou sistemas de baterias, mas a acompanhar esta informação há um gráfico (abaixo) onde referente ao Model S e o Model X.

No Relatório de Impacto de 2020, divulgado em 2021, as informações sobre as baterias da Tesla referiam um desgaste inferior, retendo 90% da sua capacidade após as mesmas 200 mil milhas (322 mil km).

Mas a própria marca relembra que este é um valor mais ou menos «dinâmico» e dependente de diversos fatores. Entre elas, a temperatura ambiente ou a percentagem de utilização de carregamentos rápidos.

Ainda assim, usando o valor de referência de 12% de perda (88% de retenção), podemos calcular uma perda de capacidade de 1% a cada 26 816 quilómetros percorridos. Mas também 1% a menos por cada 67 ciclos de carregamento completo (tendo em conta um carregamento em média a cada 402 km ou 250 milhas).

Quilometragem ou idade?

Outros dos fatores de desgaste apontados pela Tesla está relacionado com a idade da bateria. Ou seja, em carros com pouca quilometragem e uma utilização menos frequente, o desgaste da bateria fica mais associado à sua idade.

Nos modelos com uma utilização mais intensa, com mais carregamentos e mais quilómetros percorridos, o desgaste é mais associado a esta utilização frequente.

Como conclusão e tendo em conta estes valores, a Tesla refere que não está a prever demasiadas substituições de bateria. A razão relaciona-se com vida útil média dos veículos.

A Tesla estima que nos EUA seja de (precisamente) 200 mil milhas e na Europa de 150 mil milhas (240 mil quilómetros).

André Mendes

Jornalista automóvel desde o final dos anos 90. Assistiu às grandes transformações do setor e acredita que o melhor ainda está para vir.

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