Já disponíveis
Mais poupados do que um Diesel? Já conduzimos os novos Jeep Renegade e Compass e-Hybrid
Conduzimos os novos Jeep Compass e Renegade e-Hybrid, que se juntam aos já conhecidos híbridos plug-in 4xe. Estão aprovados?

Depois de ter introduzido as versões híbridas plug-in 4xe, a Jeep deu agora a conhecer as variantes e-Hybrid dos Renegade e Compass e nós fomos a Turim conhecê-los e conduzi-los em primeira mão.
Equipados com um sistema elétrico paralelo de 48 V, estes novos Jeep e-Hybrid levam-nos de imediato a pensar que estamos perante duas propostas híbridas suaves ou mild-hybrid. Mas eles são muito mais do que isso.
É que apesar de terem apenas 48 V, quando um híbrido convencional pode ter mais de 200 V, os Jeep Renegade e Compass e-Hybrid trazem dois motores elétricos, dando-lhes capacidades idênticas às dos híbridos, como o de poderem circular apoiados apenas pelo sistema elétrico.
A NÃO PERDER: Stellantis vai lançar 75 novos elétricos até 2030 e este inédito Jeep «a pilhas» é um delesEm que consiste?
Os sistemas mild-hybrid contam apenas com um motor elétrico, mas estes Jeep Renegade e Compass e-Hybrid adicionam mais um motor elétrico e conta com uma pequena bateria de 0,8 kWh.
O primeiro é um motor-gerador ligado por correia (BSG – Belt driven Starter Generator) ao motor de combustão, como acontece com tantos outros mild-hybrid.
Já o segundo surge integrado na nova transmissão automática de dupla embraiagem de sete velocidades e oferece uma potência extra de 15 kW (20 cv) e 55 Nm.

E ainda nem falámos do motor de combustão que serve de base a esta cadeia cinemática, que é também novo. Trata-se de um quatro cilindros turbo com 1.5 l (uma evolução do atual 1.3) com 130 cv e 240 Nm e que recebeu várias alterações para melhorar a sua eficiência, entre elas o facto de funcionar de acordo com o ciclo Miller.
Esta opção, em detrimento do mais tradicional ciclo Otto, traduz-se numa taxa de compressão mais elevada de 12,5:1 (é de 10,5:1 no 1.3 Turbo), muito alta para um motor sobrealimentado, caracterizando-se ainda por uma câmara de combustão mais compacta, temporização variável de válvulas de dupla fase, condutas de admissão especiais de ‘elevada turbulência’ e um sistema de injeção direta de alta pressão (até 350 bar).

Consumos mais baixos
Ao contrário do que acontece com as propostas 4xe da Jeep, estes novos Renegade e Compass e-Hybrid contam apenas com tração às rodas dianteiras, mas nem por isso deixaram de impressionar em estrada.
LEIAM TAMBÉM: Magneto 2.0. Evolução do Wrangler elétrico e mais 6 protótipos no Easter Jeep Safari 2022E a culpa foi, em grande parte, dos consumos obtidos durante este primeiro contacto com o novo sistema híbrido da marca norte-americana.
Com o Compass chegámos a fazer consumos de 4,7 l/100 km, registo que subiu para os 5,7 l/100 km no Renegade, que apesar de ser mais pequeno e mais leve, não tem uma aerodinâmica tão favorável.

É certo que foi um contacto curto e que nos levou a andar quase sempre em ambiente urbano e a velocidades não muito altas, mas a verdade é que andámos muito mais vezes «suportados» no sistema elétrico do que eu estava à espera.
Funcionalidades típicas de um híbrido convencional
E esta é mesmo a grande diferença deste sistema e-Hybrid para um mild-hybrid convencional. É que com estes modelos conseguimos andar apenas com recurso aos eletrões, ainda que somente em algumas situações específicas.
Falamos por exemplo das manobras de estacionamento, graças à funcionalidade e-Parking, e do chamado “pára-arranca”, fruto do e-Queueing. E importa lembrar que quando «damos. à chave» nestes dois modelos recorrem apenas ao motor elétrico, quer seja ao ligar quer seja no reiniciar nos semáforos, numa funcionalidade que a Jeep apelida de e-Launch.
Depois disso, e graças à funcionalidade e-Creeping, o sistema consegue ainda simular o deslocar do veículo em primeira velocidade de outro a combustão com caixa automática, sem usar o acelerador e tirando apenas o pé do travão.
E tal como acontece com outros veículos eletrificados, também estes e-Hybrid têm sistema de recuperação de energia através da desaceleração e travagem, e o motor elétrico pode dar um boost na performance aumentando o binário que chega às rodas em acelerações ou retomas de aceleração mais exigentes.

Versão Upland em estreia
A imagem destes dois modelos não sofreu qualquer alteração e não fosse o “e” a verde na traseira e seria difícil identificar estas variantes eletrificadas das outras.
A NÃO PERDER: Jeep Renegade 4xe Trailhawk. O melhor trepador da classe foi eletrificado. Convenceu?Porém, a Jeep aproveitou o lançamento dos e-Hybrid para apresentar um novo nível de equipamento, denominado Upland, que também estará disponível nas versões híbridas plug-in 4xe.

Mais focado na sustentabilidade, este nível de equipamento destaca-se por contar com uma pintura exterior em azul, combinada com um tejadilho preto, e por ter acabamentos em bronze na grelha dianteira e nos pára-choques.
A somar a isto, as versões Upland contam ainda com um capô parcialmente a preto e com materiais reciclados no habitáculo, feitos a partir de plásticos recolhidos no mar Mediterrâneo.

Preços
Os novos Jeep Compass e Renegade e-Hybrid já podem ser encomendados no nosso país e têm preços a começar nos 32 850 euros para o Renegade e nos 38 300 euros para o Compass.
Já as versões com o nível de equipamento Upland e-Hybrid estão disponíveis com preços desde os 35 650 euros para o Renegade e desde os 41 850 euros para o Compass.
Primeiras impressões
Funcionamento do sistema híbrido
Consumos
Simplicidade de utilização
Preço
Só existem versões de tração dianteira
Sabe responder a esta?
Em que ano nasceu o Willys MB, o primeiro Jeep?
Não acertou..
Mas pode descobrir a resposta aqui::
A história do Jeep, das origens militares ao WranglerEm cheio!!
Vá para a próxima perguntaou leia o artigo sobre este tema:
A história do Jeep, das origens militares ao WranglerMais artigos em Testes, Primeiro Contacto
©2022 RAZÃO AUTOMÓVEL