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Foi assim que tudo começou. O primeiro elétrico da Ford tem mais de 100 anos

Uma amizade, dois génios e uma tecnologia muito avançada no tempo. Esta é a história do primeiro Ford 100% elétrico.

Foi assim que tudo começou. O primeiro elétrico da Ford tem mais de 100 anos

Uma amizade, dois génios e uma tecnologia muito avançada no tempo. Esta é a história do primeiro Ford 100% elétrico.

Tecnologia do futuro? Nem por isso. Na Ford o primeiro elétrico têm mais de 100 anos de história.

Temos de recuar até 1913, quando o automóvel ainda só tinha «palmo e meio», para conhecer aquele que foi o primeiro elétrico desenvolvido pela Ford e que — apesar de nunca ter sido batizado — acabaria por ficar conhecido como o Edison-Ford.

O nome soa familiar? Não admira. Edison refere-se a Thomas Edison — esse mesmo, um dos grandes responsáveis pela revolução tecnológica ocorrida no final do séc. XIX. Uma personalidade incontornável que também teve um papel determinante no primeiro veículo elétrico da história da Ford.

Thomas Edison e Henry Ford. Dois génios, um propósito

Henry Ford, fundador da Ford Motor Company, e Thomas Edison eram mais que conhecidos. Foram melhores amigos e até vizinhos. Mas a história não começa assim.

Antes desta amizade que durou uma vida, Henry Ford era simplesmente «mais um» entre os milhares de funcionários das empresas de Edison. Foi nessa altura — num evento da empresa Detroit Edison Illuminating Company — que Thomas Edison tomou conhecimento do Quadricycle, o primeiro automóvel construído por Henry Ford. Estávamos em 1896.

Henry Ford com o Quadricycle
Quadricycle, 1896. O primeiro automóvel construído por Henry Ford, aqui a ser conduzido pelo próprio.

Segundo relatos da época, Thomas Edison ficou impressionado com o que viu — e ouviu… — de Henry Ford. Tanto assim foi, que encorajou-o a abrir uma empresa dedicada à produção de automóveis.

O «génio empreendedor» norte-americano tinha encontrado o parceiro ideal para dar início à revolução na mobilidade de milhões de pessoas.

“Jovem, é isso; continua com isso. Os carros elétricos têm de ficar perto das centrais elétricas. A bateria é demasiado pesada. Os carros a vapor também não servem, pois requerem uma caldeira e fogo. O seu carro é independente — carrega a sua própria central de energia —, sem fogo, sem caldeira, sem fumo e sem vapor. Tens a coisa certa. Continua com isso.”

Thomas Edison
Thomas Alva Edison, 1847-1931.

Contudo, o interesse de Thomas Edison por automóveis elétricos intensificou-se a partir daí. Não só adquiriu vários automóveis a eletrões, como fundou em 1901 a Edison Storage Battery Company, para comercializar as suas baterias de níquel-ferro com o intuito de instalá-las em automóveis.

Ford reconsidera o automóvel elétrico

A Ford Motor Company é fundada por Henry Ford em 1903 e rapidamente se tornou um sucesso, que «explodiu» com o lançamento do Model T em 1908, o modelo que verdadeiramente democratizou o automóvel.

Mas Henry Ford nunca esqueceu os elétricos. Depois de vários anos dedicado aos automóveis a combustão — tecnologia que poucos dominavam como a marca norte-americana — a Ford voltou a investir nos elétricos.

Ford Model T Touring, 1913
O primeiro «carro do povo». Lançado em 1908, só deixaria de ser produzido em 1927, 15 milhões de unidades depois. Na imagem, o Model T Touring, de 1913, uma das inúmeras variantes do modelo.

Sustentado pelo enorme sucesso do Model T, os amigos Henry Ford e Thomas Edison começaram a imaginar um automóvel 100% elétrico que, tal como o Model T, fosse acessível ao grande público. Não foi preciso esperar muito tempo após estas primeiras conversas para haver um primeiro protótipo, ainda muito básico, mas funcional.

Concluído em 1913, era essencialmente um chassis rolante, sem carroçaria… e nem volante (tinha uma cana de leme, como um barco). As baterias, obviamente da Edison, estavam sob o assento e o motor elétrico imediatamente à frente do eixo traseiro.

Elétrico Ford Edison-Ford
O protótipo do Edison-Ford já não existe, mas há este registo fotográfico do protótipo, com a fábrica de Highland Park, da Ford, em Woodward Avenue, Detroit, ao fundo. Nos comandos está Fred Allison, o engenheiro elétrico que desenhou o motor elétrico de tração.

Pouco tempo depois começaram a vir a público rumores — alguns alimentados pela própria Ford — de que a Ford estaria a desenvolver um automóvel elétrico. Henry Ford confirmaria-o ao New York Times, em 1914:

Dentro de um ano, espero, começaremos a fabricar um automóvel elétrico. Não gosto de falar de coisas que acontecerão daqui a um ano, mas estou disposto a contar-lhe algo sobre os meus planos.

O facto é que o Sr. Edison e eu temos estado a trabalhar há alguns anos num automóvel elétrico que fosse barato e prático. Foram construídos carros experimentais, e estamos agora satisfeitos sobre qual o caminho claro para o sucesso.

O problema até agora tem sido o de construir uma bateria leve que fosse capaz de operar em longas distâncias sem recarregar. O Sr. Edison tem experimentado uma bateria dessas já há algum tempo.

“Carros experimentais”, plural, foi talvez uma forma de Henry Ford empolar o anúncio, pois, além do protótipo mencionado, só há conhecimento de um segundo protótipo, concluído em 1914, que era bastante distinto e tendo já em vista a produção.

