Ensaio Testámos o Volkswagen T-Roc@PT. O que é nacional é bom?

Desde 30 671 euros

Testámos o Volkswagen T-Roc@PT. O que é nacional é bom?

O Volkswagen T-Roc@PT, produzido na Autoeuropa em Palmela, celebra a sua «nacionalidade» portuguesa. Altura de descobrir os seus argumentos.

Volkswagen T-Roc@pt
© Thom V. Esveld / Razão Automóvel

Produzido na Autoeuropa em Palmela, quase que podemos olhar para o Volkswagen T-Roc como um «carro português», principalmente na série especial T-Roc@PT que, segundo a Volkswagen, quer destacar a “portugalidade” do renovado SUV.

Baseada na versão Life (entrada de gama), esta edição especial está disponível com o 1.0 TSI de 110 cv e caixa manual ou com o 1.5 TSI de 150 cv com caixa DSG.

Foi precisamente com o tricilíndrico de 110 cv que o T-Roc@PT se apresentou na garagem da Razão Automóvel para nos ajudar a responder ao ditado popular: o que é nacional é bom?

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Volkswagen T-Roc@pt
© Thom V. Esveld / Razão Automóvel

O que traz de diferente?

Visualmente há pouco a distinguir esta edição especial dos restantes Volkswagen T-Roc, sendo a exceção o logótipo específico “T-Roc@pt” que encontramos no pilar C.

Quanto às restantes diferenças, estas resumem-se, acima de tudo, a uma maior oferta de equipamento de série o que garante uma interessante relação preço/equipamento, quiçá a mais interessante da gama T-Roc.

Volkswagen T-Roc@pt
Este logótipo é um dos poucos elementos diferenciadores desta edição especial. © Thom V. Esveld / Razão Automóvel

Pensado para a cidade

Já o tinha dito quando testei o Volkswagen T-Roc com o 1.5 TSI de 150 cv e volto a repeti-lo agora: a não ser que os vossos percursos decorram, maioritariamente, em meio urbano, este 1.0 TSI de 110 cv acaba por parecer algo «curto» para o T-Roc.

Com 110 cv às 5500 rpm, mas com os 200 Nm de binário logo disponíveis entre as 2000 rpm e as 3000 rpm, o 1.0 TSI até mostra ser voluntarioso, mas quando saímos da «malha urbana» as suas limitações acabam por se fazer sentir, principalmente quando tiramos total partido da boa habitabilidade oferecida pela proposta germânica.

Nessas circunstâncias acabamos por ter de recorrer com frequência à caixa manual de seis relações. O que vale é que esta tem um bom escalonamento e um manuseamento suave. Não tem o tato mecânico das caixas da Mazda ou da Ford, mas a sua suavidade com certeza «fará as delícias» de quem quer um carro fácil de conduzir.

Aliás, todos os comandos do T-Roc@PT mostraram ser bastante leves, uma mais valia no meio urbano no qual esta versão deverá ser maioritariamente utilizada, mas que acaba por retirar algum prazer à experiência de condução de um modelo que até tem um chassis bastante competente.

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É poupado?

Alguns de vocês até poderão chegar à conclusão de que este 1.0 TSI é uma boa opção para quem quer consumos baixos e não valoriza muito a performance.

Por um lado é verdade que este 1.0 TSI não deixa de ser uma boa proposta, mesmo que as prestações não sejam o seu maior argumento. Contudo, a promessa de melhores consumos não é totalmente satisfeita.

Volkswagen T-Roc@pt
A oferta de sistemas de segurança e ajuda à condução está em bom nível. © Thom V. Esveld / Razão Automóvel

Sim, os seis litros de média que registei neste teste até são inferiores aos 6,5 l/100 km que consegui com o T-Roc 1.5 TSI. No entanto, enquanto no caso do 1.0 TSI tive de adotar uma condução mais focada nos consumos para atingir estes valores, no 1.5 TSI admito que a economia de combustível ficou para «segundo plano».

A questão é a mesma de sempre. Quando temos de acompanhar um ritmo de circulação mais elevado ou quando queremos ser nós a ditar esse ritmo os consumos ressentem-se mais no 1.0 TSI do que no 1.5 TSI.

