Notícias Governo quer acabar com incentivos à compra de carros elétricos

Incentivos

Governo quer acabar com incentivos à compra de carros elétricos

Este poderá ter sido o último ano em que o Estado disponibilizou incentivos para a compra de carros elétricos.

Fiat 500e - incentivos carros elétricos
Fiat

O Estado português está a ponderar acabar com os incentivos para a compra de carros elétricos já em 2024 e substituí-los por medidas que permitam reduzir os custos de carregamento.

A revelação foi feita pelo secretário de Estado da Mobilidade Urbana, Jorge Delgado, em entrevista ao Negócios e à Antena 1, onde afirmou que os níveis elevados de aquisição de carros elétricos mostram que a compra já não está ligada ao incentivo.

incentivos carros elétricos podem ser substituídos por medidas de apoio aos carregamentos
© EDP

Jorge Delgado foi mais longe e adiantou que, neste momento, os apoios do Estado não conseguiriam acompanhar os valores da procura.

“Isto faz com que o apoio seja útil para um número reduzido quando comparado com o universo de compradores de carros elétricos. Nós temos de evoluir para um tipo de incentivo à mobilidade elétrica mais universal”, afirmou Jorge Delgado em entrevista aos referidos meios.

A NÃO PERDER: Baterias LFP. Esta é a tecnologia que está a revolucionar o preço dos elétricos

O que pode mudar?

Para Jorge Delgado, a intervenção do Estado tem de recair sobre o valor das taxas cobradas no carregamento dos automóveis elétricos.

No entender do secretário de Estado da Mobilidade Urbana, isso sim seria “uma forma de o incentivo ser o mesmo para toda a gente”.

Peugeot 408 gt carregamento wallbox
© Peugeot

“A taxa que se paga para cobrir os custos da entidade gestora já é coberta com cerca de 700 mil euros por parte do Fundo Ambiental. Podemos reduzir mais essa taxa. E depois há outras taxas que estão incorporadas no custo do carregamento que podemos trabalhar”, explicou ao Negócios e à Antena 1.

Recorde-se que, de acordo com o Negócios, os incentivos à compra de carros elétricos chegaram este ano aos 5,2 milhões de euros em Portugal.

Fonte: Negócios