Notícias Tesla e marcas chinesas tentaram controlar guerra de preços mas falharam. Porquê?

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Tesla e marcas chinesas tentaram controlar guerra de preços mas falharam. Porquê?

O acordo assinado a semana passada pela Tesla e 15 construtores chineses já não existe. Mas isso não se deve (totalmente) aos construtores.

Ainda não passou uma semana desde que, na passada sexta-feira, dia 7 de julho, publicámos a notícia de que a Tesla tinha assinado um acordo em conjunto com 15 construtores de automóveis chineses.

Este acordo definia uma espécie de «tréguas» entre as 16 marcas, depois de uma dura batalha no mercado chinês, com sucessivas descidas de preços.

No entanto, menos de uma semana depois, o «pacto de não agressão» já não existe. Primeiro porque, logo no dia seguinte, a Tesla já estava a anunciar novas ofertas. E ao mesmo tempo, as joint ventures da Volkswagen com a SAIC e a FAW também anunciaram novos cortes de preços nos modelos elétricos da família ID.

Tesla Model Y - carregamento
© Tesla

A principal razão da revogação deste acordo, no entanto, teve origem numa fonte algo inesperada: a Associação Chinesa de Fabricantes de Automóveis (CAAM).

Desde março que a CAAM apelava aos construtores e às autoridades locais para “arrefecerem o entusiasmo na redução de preços”. E com isto, “garantir um desenvolvimento mais estável da indústria automóvel”.

Depois de ter promovido o encontro e de assinado o acordo, revelou que este “viola as leis da concorrência na China”. E que, por essa razão, vai ficar sem efeito.

O mercado automóvel na China

O mercado chinês é o maior mercado automóvel do mundo. Representa, atualmente, valores próximos das 25 milhões de unidades comercializadas por ano. Isto significa que qualquer alteração pode causar um enorme impacto.

Este acordo poderia trazer alguma «tranquilidade» para a Tesla e para as outras 15 marcas chinesas. Mas também para o mercado de uma forma geral.

Segundo está a ser noticiado pela agência Reuters, há diversos construtores que continuam a reestruturar as suas operações na China. Só que, devido à pressão derivada das constantes descidas de preços, há trabalhadores a serem dispensados e fornecedores com margens de lucro mais reduzidas.

Além disso, há diversos planos de expansão, como o da fábrica da Tesla, por exemplo, que continuam a aguardar aprovação final para que se possam realizar. Por essa razão, já houve trabalhadores da marca americana dispensados na Gigafactory de Xangai, embora os planos de produção permaneçam inalterados.

Construtores como a Hyundai também estão a ponderar encerrar mais uma fábrica na China. Mas as previsões dos analistas citados pela Reuters são ainda menos animadoras.

Segundos os especialistas da consultora AlixPartners, das 167 empresas sediadas na China e que podem construir elétricos ou híbridos plug-in, apenas 25 a 30 devem sobreviver até 2030.

Fonte: Reuters

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