Opel Insignia. Fim da linha pode chegar já este ano

Lançada em 2017 e renovada há cerca de três anos, a segunda geração do Opel Insignia é um símbolo de outra era da marca alemã, sendo o único modelo da marca alemã que ainda recorre a uma plataforma da GM.

Agora, esses «laços» com a GM parecem estar prestes a ser cortados de vez, com os alemães da Auto Motor und Sport a avançarem que o topo de gama alemão deixará de ser produzido já em 2022.

Com um novo topo de gama 100% elétrico «prometido» para 2025, tudo indicava que o Insignia se mantivesse em produção até, pelo menos, 2024. Contudo, um porta-voz da Opel citado pela publicação alemã revelou os verdadeiros planos da marca.

Sinais dos tempos

Caso se confirme o fim da produção do Opel Insignia ainda em 2022 não é muito difícil encontrar as razões por trás dessa decisão. Para começar, e como já referimos, este é o único modelo da marca que ainda não transitou para uma plataforma da Stellantis.

Não só isso implica o pagamento por parte da Stellantis à GM de uma taxa pelo uso da sua plataforma, como, para «piorar» a situação, esta plataforma não é eletrificável.

Ora, tendo em conta o segmento onde se insere o Opel Insignia — dominado pela venda para empresas —, a ausência de versões eletrificadas não «joga a favor» da proposta de Rüsselsheim.

A tudo isto junta-se ainda o facto de as berlinas e as carrinhas tradicionais estarem a perder vendas para os SUV/Crossover, razão pela qual propostas como os Peugeot 408 ou Citroën C5 X têm surgido no mercado.

Ainda segundo a Auto Motor und Sport, o porta-voz da marca alemã terá revelado que “a descontinuação do Insignia, com a sua plataforma não eletrificável, vai beneficiar o acelerar da produção do Astra“. Recorde-se que ambos os modelos são produzidos na fábrica da Opel em Rüsselsheim.

Fonte: Auto Motor und Sport

João Delfim Tomé

Apaixonado por automóveis desde sempre, o João divide os seus dias entre as teclas da Razão Automóvel e a chave de parafusos do Lada Niva que está a recuperar.

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