Autopédia Os filtros de ar de alto rendimento valem a pena?

Filtro de ar

Os filtros de ar de alto rendimento valem a pena?

Os filtros de ar de alto rendimento cumprem o que prometem? Jason Fenske, da Engineering Explained decidiu pôr tudo em… "filtros" limpos.

Filtro de ar K&N
Fotografia: K&N

Muitas vezes esquecido, o filtro de ar é uma peça que, apesar da sua simplicidade, desempenha um papel fundamental no garante da saúde do motor. Afinal de contas é ele que assegura que nenhuma sujidade ou impureza presentes no ar cheguem à câmara de combustão.

Mas ao mesmo tempo que evita a chegada de impurezas ao motor, o filtro de ar também restringe o fluxo de ar. Face a esse “problema” há muito tempo que se desenvolvem filtros de ar de alto rendimento, menos restritivos, que permitem ao motor “trabalhar” menos para sugar o ar, conseguindo uma maior eficiência e até um aumento de potência — ao entrar mais ar na câmara de combustão, mais combustível é injetado, mais potência é conseguida.

Passando da teoria à prática, Jason Fenske, do canal Engineering Explained, decidiu experimentar vários filtros de ar no seu próprio carro (um Subaru Crosstrek) e ver os resultados em termos de ganho de potência e de performance.

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Os resultados em banco de potência

Ao todo foram utilizados quatro filtros de ar: um usado e já sujo, um filtro novo original, um filtro de marca branca e ainda um filtro de alto rendimento da K&N. Com o filtro sujo a potência medida no banco de potência foi de 160 cv e o binário ficou-se pelos 186 Nm. Já com o filtro de ar novo da Subaru a potência subiu para os 162 cv e o binário manteve-se idêntico.

A maior surpresa veio quando Jason Fenske instalou o filtro de ar de marca branca. É que com este instalado a potência subiu para os 165 cv e o binário até aos 191 Nm. Por fim, o filtro da K&N registou, tal como se esperava, o maior valor de potência com 167 cv e 193 Nm registados.

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E as performances?

Para além do teste em banco de potência Jason Fenske decidiu ainda testar a performance do carro na estrada com os diversos filtros de ar. Assim, com o filtro sujo o Crosstrek demorou 8,96s para recuperar dos 32 km/h aos 96 km/h (20 mph a 60 mph), sendo que a recuperação dos 72 km/h (45 mph) até aos 96 km/h se ficou pelos 3,59s. Já com o filtro original mas acabado de sair da caixa os valores ficaram-se pelos 9,01s e 3,61s, respetivamente.

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Já com os filtros de aftermarket os resultados foram melhores. Com o filtro low cost a recuperação dos 32 aos 96 km/h foi feita em 8,91s, sendo que a recuperação entre os 72 km/h e os 96 km/h se ficou pelos 3,56s. Como seria de esperar as performances registadas com o filtro da K&N foram as melhores, com tempos de 8,81s e 3,49s, respetivamente.

Em conclusão, o filtro de ar de alto rendimento garantiu, na prática, o ganho que prometia. Mas como Jason refere, há uma ressalva, sobretudo no filtro de marca branca que também revelou excelentes resultados, sobretudo no que toca ao nível de proteção do motor. Ao ser menos restritivo, pode também deixar entrar mais impurezas do que um filtro mais restritivo seria capaz de captar.

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