Desde 45 776 euros
Testámos o SEAT Tarraco 2.0 TDI. É este o motor certo?
Depois de termos testado o SEAT Tarraco 1.5 TSI e 150 cv, colocamos agora à prova o 2.0 TDI de igual potência para descobrir qual a melhor opção para este SUV familiar.

Se bem te lembras, há uns tempos o Guilherme Costa testou o SEAT Tarraco com o 1.5 TSI de 150 cv e colocava no ar a questão se este motor a gasolina era capaz de fazer esquecer o 2.0 TDI de potência equivalente, por norma, a escolha por defeito num SUV de grandes dimensões como o Tarraco.
Ora, para dissipar de uma vez por todas quaisquer dúvidas que pudessem subsistir, pusemos agora à prova o SEAT Tarraco com… o 2.0 TDI de 150 cv, é claro.
Será que a “tradição” ainda se mantém e este é o motor ideal para o SUV e topo de gama da SEAT? Nas próximas linhas tentamos responder-te a essa pergunta.
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O Diesel ainda compensa?
Como o Guilherme nos disse no teste feito ao Tarraco com o 1.5 TSI, tradicionalmente, os SUV de grandes dimensões surgem associados a motores Diesel e a verdade é que depois de testar esta unidade com o 2.0 TDI relembrei-me da razão pela qual isso acontece.
Não é que o 1.5 TSI não cumpra (e até o faz bastante bem no capítulo das prestações), mas a verdade é que o 2.0 TDI parece feito à medida para o tipo de utilização a que o Tarraco se destina.

Com quase cinco metros de comprimento e mais de 1,8 m de largura, o SEAT Tarraco está longe de ser a escolha ideal para voltas urbanas, estando talhado para “devorar” quilómetros em estrada aberta.
Ora, neste tipo de utilização o 2.0 TDI de 150 cv e 340 Nm sente-se como “peixe na água”, permitindo uma condução relaxada, célere e, acima de tudo, económica.

Ao longo do tempo que passei com o Tarraco foi fácil manter os consumos entre os 6 e os 6,5 l /100 km (em estrada) e mesmo em cidade não andaram muito acima dos 7 l/100 km.
Já quando decidi tentar subir a minha nota no interativo “Eco Trainer” (um menu que avalia a nossa condução) cheguei a ver o computador de bordo anunciar médias de 5 a 5,5 l/100 km, sem no entanto andar a “pastelar”.

Suave e progressivo, o 2.0 TDI tem na caixa manual de seis velocidades uma boa aliada. Bem escalonada, esta tem um tato confortável (menos mecânico e dinâmico que, por exemplo, a do Ford Kuga) e leva-nos a praticar o estilo de condução que o Tarraco mais parece apreciar: uma condução relaxada.

Confortável e pensado para a família
Tendo em conta as suas dimensões exteriores, não admira que o SEAT Tarraco apresenta generosas cotas internas e consiga fazer um bom aproveitamento do espaço interior.

Atrás, há espaço mais que suficiente para dois adultos viajarem com conforto. A isto juntam-se ainda comodidades como as entradas USB e as saídas de ventilação presentes na consola central e umas muito práticas mesas nas costas dos bancos dianteiros.
Quanto à bagageira, tal como no Tarraco a gasolina, também este vinha com a configuração de cinco lugares, oferecendo por isso uma bagageira com uma capacidade de 760 litros, um valor bastante generoso para umas férias em família.

Já o comportamento deste SUV, pauta-se, acima de tudo, pela previsibilidade, estabilidade e segurança. Competente quando chegam as curvas, a bordo do SEAT Tarraco parece que vamos numa espécie de “casulo protetor” tal é a sua capacidade de nos abstrair do trânsito que nos rodeia.
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Bem construído e com materiais de qualidade, o interior do SEAT Tarraco prova que forma e função podem andar de mãos dadas.

Encarregue de estrear a nova linguagem visual da SEAT (tanto no exterior como no interior) o Tarraco conta com uma boa ergonomia, não abdicando dos sempre úteis comandos táteis.
Já o sistema de infoentretenimento é completo, fácil e intuitivo de usar (como em todos os SEAT) e conta com um bem-vindo comando rotativo para controlar o volume do áudio.

Quanto à oferta de equipamento, esta é bastante completa, incorporando deste gadgets como o Apple CarPlay e Android Auto até uma série de sistemas de segurança e ajuda à condução.
Entre estes destacam-se a travagem automática, o alerta de transposição de faixa, o leitor de sinais de trânsito, o alerta de ângulo morto ou o cruise control adaptativo (que, por sinal, funciona bastante bem com nevoeiro).