Este recorria a várias partes do Model T — chassis, suspensão, eixo dianteiro, e… o volante — que, numa lógica em tudo igual às sinergias e partilhas que vemos hoje, tinha o potencial de reduzir os custos e, consequentemente, o preço final do futuro modelo.

Elétrico Ford Edison-Ford, 1914
Havia diferenças substanciais deste segundo protótipo para o primeiro: o motor elétrico passava a estar à frente e foi adicionada mais uma fila de baterias para aumentar a autonomia. Ao volante, curiosamente, está novamente Fred Allison.

Thomas Edison chegou a dizer publicamente que o preço do novo modelo deveria oscilar entre os 500 dólares e os 750 dólares — como referência, um Ford Model T ficava entre 390-440 dólares. Hoje seria o equivalente a valores entre os 13 700 euros e os 20 500 euros.

Os rumores intensificaram-se e dizia-se que o primeiro automóvel elétrico da Ford seria lançado em 1915. Depois, surgiu nova data, 1916.

Dependendo do meio, a autonomia tanto era de 80 km como 160 km. Parece pouco? Temos que ter em consideração que em 1915-16 não havia autoestradas e as viagens intercidades não eram habituais — a maioria das deslocações de automóvel eram curtas e urbanas.

Henry Ford e Edsel Ford com Quadricycle e Ford Model T 15 milhões
Henry Ford e o filho Edsel Ford observam o Quadrycicle, por ocasião da produção do Ford n.º 15 milhões em 1927 (um Model T Touring), mas o Edison-Ford nunca chegou a contribuir para o atingir deste marco.

Apesar de toda a expectativa gerada e empolada por estes dois titãs americanos, a verdade é que este automóvel 100% elétrico não chegou a ver a luz do dia. O Edison-Ford nunca chegou ao mercado.

Porque é que não aconteceu?

Os teóricos da conspiração diziam que John Rockefeller, o magnata do petróleo, pressionou Ford e Edison a encerrar o projeto. Rockefeller já tinha perdido o monopólio do querosene para iluminação devido às lâmpadas elétricas e não queria que acontecesse o mesmo com o automóvel.

Teorias à parte, não foi este o motivo que levou ao fim deste projeto.

Já referimos aqui as baterias de níquel-ferro da Edison e eram estas que deviam alimentar o motor do primeiro automóvel elétrico da Ford — Henry Ford assim o exigiu. Segundo o livro The Ford Century, a Ford chegou a adquirir 100 mil baterias à Edison para a produção do seu primeiro automóvel elétrico.

Thomas Edison e Henry Ford
Thomas Edison, à esquerda, com o seu amigo Henry Ford, à direita.

Contudo, a equipa de desenvolvimento rapidamente concluiu que as baterias de níquel-ferro não eram adequadas para um automóvel elétrico. Tudo porque estas caracterizavam-se por ter uma elevada resistência interna.

Isto significa que apenas conseguiam descarregar uma quantidade muito limitada de corrente num curto período de tempo e não tinham a densidade energética para locomover devidamente um veículo. Eram também muito lentas a carregar; por outro lado conseguiam suportar imensos ciclos de carga e eram mais leves que as baterias de chumbo, as mais comuns na altura.

Um protótipo de demonstração do Edison-Ford foi concluído, mas para contornar a dificuldade causada pelas baterias de níquel-ferro, a equipa de desenvolvimento trocou-as por umas de chumbo.

Henry Ford

Henry Ford, conhecido pelo seu ego e implacabilidade, ao descobrir que as baterias tinham sido trocadas à sua revelia, ficou furioso. E significou também o princípio do fim do primeiro automóvel elétrico da Ford. Isto, apesar de ter já ter investido 1,5 milhões de dólares no projeto (mais do que 40 milhões de euros hoje).

Passariam muitas décadas até a Ford voltar a desenvolver outro carro elétrico para produção (mas não faltaram protótipos, muitos deles conhecidos). Um deles já «falámos» nestas páginas: a pick-up elétrica Ford Ranger, lançada em 1998.

As sementes do primeiro elétrico

O primeiro elétrico da Ford pode ter sido cancelado, mas nem tudo ficou perdido. Alguns dos engenheiros que o desenvolveram foram trabalhar para outras empresas, mas nunca perderam a ligação à Ford. E acabaram por ser fundamentais para a introdução de tecnologias em novos modelos da marca pouco tempo depois, como o arranque elétrico e os sistemas de iluminação elétrica.

anúncio Detroit Electric
Tanto Henry Ford como Thomas Edison acabariam por comprar automóveis elétricos da Detroit Electric… equipados, curiosamente, com as baterias de níquel-ferro da Edison. E a Detroit Electric não perdeu a oportunidade para fazer publicidade do facto.

Apesar deste primeiro capítulo na história dos automóveis elétricos da Ford soar a algo inglório, outros, mais recentes, tiveram muito mais sucesso.

E hoje, sustentada pelo sucesso do Mustang Mach-E, a Ford já deu início à sua ofensiva elétrica que se traduzirá, aqui na Europa, numa mudança total de paradigma de mobilidade do construtor a partir de 2035.

Depois do Mustang Mach-E, a Ford já mostrou a F-150 Lightning (versão elétrica da pick-up mais vendida do mundo) e nos próximos dois anos promete a chegada de mais dois modelos elétricos, a produzir em Colónia, na Alemanha. E não esquecer que já vende a E-Transit, a variante elétrica do seu conhecido furgão, que será acompanhada no próximo ano pela E-Transit Custom, o furgão de uma tonelada.

O Edison-Ford pode nunca ter chegado à produção, mas a sua importância no desenvolvimento dos sistemas elétricos dos automóveis não deve ser esquecido. A história continua.

ÚLTIMA EDIÇÃO: Ford Ranger EV. O futuro das pick-up 100% elétricas começou assim

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