Crónicas Este Natal só quero uma coisa: um Porsche Cayman R

Raro e especial

Este Natal só quero uma coisa: um Porsche Cayman R

Este Natal não quero livros, meias ou pijamas. Basta mesmo um Porsche Cayman R e fico feliz. Aliás, muito feliz.

Porsche Cayman R
© Porsche

Este artigo faz parte do Especial Calendário do Advento 2023. Neste Natal dê crédito aos seus sonhos com o Banco Credibom.

Querido Pai Natal, sei que não és muito dado a automóveis e que para ti, nada bate um trenó «alimentado» por renas. Eu ainda não estou nessa fase e na verdade o que eu queria era mesmo um Porsche Cayman R.

É um dos segredos mais bem guardados da Porsche e um dos modelos em que mais sentido faz investir. E mesmo assim, aqui estou eu a escrever sobre ele e a entregar o «ouro ao bandido». Deve ser o espírito natalício a falar.

Eu sei que não é um Porsche 911. Mas os Cayman (ou 718 Cayman, agora) merecem ser olhados com outros olhos e não faz sentido continuar a tratá-los como uma espécie de segunda divisão da casa de Estugarda. Os Cayman são de primeira.

Há muitas razões para sonhar, mas o melhor é fazer. Simule um Crédito Pessoal Credibom.

Este em concreto, o Cayman R, apresentado em 2011, é um dos mais especiais e raros da gama. Só foram construídos 1621 exemplares.

Mas vá-se lá saber porquê, tem passado pelos «pingos da chuva» e ficado meio esquecido. O que são excelentes notícias para quem quiser comprar um: se fizer uma pesquisa rápida encontra versões com caixa PDK a menos de 60 mil euros.

Cayman R dianteira
© Porsche As jantes, as molduras dos faróis e as capas dos espelhos retrovisores em preto eram detalhes que separavam o Cayman R do S

Mais rápido e, acima de tudo, mais leve do que o Cayman S da época, esta versão R permitiu à Porsche aproximar o Cayman do 911, pelo menos em performance, e torná-lo ainda mais interessante de explorar, seja em estrada ou em circuito.

Para mais, a diferença de peso que referi não era ligeira. São 54,8 kg a menos face ao Cayman S, conseguidos com o recurso às jantes de 19” do Boxster Spyder, a portas em alumínio «roubadas» ao 911 (997) GT3, a baquets desportivas em carbono do 911 (997) GT2 e à eliminação do sistema multimédia e de som, do ar condicionado, dos puxadores das portas no interior, dos compartimentos de arrumação e da escova do vidro traseiro.

Porsche Cayman R
© Porsche Sem sistema de som e sem ecrã multimédia central. Tudo em nome do peso…

Para ter uma ideia, só o facto de não contar com ecrã central, sistema de som e ar condicionado permitiu poupar 15 kg. E sejamos sinceros, quem precisa de sistema de som num Porsche com um flat-six naturalmente aspirado? Pois, bem me parecia.

Para quem tenha uma opinião diferente (ok, pensando melhor, se calhar o ar condicionado faz sentido…), saibam que tanto o ar condicionado como o sistema multimédia (e de som) podiam ser adicionados de forma opcional. Nesse caso, a redução de peso para o Cayman S é de «apenas» de 40 kg.

Porsche Cayman R interior
© Porsche Os puxadores interiores das portas foram substituídos por uma fita de tecido

Mas já chega de falar de peso, porque o Cayman R é sobre muito mais do que isso. A Porsche conseguiu retirar mais 10 cv de potência ao motor seis cilindros boxer, naturalmente aspirado e com 3,4 l de capacidade do Cayman S, graças a um novo coletor de escape e a um novo mapeamento da Unidade de Controlo do Motor.

Contas feitas, o Cayman R entregava 330 cv às 7400 rpm e 370 Nm às 4750 rpm, que podiam ser geridos por uma caixa manual de seis velocidades ou por uma caixa PDK de sete relações. Em qualquer um dos casos os ganhos face ao Cayman S eram sempre significativos.

Com caixa manual o Cayman R era capaz de cumprir o sprint dos 0 aos 100 km/h em 5s (4,7s com caixa PDK e com Sport Chrono pack) e de acelerar até aos 282 km/h de velocidade máxima. Mas era, sobretudo, o que conseguia fazer nas curvas que o «atirava» para novos patamares de diversão.

Porsche Cayman R traseira
© Porsche Pai Natal, este podia ser eu. Só depende de ti…

Isto porque contava de série com diferencial autoblocante, podia equipar travões cerâmicos, mas prescindia da suspensão PASM da Porsche. Em vez disso, tinha molas mais firmes e mais curtas do que o Cayman S, que o tornavam 20 mm mais baixo.

A aerodinâmica também mereceu a atenção dos engenheiros da Porsche, que tinha no spoiler traseiro fixo o maior protagonista, ainda que o difusor dianteiro também não passasse despercebido.

E claro, a imagem exterior, sobretudo a inscrição «PORSCHE» nas laterais, que acrescenta sempre qualquer coisa. Só não sou o maior fã da cor de lançamento desta versão, denominada Peridot Green Metallic.

Pai Natal… Se ainda estiveres a ler, não vamos deixar que isso estrague esta nossa relação. Se vier em verde, está tudo bem. Ok?

Bem, acho que não me esqueci de nada sobre o Porsche Cayman R. Por isso o melhor é mesmo ir tratar de arranjar uma garagem. Não vá dia 25 pela manhã ter uma surpresa debaixo da chaminé…

Este artigo faz parte do Especial Calendário do Advento 2023. Neste Natal dê crédito aos seus sonhos com o Banco Credibom.