Notícias Crise dos semicondutores continua em 2023. Mas há fim à vista?

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Crise dos semicondutores continua em 2023. Mas há fim à vista?

A crise dos semicondutores não dá sinais de estar perto de terminar e os construtores já estão a adaptar os planos de produção para 2023.

Semicondutores

Depois de ter «custado» à indústria automóvel 10,5 milhões de veículos em 2021 e cerca de 3,6 milhões em 2022, a crise dos semicondutores «promete» continuar a assolar a produção automóvel.

Segundo Sam Fiorani, vice-presidente para a previsão global de produção da AutoForecast Solutions, a escassez de semicondutores pode «custar» à indústria automóvel entre dois e três milhões de unidades em 2023.

Sam Fiorani admite que “mais chips estão a chegar à indústria automóvel, lentamente”, mas deixa um alerta: “quando vemos a produção de modelos com elevadas margens de lucro ser afetada, sabemos que ainda temos problemas, e isso continua a acontecer”.

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Construtores já se preparam

Cada vez mais acostumados à escassez de semicondutores, os construtores já estão a preparar-se para esse cenário em 2023.

Por exemplo, de acordo com Sam Fiorani, a Stellantis terá começado a reduzir a produção planeada do Jeep Cherokee em 2023 devido à escassez de semicondutores.

Produção aumentou, mas não chega

Apesar do forte investimento dos produtores de semicondutores para aumentar a capacidade de produção e de já se registarem incrementos efetivos na produção, a escassez de chips continua a fazer-se sentir.

Segundo Phil Amsrud, o principal analista sénior da área de pesquisa de semicondutores da S&P Global Mobility, neste momento o problema não é tanto o número absoluto de semicondutores produzidos, mas sim como esse número se compara com os valores de pré-crise.

Audi A1 Martorell

Já Dan Hearsch, diretor administrativo da AlixPartners, admite que a produção de semicondutores para automóveis deverá aumentar 20% este ano, mas deixa um alerta.

Os automóveis modernos contam com cada vez mais chips e os construtores querem «compensar» as encomendas que ainda não foram entregues. Tudo isto vai acabar por «diluir» este aumento de produção.

Recessão pode ajudar?

Com a hipótese de uma recessão económica a «pairar» sobre a indústria, Sam Fiorani admite que a crise dos semicondutores até pode aliviar nesse cenário.

Recordamos que nos últimos dois anos os construtores têm dado prioridade à produção de modelos mais caros e/ou mais rentáveis, face à escassez de semicondutores.

Ora, Sam Fiorani recorda que num cenário de recessão os construtores talvez tenham de rever essa estratégia, produzindo modelos mais acessíveis e… com menos chips.

Aliás, o vice-presidente para a previsão global de produção da AutoForecast Solutions admite até que “ter novamente modelos abaixo dos 30 mil euros poderia ajudar a indústria e a economia”.

Fonte: Autonews

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