Híbrido
Porsche Semper Vivus. O primeiro híbrido da história do automóvel
Sempre que é lançado um novo modelo híbrido ou 100% elétrico os mais puristas coçam a cabeça. Mas a verdade é que esta tecnologia não é uma novidade. O Porsche Semper Vivus é a prova disso mesmo.

Apresentado em 1900, o Porsche Semper Vivus estreou muitas das soluções que a indústria automóvel continua a perseguir 118 anos depois. Isso mesmo, 118 anos depois.
O Porsche Semper Vivus — que podemos traduzir por algo como “sempre vivo” — foi o sucessor do Egger-Lohner de 1898 (também conhecido por Porsche P1), um automóvel 100% elétrico igualmente da autoria de Ferdinand Porsche. O sr. Porsche decidiu dar-lhe o nome de “Sempre Vivo”, por ter uma autonomia muito elevada.
Ao contrário do Egger-Lohner, que recorria a baterias para alimentar o motor elétrico, o Porsche Semper Vivus recorria a motores de combustão como extensores de autonomia, responsáveis por alimentar os motores elétricos montados nas rodas.
Resumindo e baralhando, o Porsche Semper Vivus foi o primeiro híbrido em série do mundo: motor de combustão a servir de extensor de autonomia e motores elétricos montados nas rodas a serem responsáveis pela locomoção do veículo. Tudo características que são hoje apontadas como o futuro do automóvel no médio prazo.
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Dois anos mais tarde foi apresentada uma evolução do Porsche Semper Vivus, desenvolvida por Lohner, um funcionário austríaco da Porsche. Em homenagem ao modelo que o antecedeu, este modelo foi apelidado de Lohner Porsche.
Era uma versão mais potente e mais complexa do Semper Vivus. Nas versões mais potentes, em vez de um motor de combustão, tinha dois, e em vez de dois motores elétricos tinha quatro, assegurando assim tração integral(!).
Cada motor de combustão desenvolvia cerca de 2,5 cv de potência, uma potência ligeiramente inferior à desenvolvida pelos motores elétricos fornecidos pela De Dion, que era de 2,8 cv.

A potência combinada dos quatro motores elétricos (um por cada roda) era de 11,2 cv. A velocidade máxima era de 36 km/h e a autonomia máxima superava os 190 km. Notável! Ainda para mais tendo em consideração os 1700 kg de peso do conjunto.
No total, entre 1902 e 1906, foram produzidas cerca de 300 unidades do Lohner Porsche, com motores elétricos fornecidos não só pela De Dion, mas também pela Daimler e Panhard. A sua produção foi interrompida porque a complexidade do sistema e o custo da tecnologia era superior à dos veículos 100% a combustão. Quase 120 anos depois a história continua…

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