Desde 54 599 euros
Mercedes-Benz GLA 250 e. Um híbrido plug-in para quem quer poupar combustível?
A Mercedes-Benz reclama uma autonomia elétrica de até 62 km para o GLA 250 e e nós até fizemos mais. Mas será que isso chega para convencer?

A Mercedes-Benz continua apostada em dilatar a oferta de modelos 100% elétricos, mas não esquece os híbridos plug-in, como este GLA 250 e que foi recentemente adicionado à gama.
Tal como o nome sugere, esta é a versão híbrida plug-in do GLA e, curiosamente, não tem um preço assim tão distinto da sua alternativa totalmente elétrica, o EQA 250.
Esta variante híbrida plug-in deu ainda mais argumentos à família GLA, mas será que isso chega para que esta nova versão do SUV mais pequeno da marca da estrela faça sentido?
A NÃO PERDER: Mercedes-Benz EQS SUV revelado. Mais espaço e mais atrativo que a berlina?
Sim, chega. A resposta é mais simples do que muitos de vocês provavelmente estariam à espera, mas a verdade é que esta versão híbrida plug-in dá bons argumentos ao GLA, que ganha três coisas concretas: melhores consumos, silêncio a bordo e muitos quilómetros livres de emissões — declara até 62 km “elétricos”.
Os números do sistema híbrido
Para isso recorre a uma bateria de iões de lítio com 15,6 kWh de capacidade — tem uma garantia de 100 000 quilómetros ou seis anos — e ao motor elétrico (montado na dianteira) mais pequeno que encontramos nos híbridos plug-in da Mercedes-Benz, com 75 kW (102 cv) de potência.
Este motor une-se depois a um motor a gasolina de quatro cilindros em linha com 1,33 l de capacidade que produz 160 cv, para uma potência máxima combinada de 218 cv e 450 Nm.

Graças a estes números, «geridos» por uma caixa automática de dupla embraiagem de oito velocidade que envia o binário apenas às rodas dianteiras, o Mercedes-Benz GLA 250 e é capaz de cumprir o sprint dos 0 aos 100 km/h em 7,1s e de atingir os 220 km/h de velocidade máxima. Aqui, importa mencionar que leva vantagem em relação ao elétrico EQA 250, que declara 8,9s e 160 km/h, respetivamente, nestes dois registos.
LEIAM TAMBÉM: Mercedes-Benz EQA testado. Será mesmo uma alternativa realista ao GLA?A resposta do sistema híbrido convence e as acelerações são muito satisfatórias, mas a maior «arma» do GLA nesta motorização são mesmo os consumos.

Autonomia elétrica alta
Depois de esgotar a capacidade da bateria elétrica não voltei a carregar e, mesmo assim, cheguei ao final deste ensaio — que contou com bastantes quilómetros em cidade, vias rápidas e com pouca autoestrada — com um consumo combinado de 4,2 litros/100 km.
Mas mais interessante ainda foram os quilómetros que eu conseguir «arrancar” à bateria antes de ela se esgotar: 67 km. E com a energia gerada nas desacelerações e nas travagens, cheguei ao final deste teste com 93 km “livres de emissões”, um registo francamente interessante.

Três modos distintos
Já que falamos da autonomia 100% elétrica deste híbrido plug-in, importa dizer que o GLA 250 e tem três modos de funcionamento distintos.
O primeiro é o modo 100% elétrico, que prevalece sempre que existe carga na bateria e que a velocidade de circulação não ultrapasse os 140 km/h.
A NÃO PERDER: Mercedes-Benz EQA em vídeo. Testámos o “Tesla Model Y” da MercedesDepois disso, quando a bateria se esgota, o motor a combustão passa a assumir as despesas, sendo que com a energia recuperada nas travagens e nas desacelerações, o motor elétrico também se vai «juntando à festa» sempre que aceleramos de forma mais incisiva ou sempre que seja possível substituir o motor a gasolina.

O terceiro modo é o Battery Level, que nos permite manter e reservar a carga da bateria, para usar mais tarde, por exemplo, quando entramos na malha urbana ou numa zona proibida a motores de combustão — como já acontece em algumas cidades europeias — permitindo circular em modo 100% elétrico.
Suave… muito suave
Em qualquer dos casos, o funcionamento deste 250 e é sempre muito suave. O sistema híbrido é muito agradável e nunca nos deixa a ansiar por mais potência. Sentimos as passagens de caixa, mas pouco mais. E quando circulamos em modo 100% elétrico, esta sensação de calma e tranquilidade é reforçada.
LEIAM TAMBÉM: GLB 35 4MATIC. O único HOT SUV de 7 lugares do segmentoE aqui importa dizer que este GLA 250 e oferece um bom nível de conforto, ainda que a suspensão tenha revelado um acerto mais firme do que eu estava à espera.

Porém, sentimos que tudo está bem calibrado de forma a que as irregularidades da estrada sejam todas (ou quase todas) filtradas e percebemos de imediato que a Mercedes-Benz se preocupou em oferecer um bom compromisso entre conforto e dinâmica.

