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França reage com ordem inédita aos airbags defeituosos da Takata

Um acidente fatal em França reacendeu a crise dos airbags Takata. O governo ordenou a imobilização de veículos com airbags defeituosos.

painel eletrónico informativo sobre airbags takata
© D.R.

O perigo associado aos airbags fabricados pela Takata não é novidade — os primeiros casos foram conhecidos há uma dúzia de anos. Já houve múltiplas operações de recolha ao longo dos anos, mas o perigo persiste.

Os airbags Takata voltaram a ser um tema quente em França, após ter ocorrido mais um acidente fatal em junho. Só em França, há registo de 18 fatalidades associados ao mau funcionamento destes airbags.

Citroën C3 segunda geração
© Citroën Os airbags da Takata foram utilizados por vários construtores entre 1996 e 2019, o que explica a enorme dimensão do problema. A segunda geração do Citroën C3 foi uma das que foi equipada com estes airbags.

Na sequência do último acidente, o Governo francês viu-se obrigado a tomar medidas drásticas. De acordo com o noticiado pela Reuters, o executivo estará a ordenar a imobilização de mais de 800 mil carros equipados com estes airbags.

Paralelamente, o executivo aumentou também a pressão sobre os construtores, acusando-os de demorar demasiado tempo a substituir os componentes defeituosos.

Também há a registar múltiplos casos de donos de carros equipados com estes airbags defeituosos que acabaram por não efetuar a substituição, por não ser fornecido um carro de substituição durante a reparação. Essa prática, no entanto, passou a ser obrigatória por imposição do Estado francês.

Após o último acidente, que envolveu um Citroën C3 de segunda geração, a Stellantis anunciou uma nova operação de recolha para o modelo. Esta foi acompanhada com uma ordem de “stop-drive” (proíbe os proprietários de conduzir o veículo até ser reparado) para os Citroën C3 (2009-2017) e DS3 (2009-2017) que ainda não tivessem substituído o airbag Takata de forma gratuita.

Caso tenha um destes modelos, pode confirmar se requer ou não uma campanha técnica no website da Citroën: siga esta ligação.

O que está em causa?

O problema dos airbags Takata reside no insuflador, a peça responsável por encher a bolsa em caso de acidente. A marca japonesa recorreu a um composto químico à base de nitrato de amónio para acionar o airbag, mas esse material revelou-se instável com o tempo, sobretudo em climas quentes e húmidos, que aceleram a degradação química desses componentes.

Quando acionado, em vez de insuflar de forma controlada, o insuflador pode explodir força excessiva projetando fragmentos metálicos para o interior do automóvel, como se fossem estilhaços.

As consequências têm sido graves: já foram registadas dezenas de mortes e centenas de feridos em todo o mundo, em muitos casos em acidentes ligeiros.

Desde que o problema foi conhecido, teve início a maior operação de sempre de recolha de automóveis, estimando-se que tenha chegado a 100 milhões de veículos em todo o mundo. Um problema que afetou inúmeros modelos de múltiplas marcas: Honda, Toyota, BMW, Ford, Citroën, DS, etc.

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