Miguel Oliveira mais próximo da Fórmula 1 (mas não é o que está a pensar)

A temporada 2024 do MotoGP promete ser uma das mais promissoras de sempre na carreira de Miguel Oliveira. O piloto português vai continuar a competir com uma Aprilia RS-GP, mas as semelhanças com a época 2023 acabam aqui.

Esta temporada Miguel Oliveira vai correr pela equipa Trackhouse Aprilia e vai ter ao seu dispor as mesmas «armas» dos pilotos da equipa oficial, ou seja, uma RS-GP 2024.

Pois bem, é precisamente aqui que as coisas começam a tornar-se interessantes para o piloto português. À sua volta há cada vez mais nomes que estiveram ou estão ligados à Fórmula 1.

Lições da Fórmula 1 no MotoGP

O título deste artigo pode parecer exagerado, mas está mais próximo da realidade do que muitos podem pensar. Há vários fatores a aproximar Miguel Oliveira do universo da Fórmula 1. Tanto técnicos como humanos. Em primeiro lugar os técnicos.

Desde que os testes de pré-época do MotoGP começaram que a troca de know-how entre o «universo» da Fórmula 1 e do MotoGP está mais próximo que nunca, principalmente na box de Miguel Oliveira.

O piloto português foi o primeiro piloto a testar uma «esteira aerodinâmica» nos testes de pré-época que decorreram esta semana. Falamos de um dispositivo utilizado já há muitos anos na Fórmula 1, que serve para estudar o desempenho das soluções aerodinâmicas em condições reais.

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Mais importante que isso, foi hoje anunciado que Davide Brivio será o diretor da equipa de Miguel Oliveira. O ex-diretor de corrida da Alpine F1 Team regressa assim a um «local» onde já foi feliz. Recordamos que Davide Brivio foi diretor da Suzuki MotoGP, com a qual foi campeão do mundo em 2020, e antes disso desempenhou as mesmas funções na equipa oficial da Yamaha.

Recuando um pouco mais no tempo, surge uma das histórias mais interessantes na carreira daquele que é agora o principal responsável desportivo na equipa de Miguel Oliveira, e uma das personalidades mais respeitadas no paddock do mundial.

Foi Davide Brivio que em 2003 conseguiu aquilo que muitos julgavam impossível: convencer Valentino Rossi a trocar a Honda pela Yamaha.

Com Davide Brivio vem também o conhecimento e a experiência que muitos apontavam como «fraqueza» da Trackhouse no MotoGP. Agora já não existe esse receio.

Em terceiro lugar, como se não bastasse, na cúpula da Aprilia no MotoGP, encontramos outro nome conhecido da Fórmula 1: Massimo Rivola. Durante vários anos foi diretor desportivo da Ferrari na Fórmula 1, tendo começado a sua carreira na Minardi.

Histórias

Valentino Rossi na Fórmula 1. A história completa

Valentino Rossi, lenda viva (e ativa) do MotoGP, continua a perseguir aos 39 anos de idade, o seu 10º título mundial — e persegue-o como se fosse o primeiro. Mas Valentino Rossi teve outro amor para além do MotoGP: a Fórmula 1.

Guilherme Costa

Foi Massimo Rivola que revolucionou a forma como a Aprilia está presente na categoria rainha do motociclismo. Apesar dos inúmeros títulos nas categorias intermédias, a histórica marca italiana nunca conseguiu o tão ambicionado título no MotoGP. Agora nunca esteve tão perto.

O mundial de MotoGP arranca já no próximo dia 8 de março, no Qatar, e regressa a Portugal no mesmo mês, de 22 a 24 de março, para o GP de Portugal. Mais uma vez será realizado no Circuito Internacional do Algarve.

Guilherme Costa

Desde muito cedo trocou a companhia dos brinquedos pelas revistas de automóveis. Alimentado por essa paixão em 2012 fundou a Razão Automóvel.

Desportos Motorizados, Miguel Oliveira, MotoGP