Desde 28 425 euros
Testámos o Skoda Kamiq mais potente a gasolina. Vale a pena?
O Skoda Kamiq 1.0 TSI 116 cv Style DSG é a versão mais cara (e potente) do SUV checo com motor a gasolina. Será que compensa? Descobre nas próximas linhas.

Depois de há uns tempos termos testado o degrau de acesso à gama do Skoda Kamiq, equipado com o 1.0 TSI de 95 cv no nível de equipamento Ambition, desta vez é a variante topo de gama com motor a gasolina que é motivo de análise.
Continua a estar equipado com o mesmo 1.0 TSI, mas aqui tem mais 21 cv, entregando 116 cv no total e vem associado à caixa DSG (dupla embraiagem) de sete relações. Também o nível de equipamento é o mais elevado Style.
Valerá a pena em relação ao seu mais humilde irmão?
TENS DE VER: Qual é o melhor SUV 2020? Captur vs 2008 vs Kamiq vs Puma vs Juke
Tipicamente Skoda
Esteticamente, o Kamiq adota um um visual sóbrio típico dos modelos da Skoda. Curiosamente, este é mais próximo ao de um crossover do que de um SUV, cortesia da ausência de proteções plásticas e da reduzida altura ao solo.
No interior a sobriedade continua a ser palavra de ordem, sendo bem complementada por uma montagem sólida e materiais agradáveis ao toque nos principais pontos de contacto.

Tal como nos disse o Fernando Gomes quando testou a versão base do Kamiq, a ergonomia perdeu um pouco com o abandono de alguns comandos físicos que permitem controlar o ar condicionado ou o volume do rádio.
Quanto ao espaço habitável e à versatilidade do interior deste Kamiq, volto a fazer minhas as palavras do Fernando, com este a revelar-se uma das melhores propostas do segmento neste capítulo.

Tripla personalidade
Para começar, e comum a todos os Kamiq, temos uma posição de condução um pouco mais baixa do que seria de esperar num SUV. Seja como for, vamos confortáveis e o novo volante não só tem um tato agradável como os seus comandos “emprestam” uma aura mais premium ao modelo checo.
Já em andamento, o Kamiq molda-se às necessidades (e estado de espírito) do condutor através dos já comuns modos de condução — Eco, Normal, Sport e Individual (este permite-nos fazer um modo à la carte).

No modo “Eco”, além da resposta do motor parecer ser mais calma, a caixa DSG ganha uma especial aptidão por subir de relação o mais depressa (e cedo) possível. O resultado? Consumos que podem descer até aos 4,7 l/100 km em estrada aberta e velocidade estabilizada, um carácter calmo que obriga a pisar com mais ímpeto o acelerador para despertar os 116 cv e lembrar à rápida caixa DSG que tem de reduzir de relação.
Já no modo “Sport”, temos exatamente o oposto. A direção fica mais pesada (um pouco demais para o meu gosto), a caixa “aguenta” mais tempo a relação onde está antes de trocar (motor faz mais rotação) e o acelerador fica mais sensível. Tudo se passa mais depressa e, apesar de as prestações não serem estonteantes (nem seria de esperar que fossem), o Kamiq ganha um à vontade até então desconhecido.

O mais curioso é que mesmo assim os consumos mantêm-se em níveis bastante aceitáveis, não indo acima dos 7 a 7,5 l/100 km, mesmo quando usamos e abusamos das potencialidades do motor.
Por fim, o modo “Normal” surge, como sempre, como uma solução de compromisso. A direção tem o peso mais agradável do modo “Eco” sem que o motor adote a sua aparente letargia; a caixa passa de relação mais cedo que no modo “Sport”, mas não procura sempre a mais alta relação. E os consumos? Bem, esses em circuito misto com autoestrada, estradas nacionais e cidade andaram pelos 5,7 l/100 km, um valor mais que aceitável.

Por fim, no capítulo dinâmico, volto a relembrar a análise do Fernando. Confortável e estável em autoestrada (onde a insonorização também não desilude), o Skoda Kamiq pauta-se, sobretudo, pela previsibilidade.
Sem ser tão divertido numa estrada de serra como o Hyundai Kauai ou o Ford Puma, o Kamiq apresenta um elevado nível de eficácia e segurança, algo sempre agradável num modelo com pretensões familiares. Ao mesmo tempo, revelou-se sempre capaz de manter a compostura, mesmo quando o piso está longe de ser perfeito.

