Notícias Depois da Porsche, Bentley também pode vir a apostar nos combustíveis sintéticos

Combustíveis sintéticos

Depois da Porsche, Bentley também pode vir a apostar nos combustíveis sintéticos

Matthias Rabe, chefe de engenharia da Bentley, revelou que a marca britânica pode vir a desenvolver combustíveis sintéticos para manter motor de combustão "vivo" por mais tempo.

bentley continental gt speed

A Bentley não fecha as portas à ideia de usar combustíveis sintéticos no futuro, de forma a manter os motores de combustão interna vivos, seguindo as “pisadas” da Porsche. Esta prepara-se para produzir, em conjunto com a Siemens Energy, combustíveis sintéticos no Chile a partir do próximo ano.

Quem o diz é Matthias Rabe, chefe de engenharia do fabricante com sede em Crewe, no Reino Unido, em declarações à Autocar: “Estamos a olhar mais para combustíveis sustentáveis, sejam eles sintéticos ou biogénicos. Achamos que o motor de combustão interna ainda vai existir durante bastante tempo, e se esse for o caso, achamos que pode haver uma vantagem ambiental significativa dos combustíveis sintéticos”.

“Acreditamos fortemente nos e-fuels como mais um passo além da eletromobilidade. Provavelmente daremos mais detalhes sobre isto no futuro. Os custos agora ainda são elevados e temos que promover alguns processos, mas a longo prazo, por que não?”, sublinhou Rabe.

A NÃO PERDER: 335 km/h! Continental GT Speed, o Bentley mais rápido de sempre
Dr. Matthias Rabe
Matthias Rabe, chefe de engenharia da Bentley.

Os comentários do chefe de engenharia da Bentley chegam poucos dias depois de Michael Steiner, responsável pela pesquisa e desenvolvimento da Porsche, ter dito — citado pela referida publicação britânica — que o uso de combustíveis sintéticos pode permitir à marca de Estugarda continuar a vender automóveis com motor de combustão interna por muitos anos.

Bentley vai juntar-se à Porsche?

Recorde-se que tal como referimos acima, a Porsche juntou-se à gigante da tecnologia Siemens para abrir uma fábrica no Chile para produzir combustíveis sintéticos já a partir de 2022.

Na fase piloto do “Haru Oni”, como é conhecido o projeto, serão produzidos 130 mil litros de combustíveis sintéticos neutros em termos climáticos, mas estes valores subirão substancialmente nas duas fases seguintes. Assim, em 2024, a capacidade de produção será de 55 milhões de litros de e-fuels, e em 2026, será 10 vezes superior, ou seja 550 milhões de litros.

VEJA TAMBÉM: Depois das abelhas a Bentley quer ajudar pássaros e morcegos

Não há, contudo, qualquer indicação de que a Bentley se possa juntar a este projeto, até porque desde o passado dia 1 de março deste ano, a Audi passou a “tutelar” a marca britânica, em vez da Porsche como até aqui.

Bentley EXP 100 GT
Protótipo EXP 100 GT antevê o Bentley do futuro: autónomo e elétrico.

Combustíveis sintéticos já eram hipótese antes

Esta não é a primeira vez que a Bentley demonstra interesse nos combustíveis sintéticos. Já em 2019, Werner Tietz, o antecessor de Matthias Rabe, tinha dito à Autocar: “Estamos a olhar para vários conceitos diferentes, mas não estamos seguros que a bateria elétrica seja o caminho a seguir”.

A NÃO PERDER: Projeto OCTOPUS. O primeiro passo para um Bentley 100% elétrico

Mas para já, apenas uma coisa é certa: todos os modelos da marca britânica serão 100% elétricos em 2030 e em 2026 será revelado o primeiro automóvel totalmente elétrico da Bentley, baseado na plataforma Artemis, cujo desenvolvimento está a cargo da Audi.

Sabe esta resposta?
Em que ano a Bentley usou pela primeira vez a designação "Flying Spur" num modelo?