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Mazda. Filtro de partículas para motores a gasolina? Não precisamos

Ao contrário de outros, não foram necessários filtros de partículas para os motores a gasolina da Mazda ficarem em conformidade com os mais exigentes testes e normas de emissões.

Mazda MX-5

Excetuando o Mazda3, que será substituído em 2019, todos os restantes modelos Mazda, encomendados a partir de agora e com as primeiras entregas a acontecer em julho, já estarão em conformidade com a norma de emissões Euro 6d-TEMP — que todos terão de cumprir obrigatoriamente a partir de 1 de setembro de 2019 —, que inclui o mais exigente ciclo de testes WLTP, como o RDE, que é efetuado na via pública.

Filtro de partículas, não obrigado

Ao contrário do que temos reportado para outros construtores, o cumprimento das mais exigentes normas e testes, não implicará a adição de filtros anti-partículas nos motores a gasolina da Mazda, identificados como SKYACTIV-G.

SKYACTIV

Mais uma vez, a abordagem da Mazda, distinta da restante indústria, ao apostar em motores com maior capacidade, naturalmente aspirados e com taxas de compressão recorde, a revelar ser uma vantagem. No entanto, houve necessidade de efetuar algumas alterações nos motores para lidar com os testes RDE.

As alterações efetuadas nos SKYACTIV-G — com capacidades de 1.5, 2.0 e 2.5 l — implicaram o aumento da pressão de injeção, o redesenhar da cabeça do pistão, assim como o melhorar do fluxo ar/combustível no interior da câmara de combustão. Também as perdas por fricção foram reduzidas, e o sistema de refrigeração foi otimizado.

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Diesel em conformidade

Os SKYACTIV-D também sofreram alterações para estar em conformidade. Introduzidos em 2012, já eram compatíveis com a norma Euro 6, dois anos antes desta entrar em efeito e sem necessidade de sistema de redução catalítica seletiva (SCR).

A mais exigente Euro 6d-TEMP obrigou a alterações extensas no 2.2 SKYACTIV-D e a adopção do sistema SCR (e por acréscimo necessita de AdBlue). Entre as alterações efetuadas ao propulsor, encontramos uma câmara de combustão redesenhada, um turbo de geometria variável para o maior dos turbocompressores, nova gestão térmica e o que a Mazda define como Rapid Multi-Stage Combustion, que integra novos injetores piezo.

Novo 1.8 SKYACTIV-D

Como reportámos recentemente, o 1.5 SKYACTIV-D sai de cena, e no seu lugar surge um novo 1.8 SKYACTIV-D. O aumento da capacidade é justificado por permitir uma pressão máxima de combustão inferior à do 1.5, redução ainda mais reforçada pela combinação da recirculação dos gases de escape de alta e baixa pressão. Resultado: menor temperatura na câmara de combustão, um dos principais ingredientes para a produção das infames emissões NOx.

O outro benefício advém do novo 1.8 não necessitar de um sistema SCR para estar em conformidade — necessita apenas de uma mais simples armadilha NOx.

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