É o carro certo para mim?
O Skoda Kamiq tem na sua versão de topo a gasolina uma proposta que se pauta pelo equilíbrio. Às qualidades inerentes a toda a gama (o espaço, a robustez, a sobriedade ou as soluções simply clever) este Kamiq acrescenta um pouco mais de “alegria” ao volante, cortesia de um 1.0 TSI de 116 cv que revelou ser um bom aliado.
Face à versão de 95 cv, oferece uma melhor desenvoltura sem passar uma fatura efetiva no campo dos consumos — uma vantagem quando andamos mais vezes que menos com o carro carregado —, sendo o único senão a diferença de preço face à variante com o motor menos potente que, no mesmo nível de equipamento, arranca nos 26 832 euros — à volta de 1600 euros mais acessível.

A unidade que testámos, porém, vinha com alguns equipamentos opcionais que faziam o seu preço ascender aos 31 100 euros. Ora, por não muito mais, 32 062 euros, já conseguimos aceder ao maior Karoq com o mesmo motor, o mesmo nível de equipamento, mas caixa manual.

Preço
unidade ensaiada
Versão base: €28.425
IUC: €103
Classificação Euro NCAP:
- Motor
- Arquitectura: 3 cilindros em linha
- Capacidade: 999 cm3
- Posição: Dianteira transversal
- Carregamento: Inj. Direta, Turbo e Intercooler
- Distribuição: 2 a.c.c.; 4 válv./cil.
- Potência: 116 cv às 5500 rpm
- Binário: 200 Nm entre as 2000 e as 3500 rpm
- Transmissão
- Tracção: Dianteira
- Caixa de velocidades: DSG de sete velocidades
- Capacidade e dimensões
- Comprimento / Largura / Altura: 4241 mm / 1793 mm / 1531 mm
- Distância entre os eixos: 2651 mm
- Bagageira: 400-1395 litros
- Peso: 1251 kg
- Consumo e Performances
- Consumo médio: 6,1 l/100 km
- Emissões de CO2: 137 g/km
- Vel. máxima: 193 km/h
- Aceleração: 10s
-
Equipamento
- Apoio de braços dianteiro com Jumbo BOX
- Ar condicionado Climatronic
- Sistema de navegação Amundsen, com ecrã de 9,2"
- Bancos dianteiros ajustáveis em altura, com apoio lombar
- Barras de tejadilho pretas
- Bluetooth com voice control
- Câmara traseira
- Care Connect 1 ano + Infotainment Online 1 ano
- Chapéu de chuva
- Cockpit Virtual
- Máximos automáticos
- Cruise Control + limitador
- Easy Start — fecho central com controlo remoto
- Espelhos retrovisores exteriores elétricos, aquecidos retráteis com anti-encadeamento automático
- Faróis de nevoeiro
- Faróis Full LED com função cornering, luzes de circulação diurna
- Faróis traseiros Full LED, com indicadores de mudança de direção dinâmicos
- Front Assist — com sistema de travagem de emergência
- Hill Hold control
- Jantes de liga leve 17" Braga
- Keyless Go
- Lane Assist + Side Assist
- Monitorização da pressão dos pneus
- Sensor de luz e chuva
- Sensor de parqueamento dianteiro e traseiro
- Start-Stop, com recuperação de energia da travagem
- Vidros elétricos à frente e atrás
- Volante multifunções em pele
Avaliação
- Consumos
- Espaço
- Motor enérgico
- Manobrabilidade
- Relação conforto/comportamento
- Ergonomia prejudicada pelo desaparecimento de alguns comandos físicos
- Resposta do motor/caixa em modo "Eco"
Sabes responder a esta?
Em que ano foi apresentado o protótipo Skoda Tudor?
Não acertaste.
Mas podes descobrir a resposta aqui:
Nada está a salvo. Skoda Tudor, o protótipo que até seria roubadoEm cheio!!
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