Desde 43 900 euros
Testámos o Honda CR-V Hybrid. Diesel para quê?
Na nova geração do Honda CR-V, o Diesel deu lugar a uma versão híbrida. Para descobrir se o motor a gasóleo faz falta, pusemos à prova o CR-V Hybrid.

Desde o desaparecimento do Insight e do CR-Z que a oferta híbrida da Honda na Europa se resumia a apenas um modelo: o NSX. Agora, com o surgimento do CR-V Hybrid, a marca nipónica voltou a contar com um “híbrido para as massas” no velho continente ao mesmo tempo que oferece, pela primeira vez na Europa, um SUV híbrido.
Destinado a ocupar o lugar deixado vago pela versão Diesel, o Honda CR-V Hybrid recorre ao moderno sistema híbrido i-MMD ou Intelligent Multi-Mode Drive para oferecer no mesmo carro os consumos de um Diesel e (quase) a suavidade de funcionamento de um elétrico, tudo isto recorrendo a uma motorização a… gasolina e a um sistema híbrido.
Esteticamente falando, apesar de manter um visual discreto, o Honda CR-V Hybrid não esconde as origens nipónicas, apresentando um design onde proliferam os elementos visuais (ainda assim mais simples que o do Civic).
VÊ TAMBÉM: Testámos o Renault Scénic 1.3 tCe: já não é moda, mas ainda tem argumentos?
No interior do CR-V Hybrid
No interior, também é fácil perceber que estamos dentro de um modelo da Honda. Tal como acontece com o Civic, o habitáculo é bem construído e os materiais usados são de qualidade, sendo de destacar ainda outra característica partilhada com o Civic: uma ergonomia melhorável.
O problema não está na “arrumação” do tablier, mas sim nos comandos periféricos (principalmente os do volante) que controlam funções como o cruise control ou o rádio e no comando da “caixa” (o CR-V Hybrid não possui caixa de velocidades, tendo apenas uma relação fixa).
Nota ainda para o sistema de infotainment que para além de se mostrar confuso de usar apresenta um grafismo desatualizado.
VÊ TAMBÉM: Testámos o Skoda Karoq 1.0 TSI: será que o Diesel faz falta?
Quanto ao espaço, o Honda CR-V Hybrid faz valer as suas dimensões e não só é capaz de transportar confortavelmente quatro adultos como tem espaço suficiente para as respetivas bagagens (sempre são 497 l de capacidade da bagageira). Há ainda a destacar os muitos espaços de arrumação que encontramos dentro do CR-V.
VÊ TAMBÉM: Ao volante do novo Toyota RAV4, o SUV 100% híbrido
Ao volante do Honda CR-V Hybrid
Uma vez sentados ao volante do CR-V Hybrid depressa encontramos uma posição de condução confortável. Aliás, o conforto acaba por ser a tónica principal quando estamos ao volante do CR-V Hybrid com o amortecimento a privilegiar o conforto e os bancos a revelarem-se bastante cómodos.
Em termos dinâmicos, o Honda CR-V Hybrid aposta num comportamento seguro e previsível, mas a experiência de condução não entusiasma como no Civic — não se retira grande prazer em apressar o CR-V em troços mais enrolados. Ainda assim, o adornar da carroçaria não é excessivo e a direção é comunicativa q.b, e, verdade seja dita, mais não podemos pedir a um SUV de características familiares.
VÊ TAMBÉM: MINI Cooper D 1.5 116 cv. Neste caso, o Diesel ainda compensa?
Face às características dinâmicas do CR-V Hybrid o que este mais nos convida a fazer são longas viagens em família. Nestas, o evoluído sistema híbrido i-MMD permite obter consumos notáveis — a sério, conseguimos valores entre os 4,5 l/100 km e e os 5 l/100 km em estrada —, revelando-se apenas barulhento quando aceleramos a fundo.
Já em cidade, o único “inimigo” do Honda CR-V Hybrid são as suas dimensões. De resto, o modelo da Honda apoia-se no sistema híbrido para oferecer uma paz de espírito e uma suavidade apenas ultrapassada pelos modelos elétricos. Por falar em eletricidade, pudemos comprovar que os 2 km de autonomia em modo 100% elétrico se forem bem geridos chegam quase aos 10 km.