Por falar em dinâmica…
Quando comparamos com o GLA 200, este Mercedes-Benz GLA 250 e «acusa» mais 345 kg na balança. Mas curiosamente, ao volante deste híbrido plug-in este lastro extra não se faz sentir de forma óbvia.
A NÃO PERDER: Testámos o mais potente dos Volvo C40 Recharge (408 cv). Convenceu?E isso explica-se sobretudo com o boost de binário instantâneo que recebemos por parte do motor elétrico. Mas importa realçar (novamente) o trabalho feito em termos de suspensão e a forma como o eixo dianteiro consegue lidar com tudo isto (o aumento de potência e de peso).

Por tudo isto, o GLA 250 e consegue até transmitir-nos uma sensação de leveza e agilidade, ainda que se revele algo subvirador. Dito isto, este pequeno SUV da marca de Estugarda cumpre perfeitamente aquilo que possamos estar à espera dele em termos dinâmicos.
Ainda assim, não fiquei convencido com o tacto do pedal do travão. Sabemos que não é fácil num híbrido plug-in reproduzir um feeling natural do travão — devido à transição entre travagem regenerativa e mecânica — e que isso exige habituação. Mas a verdade é que epodia estar mais bem conseguida neste GLA 250 e.
Descubra o seu próximo carro:
É o carro certo para si?
Se estão no mercado em busca de um pequeno SUV com motorização híbrida plug-in, este GLA 250 e é uma boa opção, sobretudo se fizerem trajetos diários abaixo dos 100 km e conseguirem carregar regularmente na casa ou no trabalho.
Neste caso, vão conseguir andar quase sempre apoiados na máquina elétrica e assim poupar vários euros em combustível ao final do mês.

E tudo isto sabendo que os consumos quando a bateria se esgota não são excessivamente altos e sem as limitações que os 100% elétricos ainda representam para algumas pessoas.
LEIAM TAMBÉM: Oficial. Mercedes-Benz será 100% elétrica em 2030 onde for possívelNão é barato, longe disso, e no interior sentimos que a qualidade dos materiais e de montagem está um pouco longe do que encontramos, por exemplo, a partir do Classe C na gama Mercedes-Benz.

Quanto ao equipamento de série, é aquilo que se espera de um premium alemão. É certo que contamos, por exemplo, com câmara de estacionamento traseira, mas não temos direito a acionamento elétrico do portão traseiro ou a integração do smartphone com o sistema MBUX.
Mas apesar disso e “contas feitas”, é fácil dizer que este sistema híbrido plug-in assenta bem ao SUV mais pequeno da Mercedes-Benz. Disso não tenho qualquer dúvida.

Preço
unidade ensaiada
Versão base: €54.599
IUC: €137
Classificação Euro NCAP: N/D
- Motor
- Arquitectura: 4 cilindros em linha; motor elétrico
- Capacidade: 1.333 cm³
- Posição: Motor combustão: Dianteira Transversal; Motor elétrico: Dianteira Transversal; Bateria: central traseira
- Carregamento: Motor combustão: Injeção direta, turbo e intercooler. Motor elétrico: bateria de iões de lítio de 15,6 kWh
- Distribuição: 2 a.c.c., 4 válv. por cil. (16 válv.)
- Potência: Motor combustão: 160 cv (118 kW) às 5500 rpm; Motor elétrico: 102 cv (75 kW); Potência máxima combinada: 218 cv (160 kW)
- Binário: Motor combustão: 230 Nm entre as 1620-4000 rpm; Motor elétrico: 300 Nm; Binário máximo combinado: 450 Nm
- Transmissão
- Tracção: Dianteira
- Caixa de velocidades: Automática de dupla embraiagem com 8 velocidades
- Capacidade e dimensões
- Comprimento / Largura / Altura: 4410 mm / 1834 mm / 1613 mm
- Distância entre os eixos: 2729 mm
- Bagageira: 385-1385 l
- Jantes / Pneus: 235/55 R18
- Peso: 1775 kg
- Consumo e Performances
- Consumo médio: 1,3 l/100 km; Autonomia elétrica: 62 km
- Emissões de CO2: 30 g/km
- Vel. máxima: 220 km/h
- Aceleração: 7,1s
-
Equipamento
- Jantes AERO em liga leve de 5 raios duplos de 17"
- Barras de Tejadilho em Aluminio
- Linha Style Plus
- Faróis LED High Performance
- Acabamentos interiores em look ellipse
- Ar condicionado automático THERMATIC
- Bancos conforto
- Volante multifunções em pele
- Pack Espelhos
- Pack parking
- Ecrã central de 10,25"
- Sistema de navegação em disco rígido
- Pack de arrumação do compartimento de carga
- Pre-instalação para car sharing
- Cabo de carregamento para wallbox e postos de carregamento públicos com 5 metros
- Câmara para marcha-atrás
- Serviços remotos e carregamento plus
- Cobertura retrátil na consola central
Avaliação
- Resposta do sistema híbrido plug-in
- Autonomia 100% elétrica
- Consumos
- Tato do pedal do travão
- Equipamento de série algo curto
Sabe responder a esta?
Qual a potência total do Mercedes-Benz EQB 350?
Não acertou..
Mas pode descobrir a resposta aqui::
Mercedes-Benz EQB 350 testado. O único SUV elétrico do segmento com 7 lugaresEm cheio!!
Vá para a próxima perguntaou leia o artigo sobre este tema:
Mercedes-Benz EQB 350 testado. O único SUV elétrico do segmento com 7 lugaresMais artigos em Testes, Ensaio
©2022 RAZÃO AUTOMÓVEL