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França pressiona UE e pede medidas contra «invasão» automóvel chinesa

França afirma que a China está a «inundar» o mercado automóvel europeu de uma forma injusta e pressiona Bruxelas para tomar medidas.

© XPeng

O mercado automóvel europeu está a ser «invadido» pelos automóveis elétricos dos construtores chineses. Segundo os dirigentes franceses, o pior poderá ainda estar para vir, levando a França a pressionar a União Europeia (UE) para que sejam tomadas medidas urgentes.

Bruxelas, contudo, tem-se mantido cautelosa sobre este assunto, perante a probabilidade de desencadear uma batalha comercial contra a China.

Ainda assim, o jornal online Politico refere que está em discussão o avançar de uma investigação anti-dumping que poderá resultar na atribuição de tarifas de importação adicionais aos automóveis elétricos dos construtores chineses.

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© BYD

Quem o sugere é Thierry Breton, Comissário Europeu para o Mercado Interno, ao afirmar que é “favorável à abertura de uma investigação de dumping sobre os carros elétricos o mais rapidamente possível”.

Em causa está a possibilidade de os construtores chineses estarem a usufruir de apoios estatais, permitindo desenvolver e produzir automóveis elétricos em massa com custos bem mais baixos.

Estes modelos muito mais baratos podem depois «invadir» o mercado europeu a uma velocidade e uma escala capaz de colocar em causa a própria produção de automóveis elétricos na UE.

Os responsáveis franceses afirmam que a produção europeia de automóveis elétricos poderá sofrer grandes prejuízos por causa disso. Aliás, a França afirma mesmo que se trata de um caso de concorrência desleal e pressiona a UE por causa deste tema.

Este passo segue as palavras proferidas pelo Presidente francês Emmanuel Macron no passado mês de maio: “Não devemos repetir no mercado dos automóveis elétricos os erros que cometemos com a energia fotovoltaica, onde criámos uma dependência da indústria chinesa e fizemos prosperar os seus fabricantes”.

Quais os países em acordo?

O próximo passo é tentar descobrir se França está sozinha nesta ideia ou se conseguirá convencer os restantes países da UE a apoiar a sua proposta, sobretudo a Alemanha, cujos maiores construtores de automóveis têm na China um dos maiores, se não o seu maior mercado.

https://youtu.be/E49CEY5ofPY

A abordagem a esta questão, por isso, pende para o lado mais cauteloso, evitando iniciar um conflito comercial com a China.

Contudo, e caso a Alemanha demonstre o seu apoio, é muito provável que este passe a ser um dos assuntos de destaque na cimeira da UE que se realiza no final deste mês.

Uma coisa é certa, o resultado destas decisões pode modificar bastante o mercado automóvel tal como o conhecemos.

Fonte: Politico

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