VÊ TAMBÉM: Toyota C-HR 1.8 VVT-I Hybrid: o novo «diamante» nipónicoÉ o carro certo para mim?
Se procuras um SUV económico mas não queres um Diesel, ou achas que os híbridos plug-in são uma complicação desnecessária, o Honda CR-V Hybrid acaba por ser uma muito boa alternativa. Espaçoso, confortável, bem construído e bem equipado, com o CR-V Hybrid a Honda conseguiu reunir num só carro a economia de um Diesel e a suavidade de um elétrico, tudo isto com o “pacote da moda”, um SUV.
VÊ TAMBÉM: Audi A6 40 TDI testado. The Lord of the… Autobahn
Depois de andarmos alguns dias com o Honda CR-V Hybrid é fácil perceber o porquê da Honda ter abandonado o Diesel. É que o CR-V Hybrid é tão ou mais económico que a versão Diesel e consegue ainda oferecer uma facilidade de utilização e uma suavidade com a qual o Diesel só pode sonhar.
No meio de tudo isto, só lamentamos que num carro com um pacote tecnológico tão evoluído como o sistema i-MMD, a presença de um sistema de infotainment que deixa tanto a desejar. Já a ausência da caixa de velocidades, é uma questão de hábito que acaba por ter mais prós que contras.
Preço
unidade ensaiada
Versão base: €43.900
IUC: €204
Classificação Euro NCAP:
- Motor
- Arquitectura: 4 cil. em linha
- Capacidade: 1993 cm3
- Posição: Dianteira transversal
- Distribuição: 4 válvulas por cilindro
- Potência: 184 cv (potência máxima é alcançada com o motor elétrico)
- Binário: 315 Nm (binário máximo é alcançado com o motor elétrico)
- Transmissão
- Tracção: Dianteira
- Caixa de velocidades: Relação fixa (não tem caixa de velocidades)
- Capacidade e dimensões
- Comprimento / Largura / Altura: 4600 mm / 1855 mm / 1689 mm
- Distância entre os eixos: 2663 mm
- Bagageira: 497 l
- Jantes / Pneus: 235/60 R18
- Peso: 1614 kg
- Consumo e Performances
- Consumo médio: 6,9 l/100 km
- Emissões de CO2: 122 a 190 g/km
- Vel. máxima: 180 km/h
- Aceleração: 8,8s
-
Equipamento
- Assistência ao arranque em subidas (HSA)
- Avisador de colisões dianteiras
- Sistema de assistência à manutenção na faixa de rodagem
- Alerta de saída de faixa
- Limitador inteligente da velocidade
- Cruise control adaptativo
- Sistema de reconhecimento de sinais de trânsito
- Função de seguimento a baixa velocidade
- Informação de Ângulo morto incluindo Monitorização de Trânsito lateral
- Sistema inteligente de acesso e arranque sem chave (Smart Entry & Start)
- Bancos em pele
- Volante em pele
- Modo ECON
- A/C automático com controlo duplo da climatização
- Limpa-vidros automáticos (dianteiro) com sensor de chuva
- Faróis automáticos com sensor de luz
- Câmara traseira de auxílio ao estacionamento
- Bancos aquecidos (frente)
- Honda CONNECT NAVI Garmin (ecrã tátil de 7", Apple CarPlay/Android Auto, rádio via internet, aplicação Aha™ e navegador de internet)*
- 2 entradas USB à frente
- 2 entradas USB atrás
- Sistema de telefone mãos-livres (HFT) Bluetooth
- Barras no tejadilho
- Faróis em LED
- Iluminação em curva ativa
- Sistema de suporte de máximos (máximos automáticos)
- Lava-faróis
- Luzes dianteiras de nevoeiro (LED)
- Jantes 18" em liga leve
Avaliação
- Qualidade de construção
- Nível de equipamento
- Refinamento e funcionamento do sistema i-MMD
- Consumos
- Sistema de infotainment
- Dinâmica pouco apurada
Sabe responder a esta?
Em que ano foi lançado o Honda Accord Type R?
Em cheio!!
Vá para a próxima perguntaou leia o artigo sobre este tema:
Lembras-te deste? Honda Accord Type RMais artigos em Testes, Ensaio
©2021 RAZÃO AUTOMÓVEL