O mesmo acontece quando circulamos com este T-Roc@PT carregado em autoestrada e queremos manter uma velocidade de cruzeiro mais elevada, denunciando logo a preferência do três cilindros por percursos urbanos.

Nesse contexto urbano, o pequeno mil mostra ter muito boa disponibilidade a baixos regimes, e a caixa bem escalonada acaba por «disfarçar» as limitações do 1.0 TSI quando associado ao SUV produzido em Palmela.

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É o carro certo para si?

O facto de o Volkswagen T-Roc@PT ser produzido em Portugal até pode levar-nos a ter um «carinho especial» pelo SUV germânico, mas desengane-se quem pensa que os seus argumentos se resumem só à nacionalidade do SUV.

Nesta edição especial “T-Roc@PT”, o SUV apresenta-se com um boa oferta de equipamento de série que se vem juntar às qualidades intrínsecas da propostas produzida em Palmela: a boa habitabilidade, a elevada robustez, o comportamento interessante ou a aparência atualizada.

Quanto à motorização que o equipa, não posso deixar de reforçar que é uma escolha particularmente adequada para quem anda, maioritariamente, em cidade. Se não for este o caso, o 1.5 TSI merece um olhar mais cuidado — a questão é que custa mais 5000 euros.

Testámos o Volkswagen T-Roc@PT. O que é nacional é bom?

Volkswagen T-Roc@PT 1.0 TSI 110 cv

7/10

"O que é nacional é bom" até já foi um slogan publicitário, mas no caso do Volkswagen T-Roc@PT é, acima de tudo, uma realidade. É verdade que este 1.0 TSI «sabe a pouco» para quem, como eu, faz muitos quilómetros em estrada aberta e autoestrada, mas a verdade é que há outros que raramente sairão da malha urbana e para eles este 1.0 TSI é bem capaz de ser suficiente. Nesta edição especial temos uma interessante oferta de equipamento de série que acaba por reforçar os argumentos que já reconhecíamos ao T-Roc.

Prós

  • Relação conforto/comportamento
  • Qualidade dos materiais melhorada
  • Habitabilidade
  • Relação preço/equipamento

Contras

  • Motor 1.0 TSI um pouco «curto»
  • Comandos hápticos da climatização exigem habituação
  • Bancos com pouco apoio lateral

Versão base:€30.671

IUC: €103

Classificação Euro NCAP: 5/5

€32.127

Preço unidade ensaiada

  • Arquitectura:3 cilindros em linha
  • Capacidade: 999 cm3 cm³
  • Posição:Dianteira transversal
  • Carregamento: Injeção direta + Turbo + Intercooler
  • Distribuição: 2 a.c.c./ 4 válv. por cilindro
  • Potência: 110 cv às 5500 rpm
  • Binário: 200 Nm entre as 2000-3000 rpm

  • Tracção: Dianteira
  • Caixa de velocidades:  Manual de 6 relações

  • Largura: 4251 mm
  • Comprimento: 1819 mm
  • Altura: 1584 mm
  • Distância entre os eixos: 2590 mm
  • Bagageira: 445 l
  • Jantes / Pneus: 215/55 R17
  • Peso: 1301 kg

  • Média de consumo: 6,0 l/100 km
  • Emissões CO2: 135 g/km
  • Velocidade máxima: 185 km/h
  • Aceleração máxima: >10,8s

    Tem:

    • Apoio de braco dianteiro
    • Banco dianteiros com regulacão em altura
    • Barras de tejadilho em preto
    • Retrovisores exteriores rebatíveis eletricamente
    • Vidro frontal atérmico
    • Vidros escurecidos
    • Volante multifuncões em couro
    • Ar condicionado automático Climatronic 2 zonas
    • Digital Cockpit
    • Faróis dianteiros em LED
    • Apple Car Play & Android Auto
    • Bluetooth
    • Cruise Control Adaptativo ACC
    • Pacote Driver Assistance (inclui: Cruise Control Adaptativo ACC; Sistema "Front Assist" com travagem de emergência em cidade; Assistente de luzes máximos)
    • Sensor de chuva
    • Sistema "Lane Assist"
    • Sistema de deteção de fadiga
    • Monitorização da pressão dos pneus
    • Park Assist

Azul Petroleum — 576€
Digital Cockpit Pro — 398 €
Pacote Conforto — 189 €
Câmara Traseira — 293 €.

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