Notícias Mais greves no Grupo Volkswagen. O que está em causa?

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Mais greves no Grupo Volkswagen. O que está em causa?

As negociações entre o Grupo Volkswagen e o IG Metall estão num impasse. Trabalhadores ameaçam com mais greves num futuro próximo.

Fábrica da Vollkswagen. Wolfsburgo
© Volkswagen

As fábricas da Volkswagen, na Alemanha, estiveram parcialmente paralisadas nesta segunda-feira, dia 9 de dezembro, durante pelo menos quatro horas.

Milhares de trabalhadores cruzaram os braços em protesto contra cortes salariais e ameaças de encerramento de fábricas, aumentando a pressão sobre a direção da empresa e o sindicato IG Metall na véspera de novas negociações.

Os protestos, organizados em nove fábricas, incluindo a fábrica principal de Wolfsburgo, têm causado prejuízos significativos. Apenas para contexto, uma paralisação de apenas duas horas em Wolfsburgo pode significar uma perda de produção entre 400 e 600 automóveis.

Linha de montagem de uma fábrica de automóveis
© Volkswagen Linha de produção da Volkswagen

A tensão entre a empresa e os trabalhadores reflete um cenário de incerteza, com o construtor alemão a propor cortes salariais de 10% e a ameaçar o encerramento de três fábricas na Alemanha. A acontecer, será a primeira vez em 87 anos de história da marca alemã.

Recorde-se que o Grupo Volkswagen recusou uma proposta do sindicato que apontava para uma poupança de até 1,5 mil milhões de euros por não ser uma “solução sustentável”. Além disto, os pedidos de aumento de 7% por parte do sindicato também foram recusados pela direção — a direção está a propor cortes salariais de 10%.

O que os trabalhadores exigem

Thorsten Groeger, líder sindical alemão e membro da direção da IG Metall, afirmou que “hoje, os trabalhadores estão a tomar uma posição em forma de greve em todo o país. Em todo o lado, em todas as localizações, os trabalhadores da Volkswagen vão deixar de trabalhar — não durante duas horas, como da última vez — mas durante quatro”.

“Se isto não for suficiente, a véspera de Ano Novo vai ser seguida por algo muito maior, que a empresa nunca viu.”

Thorsten Groeger, líder sindical alemão e membro da direção da IG Metall

Groeger deu uma última chance ao fabricante “para conseguirem encontrar uma solução flexível, entre esta ou a próxima semana”. Em causa estão greves que poderão ter uma duração de até 24 horas.

Este é o segundo ciclo de greves, sendo que na passada segunda-feira já tinham ocorrido protestos semelhantes.

Os protestos laborais têm aumentado a pressão sobre a Volkswagen para resolver o impasse com o sindicato IG Metall. Arne Meiswinkel, membro da direção da Volkswagen e líder das negociações, reafirmou a posição da empresa, declarando que o fabricante continua “a precisar de um alívio de custos que possa ser implementado a curto prazo e que seja sustentável. Esta é a única maneira de nos mantermos competitivos”.

O Grupo Volkswagen elaborou um plano de poupança com o objetivo de economizar 17 mil milhões de euros, dos quais 12 mil milhões estão alocados especificamente à marca principal. No entanto, o fabricante está a ter dificuldades em preencher uma lacuna de cerca de quatro mil milhões de euros.

Fonte: Bloomberg e Zeit

Atualizado 9 de dezembro às 17h14.

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