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Acabou a «guerra». Tesla e marcas chinesas assinam pacto de não agressão

Depois de meses de guerra cerrada, a Tesla e os principais construtores chineses assinaram um acordo destinado a manter uma concorrência leal.

Tesla Model Y frente 3/4 Midnight Cherry Red
© Tesla

Esta semana, os 15 maiores construtores de automóveis chineses e a Tesla, assinaram um acordo destinado a “manter boas práticas de mercado”.

O encontro aconteceu durante o China Auto Forum realizado esta semana em Jiading, Xangai, e foi promovido pela CAAM — China Association of Automobile Manufacturers.

Na base deste encontro, que resultou na assinatura de uma espécie de pacto de não agressão no mercado chinês, está a «guerra de preços» levada a cabo entre as gigantes Tesla e a BYD, e que as restantes marcas chineses, mais pequenas, não estavam a conseguir acompanhar.

Tesla Gigafactory Shanghai
© Tesla Fábrica da Tesla na China

Entre as marcas que fazem parte deste acordo estão: China FAW, Dongfeng Motor, SAIC, Changan Automobile, BAIC, GAC, China National Heavy Duty Truck, Chery, JAC, Geely, Great Wall Motor, BYD, NIO, Li Auto, Xpeng e também a Tesla.

Durante este meses, foram muitas as queixas das marcas de menor dimensão, o que levou a CAAM a promover este encontro.

Neste, a associação chinesa sugeriu uma moderação na batalha de cortes sucessivos de preços na indústria automóvel. As marcas que assinaram este pacto de não agressão garantem que os consumidores não serão prejudicados, afastando um cenário de cartelização de preços.

Têm de ler Tesla rendida às baterias «made in China». Model Y com tecnologia da BYD

Quatro pontos principais

Por entre o conteúdo que faz parte deste acordo, já assinado pelos 16 construtores, destacamos os seguintes pontos:

Em primeiro lugar, concordamos em respeitar as regras e regulamentos do setor, regularemos as atividades de marketing, manteremos uma ordem de concorrência leal, sem a prática de preços fora no normal. Prestaremos atenção aos métodos de marketing, sem conteúdos exagerados ou falsos, que possam enganar os consumidores com o objetivo de captar atenção e aumentar a aquisição de clientes.

Não foi explicado como é que a CAAM e os construtores envolvidos vão fazer este controlo, uma vez que não há regras escritas. Mas, mais adiante, entende-se qual é objetivo principal deste acordo:

Cumpriremos ativamente a nossa responsabilidade social e desempenharemos um papel ativo na estabilização do crescimento económico, no aumento da confiança e na prevenção de riscos, e trabalharemos em conjunto para contribuir para o crescimento económico nacional.

É de salientar que este acordo agora assinado não tem implicações jurídicas. Apesar de as marcas terem acordado uma estabilidade nos preços dos automóveis, continuam a ser livres de os reduzir. Resta saber quais serão as consequências caso este acordo não seja cumprido.

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