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Volkswagen anuncia venda das operações no noroeste da China

A Volkswagen acaba de vender as suas instalações no noroeste da China, incluindo a fábrica de Xinjiang, que passa para uma empresa estatal.

Mãos a segurar logótipo da volkswagen
© Volkswagen

A Volkswagen acaba de anunciar a venda de todas as suas operações na região de Xinjiang, no noroeste da China. Desta forma, é finalmente colocado um ponto final na presença do grupo numa zona marcada por diversas polémicas ligadas aos Direitos Humanos.

Nos últimos anos, a Volkswagen esteve no centro de críticas relacionadas com alegações de trabalho forçado na região, embora estas tenham sido sempre negadas, tanto pela empresa como pelo governo chinês.

Com este anúncio, tanto a fábrica localizada em Urumqi como as pistas de testes de Turpan e Anting passam agora para as mãos da Shanghai Motor Vehicle Inspection Certification (SMVIC), uma empresa estatal chinesa.

Volkswagen - jante
© Volkswagen

Apesar de estar em funcionamento desde 2013, esta fábrica já não produzia automóveis desde 2019 e estava reduzida a cerca de 200 trabalhadores, que efetuavam inspeções finais de qualidade. Esta força laboral, passa agora para o novo proprietário, tal como descrito no comunicado da Volkswagen.

A marca alemã justificou esta decisão com “razões económicas”, mas também com o objetivo de se alinhar com uma nova estratégia. Além disso, o movimento é visto como uma forma de proteger a imagem da empresa e simplificar operações.

Paralelamente à saída de Xinjiang, a Volkswagen reforça a sua parceria com a SAIC, estendendo o acordo até 2040. Esta atualização inclui o lançamento de 18 novos modelos até 2030, com um foco considerável em veículos 100% elétricos e híbridos. Mesmo saindo de Xinjiang, a Volkswagen mantém a sua aposta na China. Afinal, ainda se trata do maior mercado mundial.

A decisão da Volkswagen de abandonar a sua atividade em Xinjiang coincide com outros desafios da marca neste mercado, tais como a concorrência cada vez mais agressiva de construtores como a BYD, por exemplo, num mercado que também está a desacelerar em diversas categorias.