Novo Subaru Impreza. O regresso possível de um nome lendário

Foi em 1992 que a Subaru deu a conhecer pela primeira vez ao mundo o Impreza e, na altura, ninguém diria que aquela berlina modesta acabaria por se tornar numa das maiores lendas do mundo dos ralis.

Se os tempos de glória já lá vão, o nome Impreza mantém-se «vivo» na Subaru. No Salão de Los Angeles a marca japonesa deu agora a conhecer a sexta geração — curiosamente, o mesmo palco onde revelou há 30 anos a primeira.

E desde logo destaca-se por duas «novidades» que o afastam ainda mais do Impreza que todos relembramos. Primeiro deixa de estar disponível com a carroçaria de três volumes, passando a ser apenas um hatchback (dois volumes e cinco portas) e a caixa manual também «sai de cena», ficando no seu lugar apenas… uma CVT.

Novo, mas «clássico»

Por debaixo de linhas que são mais uma evolução do que uma revolução face ao antecessor, temos a já conhecida Subaru Global Platform que agora é 10% mais rígida e um pouco mais leve.

Características que levam a Subaru a prometer para o novo Impreza um comportamento mais apurado, mas com superior conforto de rolamento e superior insonorização.

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O que se mantém no novo Impreza, desde a primeira geração, é a sua arquitetura atípica onde o motor está posicionado longitudinalmente à frente do eixo dianteiro — só a plataforma MLB da Audi, mas usada por mais modelos do Grupo Volkswagen, recorre a esta configuração.

E também mantendo-se fiel à tradição, o novo Subaru Impreza está apenas disponível (nos EUA) com tração às quatro rodas (Symmetrical All-Wheel Drive) e, claro, com um motor boxer.

Apresentação

Prodrive P25. Tudo sobre o restomod do Impreza 22B

Finalmente revelado, o Prodrive P25 estará limitado a 25 unidades e custa, antes de impostos, 536 mil euros.

João Delfim Tomé

Dois boxer

São duas as motorizações disponíveis, ambas de quatro cilindros opostos, naturalmente aspiradas e de injeção direta.

Nos níveis Base e Sport trata-se de um 2,0 l com 154 cv, mas no novo nível RS fica a residir por debaixo do capô um 2,5 l com 184 cv.

Ambas as motorizações estão associadas em exclusivo a uma transmissão CVT (Lineartronic CVT), mas nos níveis Sport e RS ganha um modo manual com oito relações e patilhas por detrás do volante.

RS de volta

O regressado nível RS acaba por ter uma conotação algo simbólica na história do Impreza nos EUA. Foi usada pela primeira vez nos EUA em 1998 e identificava na altura o Impreza mais desportivo, isto antes do primeiro WRX ter chegado ao mercado norte-americano.

O regresso da sigla ao Impreza mantém o foco numa maior desportividade. Não só recebe o motor mais potente, como a sua aparência é enriquecida com jantes de 18″, emblemas específicos, elementos a negro e faróis de nevoeiro em LED.

Também o interior ganha acentos decorativos a lembrar a fibra de carbono, bancos com destaques a vermelho e pedais em alumínio.

Não o vamos ter

A Subaru já há muito tempo que não é comercializada em Portugal, apesar de ainda estar presente em vários mercados europeus. Por isso, não é de prever que o novo Impreza chegue a ser comercializado entre nós.

Fernando Gomes

Entrou no universo dos automóveis através do design, hoje expressa a sua paixão pelo automóvel na escrita.

Salão de Los Angeles, Subaru, Subaru Impreza