Notícias Se houvesse um novo Bugatti EB110, seria o Centodieci

Pebble Beach

Se houvesse um novo Bugatti EB110, seria o Centodieci

O Bugatti EB110 representou o primeiro passo para ressuscitar a Bugatti na década de 90. O Bugatti Centodieci é uma reinterpretação e merecida homenagem.

Bugatti Centodieci

A primeira aparição pública do Bugatti Centodieci aconteceu no último fim de semana no Pebble Beach Concours d’Elegance, nos Estados Unidos da América, e o seu nome, Centodieci, ou cento e dez em italiano, acaba por ter um duplo significado.

Não só é uma referência ao 110º aniversário da marca — a marca foi fundada em 1909 —, como também ao modelo que reinterpreta, o Bugatti EB110, lançado em 1991.

Regressando no tempo, o EB110 marcou o início de uma renascida Bugatti, sediada em novas e avançadas instalações em Campogalliano na Itália — hoje em dia abandonadas —, pelas mãos do empresário Romano Artioli. O superdesportivo era um tour de force tecnológico, um dos primeiros a ter uma estrutura em fibra de carbono e equipado com um V12 com apenas 3,5 l de capacidade e… quatro turbocompressores — soa a familiar?

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Apesar de todos os superlativos usados na altura para descrever o Bugatti EB110 por quem o conduziu, não o podemos classificar como um sucesso. O seu lançamento não podia ter acontecido em pior altura, após o rebentar da “bolha” dos superdesportivos — apenas 139 unidades seriam produzidas.

Não foram precisos muitos anos para esta nova Bugatti entrar em colapso — seria adquirida pelo grupo Volkswagen em 1998, a qual trouxe o nome Bugatti novamente para a ribalta com o Veyron em 2005, que seria não só o primeiro carro de produção a superar os 1000 cv como também o primeiro a superar os 400 km/h de velocidade máxima.

Bugatti Centodieci

O que nos traz até hoje e ao Bugatti Centodieci. A base técnica pode ser a do Chiron, mas o Centodieci não podia ser mais diferente do que este, mantendo-se fiel às linhas mestras do bugatti EB110 — o desenho revela-se bem mais retilíneo e até… italiano, em contraste com as linhas curvilíneas do Chiron, e o “C” que define o seu perfil.

As diferenças para o Chiron, no entanto, são mais que as puramente visuais. Além de ter perdido (apenas) 20 kg, o Centodieci recorre ao mesmo W16 quad-turbo do Chiron, mas a potência é superior em 100 cv, atingindo os 1600 cv (às 7000 rpm) — os 0 aos 100 km/h são atingidos em apenas 2,4s, os 200 km/h em 6,1s e os 300 km/h em apenas 13,1s.

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Ao contrário do Chiron, a velocidade máxima não suplanta os 400 km/h, sendo eletronicamente limitada aos 380 km/h. Aerodinamicamente, destaque para a presença de uma generosa asa traseira, capaz de gerar 90 kg de downforce, com a Bugatti a referir ainda que o Centodieci consegue níveis de aceleração lateral equivalentes ao Divo, mais orientado para circuito.

Ao contrário do La Voiture Noire, o Bugatti Centodieci não será modelo único, com uma pequena produção de 10 unidades planeada. Para os eventuais interessados, esqueçam — todas as 10 unidades já têm dono, com um preço base (sem impostos) de oito milhões de euros.

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