É o carro certo para mim?
Bem equipado, confortável e (muito) espaçoso, o SEAT Tarraco merece lugar cativo na lista de opções de quem procura um SUV familiar.
Quanto à escolha entre o 2.0 TDI de 150 cv e o 1.5 TSI de igual potência, esta depende mais da calculadora do que de outra coisa qualquer. Tens de ver se o número de quilómetros que fazes anualmente (e o tipo de via/meios em que os fazes) justificam optar pelo motor Diesel.
É que apesar de no nível de equipamento Xcellence (o mesmo do outro Tarraco que testámos) a diferença ser de cerca de 1700 euros com vantagem para o motor a gasolina, tens ainda de contar com o valor superior de IUC que o Tarraco a gasóleo vai pagar.

Já pondo de parte as questões económicas e tentando responder à questão que serve de mote a este teste, devo admitir que o 2.0 TDI “casa” muito bem com o SEAT Tarraco.
Económico por natureza, este permite ao SEAT Tarraco disfarçar bastante bem o seu peso sem obrigar o condutor a um número demasiado elevado de visitas aos postos de abastecimento.

E se é verdade que os motores Diesel já foram mais bem vistos, também não deixa de ser verdade que para assegurar consumos razoavelmente baixos num modelo com as dimensões e massa do Tarraco só há duas opções: ou se recorre a um motor Diesel ou a uma versão híbrida plug-in — e esta última, para os conseguir, vai obrigar a fazer visitas frequentes a um carregador.
Ora, enquanto a segunda não chega — o Tarraco PHEV já nos foi dado a conhecer, mas só chega a Portugal em 2021 —, a primeira vai fazendo “as honras” e assegura que o topo de gama espanhol continua a ser uma opção a ter em conta num segmento (muito) concorrido.

Preço
unidade ensaiada
Versão base: €45.776
IUC: €259
Classificação Euro NCAP:
- Motor
- Arquitectura: 4 cilindros em linha
- Capacidade: 1968 cm3
- Posição: Dianteira transversal
- Carregamento: Injeção direta Common Rail + Turbo de geometria variável + Intercooler
- Distribuição: 2 a.c.c., 4 válv. por cil.
- Potência: 150 cv entre as 3500-4000 rpm
- Binário: 340 Nm entre as 1750-3000 rpm
- Transmissão
- Tracção: Dianteira
- Caixa de velocidades: Manual de seis velocidades
- Capacidade e dimensões
- Comprimento / Largura / Altura: 4735 mm / 1839 mm / 1658 mm
- Distância entre os eixos: 2790 mm
- Bagageira: 760 litros
- Jantes / Pneus: 235/45 R20
- Peso: 1687 kg
- Consumo e Performances
- Consumo médio: 5,8 l/100 km
- Emissões de CO2: 155 g/km
- Vel. máxima: 202 km/h
- Aceleração: 9,8s
- Garantias
- Pintura e corrosão: 3 anos de pintura / 12 anos anti-corrosão
- Mecânica: 2+2 anos ou 80000 km
- Reviews Interval: 30000 km / 2 anos (o que ocorrer primeiro)
-
Equipamento
- Direção progressiva
- Tabuleiro retrátil no encosto dos bancos traseiros
- Perfil de Condução SEAT com botão "Driving Experience"
- Para-choques pintados
- Banco do passageiro rebatível
- Barras do tejadilho cromadas
- Abertura e fecho do portão traseiro elétrica e controlada por sensor (Pedal Virtual)
- Sistema Kessy (Entry + Go) sem função SAFE
- Vidros traseiros escurecidos
- Moldura exterior dos vidros cromada
- Front Assist com assistente de travagem em cidade para Cruise Control adaptativo
- Assistente automático de estacionamento
- Cruise Control adaptativo até 210km/h
- Função ECO
- Câmara traseira de ajuda ao estacionamento
- Climatronic 3 zonas
- Estofos em Alcantara
- Bancos desportivos
- Porta-objectos por baixo do banco do condutor
- Iluminação ambiente LED nos paineis das portas (dianteiras e traseiras)
- Jantes de liga leve 19" Exclusive
- Protecção dos estribos das portas iluminados
Avaliação
- Espaço a bordo;
- Dotação de equipamento
- Conforto
- Consumos
- Motor algo ruidoso a frio
- Reflexos no ecrã tátil com o teto panorâmico aberto
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