Avaria na sonda lambda. Conheça os sinais e custos de reparação

A sonda lambda, também conhecida como sensor de oxigénio, é um componente essencial no sistema de controlo de emissões dos automóveis com motor de combustão. É assim desde 1976, altura em que foi aplicada pela primeira vez num veículo de produção, nos Volvo 240 e 260.

Localizada no sistema de escape, a sua principal função é monitorizar a quantidade de oxigénio presente nos gases de escape, fornecendo informações cruciais à centralina do motor para otimizar a mistura ar-combustível e, assim, garantir uma combustão mais eficiente e menos poluente. Resumidamente, conseguir que o motor trabalhe da melhor forma possível.

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Diagnóstico de avaria na sonda lambda

As avarias na sonda lambda podem manifestar-se de diversas formas. Os sintomas mais comuns incluem:

1. Aumento no consumo de combustível: Um sensor de oxigénio avariado pode provocar uma mistura ar-combustível inadequada, resultando em maior consumo de combustível e menor eficiência energética.

2. Perda de potência e performance: A sonda lambda defeituosa pode levar a um desempenho inferior do motor, afetando a aceleração e a potência do automóvel.

3. Luz de aviso no painel de instrumentos: Quando a sonda lambda apresenta problemas, é comum acender a luz de aviso do motor (check engine) no painel de instrumentos.

4. Emissões de gases poluentes aumentadas: Uma sonda lambda avariada afeta a capacidade de controlar as emissões de gases poluentes, o que pode levar a um aumento na emissão de gases nocivos e a problemas na inspeção periódica obrigatória.

Custo de reparação da sonda lambda

O custo da reparação ou substituição da sonda lambda pode variar de acordo com o modelo e marca do automóvel, bem como o tipo de sonda utilizada.

Em média, os preços de uma sonda lambda nova oscilam entre 50 euros e 200 euros, sem incluir os custos de mão de obra. No entanto, é importante consultar um profissional qualificado para obter um orçamento mais preciso.

Fatores a ter em consideração

Antes de proceder à substituição da sonda lambda, é aconselhável realizar uma verificação completa do sistema de escape e do motor. Em alguns casos, a avaria apontada à sonda pode ser consequência de outros problemas, como falhas no catalisador, fugas no coletor de escape ou problemas no sistema de injeção de combustível.

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Manter a manutenção do automóvel em dia, seguindo as recomendações do fabricante, é fundamental para prevenir avarias neste componente e garantir o bom funcionamento do sistema de controle de emissões.

Ao abordar a avaria na sonda lambda, é crucial considerar os impactos no desempenho do automóvel e no meio ambiente. Por isso, ao notar qualquer sintoma de avaria, consulte um profissional qualificado para realizar o diagnóstico e as devidas correções no sistema.

Como funciona a sonda lambda

Atualmente, os motores podem ter duas ou mais sondas. A título de exemplo, há modelos que recorrem a sondas lambda localizadas antes e depois do catalizador, de modo a medir a eficiência deste componente.

O seu nome deriva da letra λ (lambda) do alfabeto grego, que é usada para representar a equivalência entre a relação ar-combustível real e a relação considerada ideal (ou estequiométrica) de uma mistura.

Quando o valor é inferior a um (λ < 1) significa que a quantidade de ar é inferior ao ideal, logo a mistura é rica. Quando o oposto acontece (λ > 1), por ter excesso de ar, a mistura diz-se pobre.

A sonda lambda é composta por dióxido de zircónio, um material cerâmico que quando atinge os 300 ºC transforma-se num condutor de iões de oxigénio. Desta forma, a sonda consegue identificar por meio de uma variação de tensão (medida em mV ou milivolts) a quantidade de oxigénio presente nos gases de escape.

Uma tensão até cerca de 500 mV indica uma mistura pobre, acima disso reflete uma mistura rica. É este sinal elétrico que é enviado para a centralina do motor, que faz os ajustes necessários à quantidade de combustível injectado no motor.

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Existe um outro tipo de sonda lambda, que substitui o dióxido de zircónio por um semicondutor à base de óxido de titânio. Este tipo de sonda não necessita de uma referência do teor de oxigénio do exterior, pois consegue alterar a sua resistência elétrica em função da concentração de oxigénio. Face aos sensores de dióxido de zircónio, os sensores à base de óxido de titânio têm um menor tempo de resposta, mas por outro lado, são mais sensíveis e apresentam um custo superior.

Guilherme Costa

Desde muito cedo trocou a companhia dos brinquedos pelas revistas de automóveis. Alimentado por essa paixão em 2012 fundou a Razão Automóvel.

Autopédia, Emissões, sonda lambda, técnica