Design
Designers imaginam nova «cara» para o BMW Série 7
Fazendo jus à «tradição», o novo Série 7 junta-se à controvérsia que tem acompanhado o design e estilo dos BMW. Haveria opções mais apaziguadoras?

Recentemente foi «levantado o pano» sobre a sétima geração do BMW Série 7 e, como tem acontecido com os últimos lançamentos da marca bávara, a sua aparência tem sido um dos tópicos mais discutidos.
Desta vez a discussão não gira apenas à volta da dimensão do “duplo rim” — que continua a dominar a frente —; as novas óticas bipartidas têm também sido alvo de controvérsia e dividido opiniões.
A frente combina, assim, um “duplo rim” de grandes dimensões com duas estreitas óticas LED num plano superior, que servem de luzes diurnas e piscas, e um segundo conjunto de óticas (médios e máximos) mais abaixo e escurecidos.
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Só os topo de gama da BMW deverão recorrer a esta solução. Vimo-la em primeiro lugar no Concept XM (apesar de quase ninguém ter reparado nas muito escuras óticas inferiores), no restyling recente do X7 e agora no novo Série 7.
A frente pode ser controversa, como tem acontecido noutros BMW, mas a restante berlina assume contornos mais formais e tradicionais.
A silhueta é a de uma tradicional berlina de três volumes, com uma separação clara entre o volume da frente, habitáculo e traseiro, e a postura é mais vertical do que antes, mais estatutária.

De notar ainda um muito bem definido Hofmeister kink no remate da janela traseira, ao contrário das soluções «diluídas» vistas nos Série 3 e Série 4.
VEJAM TAMBÉM: Este “restomod” do Mercedes-Benz 190E Evolution II precisa de acontecerA traseira também se destaca pela sua «limpeza» e predomínio das linhas horizontais, em claro contraste com a mais preenchida e animada frente.

Redesenhando a frente
Com a discussão visual a estar concentrada sobre «face» do novo BMW Série 7, não admira que as várias propostas de redesign do «navio-almirante» bávaro que têm vindo a público se foquem precisamente aí.
A maioria delas simplesmente eliminou as óticas bipartidas, mostrando o quão pouco consensuais têm sido, como podemos ver nas imagens abaixo do designer Sugar Chow.
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O mesmo designer vai mais longe ainda e procurou dar ao novo Série 7 um shark nose (nariz de tubarão), como tantos outros BMW do passado.
VEJAM TAMBÉM: Subaru Impreza 22B STi. Se fosse lançado hoje, seria assim?O «piscar de olho» ao passado é acentuado pela adoção de duplas óticas circulares e um “duplo-rim” que se desenvolve mais na horizontal do que na vertical.
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Contudo, outros designers «abraçaram» as óticas bipartidas, como foi definido pela equipa de design da BMW.
Foi este o caminho escolhido por Marouane Bembli, o designer mais conhecido pelo seu canal The Sketch Monkey.

O designer foi mais conservador na sua abordagem, jogando com a dimensão e posicionamento dos vários elementos que compõem a frente.
Reduziu a altura do “duplo-rim”, aproximou os dois conjuntos de óticas um do outro e aumentou ainda as entradas de ar nas extremidades do para-choques, aligeirando o peso de certos elementos, procurando um maior equilíbrio entre todos eles. Ficou melhor?
Estes são apenas alguns exemplos dos muitos que temos visto por essa internet fora, o que mostra, mais uma vez, que o desenho dos BMW está longe de agradar a «gregos e troianos» e é uma estratégia que os designers da marca, liderados por Domagoj Dukec, prometem continuar a seguir.
Passamos a «bola» para vocês. Esta nova «cara», com óticas bipartidas, dos topos de gama da BMW está aprovada ou acham que a marca não deveria ter seguido esse caminho?
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