Crónicas Tentei comprar um carro usado mas já não fui a tempo

Sprint Vs Maratona

Tentei comprar um carro usado mas já não fui a tempo

Procurar um carro usado é ainda mais difícil que procurar um carro novo. Uma história que ainda não teve um final feliz.

Honda Civic 5 portas
© Honda

Esta frase “vou comprar um carro usado para a minha mulher” já tem um mês. E pelo andar da carruagem, ainda vai chegar aos dois meses de vida antes de se transformar na desejada frase “querida, já tens carro!”.

Estou à procura de um carro relativamente barato para fazer aquilo que não quero fazer em mais nenhum carro: abandoná-lo num parque de estacionamento sem remorsos; ir ao supermercado sem me preocupar com as portas dos outros; deixar o puto meter os pés no teto sem levar as mãos à cabeça (quem tem filhos sabe que não há impossíveis…); e em troca não ter chatices de qualquer espécie.

Em cima disto quero consumos baixos, espaço para o quotidiano, os dispositivos mínimos de segurança, ar condicionado, um aspeto exterior cuidado e um interior condizente. Sim, porque apesar de querer um «pau para toda a obra» não quero um chaço.

carros usados stand
Obi – @pixel7propix na Unsplash “Tenho vindo a descobrir que para comprar um carro usado é preciso duas coisas: paciência e rapidez”

O meu grande problema

Quero apenas um carro que cumpra com zelo as necessidades quotidianas de uma família jovem, como a minha, num raio de 5 km. Para as outras distâncias os critérios já são outros.

Já encontrei uns quantos candidatos, mas ainda nenhum mora na minha garagem. O problema está em conseguir comprar o carro. É que entre encontrar o carro e celebrar o negócio vai uma enorme distância.

Refiro-me a carros usados que têm os três vértices do bom negócio: bom aspeto, poucos quilómetros e bom preço.

Quando têm bom aspeto e poucos quilómetros, normalmente são caros. Quando são baratos, então é porque têm muitos quilómetros ou então têm mau aspecto — ou pior, têm ambos. É raro encontrar um modelo que reúna estes três critérios.

Sprint Vs Maratona

É quando os três critérios se verificam que começa a verdadeira corrida. Uma espécie de sprint. No meu caso, pareço uma tartaruga, há sempre alguém que chega primeiro do que eu.

Tenho vindo a descobrir que para comprar um carro usado é preciso duas coisas: paciência e rapidez. Paciência para esperar e rapidez para reagir quando o negócio aparece. É uma espécie de sprint. Não há espaço para grandes hesitações e ontem voltei a hesitar.

Já comprar um carro novo é uma espécie de maratona. Exige paciência e sobretudo é isso: paciência. Escolhido o modelo, há vários carros nas mesmas condições. Nos usados, a escassez é diferente. Há muitos, mas em diferentes condições.

Portanto, se estão à procura de um usado não façam como eu: sejam rápidos e não hesitem. Para diminuir o risco, procurem usados certificados — aqui não faltam.

Agora que já aprendi a lição, tenho a certeza de que esta história vai ter um final feliz brevemente. E desse lado, já deixaram escapar algum negócio?

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