Desde 46 437 euros
Testámos o Volkswagen T-Roc Cabrio. É este o futuro dos descapotáveis?
Num mercado dominado pelos SUV, o Volkswagen T-Roc Cabrio parece mostrar o futuro dos descapotáveis, mas será que vale a pena?

O Volkswagen T-Roc Cabrio é a única versão do SUV alemão que não é produzida em Palmela (é produzida em Osnabruck, na Alemanha) e, ao mesmo tempo, o único descapotável da Volkswagen.
Ora, num mercado dominado pelos SUV em praticamente todos os segmentos, será que faz sentido juntar à carroçaria mais desejada da atualidade os «genes» de uma das tipologias de automóvel mais aspiracionais que existe?
A Volkswagen tentou fazê-lo com este T-Roc Cabrio e para descobrir se a solução faz sentido já o pusemos à prova.
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Um T-Roc bem diferente
Não são precisas grandes capacidades de observação para perceber que este T-Roc Cabrio é bem diferente dos restantes.
Com apenas duas portas, o SUV alemão priorizou a forma sobre a função (como se espera num descapotável) e o resultado final parece ter resultado.
É óbvio que as enormes portas e a elevada linha de cintura não lhe garantem a elegância típica dos descapotáveis tradicionais, mas se o objetivo era garantir que este T-Roc Cabrio não passava despercebido a Volkswagen parece ter sido (muito) bem-sucedida.

O «preço» de perder o tejadilho
Como seria de esperar, há um «preço» a pagar para andar de «cabelos ao vento» e no caso do T-Roc Cabrio este diz respeito à perda da habitabilidade tão elogiada em todos os outros T-Roc.
À frente nem há diferenças, mas o espaço nos bancos traseiros foi bastante reduzido bem como a capacidade da bagageira (passou de 445 l para 280 l), cujo maior «problema» é mesmo o acesso muito pequeno que nos obriga a abdicar de transportar objetos mais volumosos.

Em tudo o resto temos as mesmas qualidades já reconhecidas ao renovado Volkswagen T-Roc. Os materiais são mais agradáveis, o visual mais moderno e só alguns ruídos parasita revelam que a rigidez global deste T-Roc Cabrio está um pouco abaixo da oferecida pelos seus «irmãos».
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O «melhor de dois mundos»
Devo admitir que os primeiros quilómetros feitos ao volante do T-Roc Cabrio foram uma experiência um pouco desconcertante.
Por um lado, ia sentado numa posição mais alta típica de um SUV. Por outro, a ausência do tejadilho dava-me uma sensação de liberdade normalmente reservada a modelos bem mais desportivos e caros.

No final só posso elogiar a experiência de condução do SUV/descapotável da Volkswagen. Bem auxiliado por um adequado 1.5 TSI de 150 cv, este T-Roc Cabrio não só revelou ser uma boa aposta como «carro de passeio» como revelou cumprir na perfeição a tarefa de carro do «dia-a-dia».
Os consumos, numa condução feita sem grandes cuidados com este capítulo e, quase sempre, de capota aberta, fixaram-se nuns muito aceitáveis 6,7 l/100 km, e as prestações mostraram-se à altura de um modelo cujo principal objetivo é «entreter» o seu condutor.

Por falar em andar de capota aberta, o isolamento aerodinâmico revelou-se em bom plano, não havendo excesso de «turbulência» mesmo quando andamos em autoestrada com todas as janelas abertas.
Contudo, nestas circunstâncias eram bem-vindos uns bancos e volante aquecidos, equipamentos ausentes na unidade testada e que podem ajudar a usufruir das potencialidades do T-Roc Cabrio ao longo de todo o ano.
É o carro certo para si?
É verdade que o Volkswagen T-Roc Cabrio abdica de algumas das maiores qualidades dos restantes T-Roc (como a habitabilidade), mas fá-lo por uma «boa causa».
O seu preço até pode parecer elevado no seio da gama T-Roc, mas a verdade é que faz deste um dos descapotáveis mais acessíveis do mercado, e falo de um descapotável «a sério» e não apenas de um modelo com teto de abrir panorâmico em lona ao qual juntaram a designação “Cabrio” mas que mantém os arcos laterais.

O melhor é que, ao usar como base para o seu descapotável o T-Roc, a Volkswagen criou um modelo com um comportamento competente, confortável e, cortesia da maior altura ao solo, interessantemente versátil.
Se esta é ou não a receita para o futuro dos descapotáveis ainda não sabemos, mas, se for, a verdade é que a solução até faz sentido e não se preocupem, as sensações de circular de «cabelos ao vento» mantêm-se inalteradas.
Preço
unidade ensaiada
Versão base: €46.437
IUC: €173
Classificação Euro NCAP:
- Motor
- Arquitectura: 4 cilindros em linha
- Capacidade: 498 cm3
- Posição: Dianteira transversal
- Carregamento: Injeção direta + Turbo + Intercooler
- Distribuição: 2 a.c.c., 4 válv. por cil. (16 válv.)
- Potência: 150 cv entre as 5000-6000 rpm
- Binário: 250 Nm entre 1500-3500 rpm
- Transmissão
- Tracção: Dianteira
- Caixa de velocidades: DSG de sete relações
- Capacidade e dimensões
- Comprimento / Largura / Altura: 4271 mm / 1811 mm / 1527 mm
- Distância entre os eixos: 2630 mm
- Bagageira: 280 l
- Peso: 1536 kg
- Consumo e Performances
- Consumo médio: 6,8 l/100 km
- Emissões de CO2: 155 g/km
- Vel. máxima: 205 km/h
- Aceleração: 9,6s
-
Equipamento
- Faróis LED Performance
- Pacote Driver Assistance
- Digital cockpit Pro
- Kit R-Line dianteiro e traseiro
- Jantes em liga leve 17’ “Valencia
- Câmara traseira
- AC automático Climatronic 2 zonas
- Navegação Discover Media
- Wireless App Connect
- Pedais em alumínio
- Retrovisores exteriores rebatíveis electricamente
Avaliação
- Isolamento acústico;
- Versatilidade
- Conforto de rolamento
- Relação consumos/prestações
- Acesso à bagageira
- Comandos hápticos da climatização exigem habituação
Sabe responder a esta?
Qual é a capacidade da bagageira do Volkswagen Arteon?
Não acertou..
Mas pode descobrir a resposta aqui::
Testámos o renovado Volkswagen Arteon 2.0 TDI de 150 cv. Mudou mais do que pareceEm cheio!!
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