Pneus
Porquê colocar Nitrogénio nos pneus?
Certamente já ouviste falar de colocar Nitrogénio nos pneus, em vez de ar comum, mas sabes qual o motivo? Vantagens e desvantagens? Tudo aqui neste artigo.

O ar que habitualmente se coloca no interior dos pneus é o mesmo ar que respiramos, constituído na sua maioria por azoto, oxigénio e água (vapor).
O oxigénio e a água (vapor) do ar comprimido têm um impacto negativo nos pneus devido a sofrerem variações de pressão por causa da variabilidade da temperatura, influenciando negativamente a manobrabilidade, a eficiência em termos de combustível, a duração dos pneus, o ambiente e até mesmo a segurança.
O nitrogénio, hoje em dia chamado de azoto — N2 — é um gás, constituído por moléculas maiores, que contém uma quantidade mínima de oxigénio e vapor de água, não sofrendo assim variações de pressão significativas com a temperatura.
Certamente já viste automóveis com tampas verdes na válvula dos pneus. Estas tampas surgiram precisamente para identificar os pneus que continham nitrogénio, em vez de ar comum.

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Certo, mas depois desta aula de química, afinal porque é que se coloca nitrogénio nos pneus?
Vantagens?
Por incrível que pareça, existem de facto várias vantagens no uso de nitrogénio nos pneus, no entanto poucas são efetivamente úteis para o uso comum no dia-a-dia.
- — Maior eficiência:
- O uso de nitrogénio pode levar a uma redução do consumo de combustível e menores emissões de CO2, uma vez que não há variação da pressão do pneu.
- — Maior durabilidade:
- Aumenta o tempo de vida do pneu uma vez que gerando menos calor, o pneu atinge temperaturas inferiores quando sujeito a condições mais extremas.
Diminui a oxidação da zona de contacto do pneu com a jante, assim como a corrosão desta.
A manutenção da pressão pode ser feita de forma menos regular, uma vez que Nitrogénio tem moléculas maiores.
- — Maior segurança:
- Melhora a condução uma vez que a pressão dos pneus mantém-se constante com a temperatura. O comportamento do veículo é superior nos limites mais extremos de condução.
A pressão entre cada um dos quatro pneus mantém-se sempre semelhante, o que não acontece com ar comum, onde a perda de pressão não é a mesma em cada um dos pneus.
Não variando a pressão, a probabilidade de avisos nos sistemas TPMS (Tyre Pressure Monitor System) diminui.

Desvantagens?
A principal desvantagem é não te permitir o acerto de pressão com o ar comum que é utilizado em qualquer estação de serviço.
Ao utilizar nitrogénio, a manutenção de ar nos pneus deve ser feita sempre com nitrogénio, não sendo possível, ou recomendável, misturar ar comum.
Para colocar nitrogénio nos pneus, é necessário retirar todo o ar do pneu — processo efetuado por uma máquina que extrai todo o ar do interior do pneu. O processo inverso, de substituição do nitrogénio por ar comum, terá que ser idêntico, esvaziando por completo o pneu
Outra desvantagem pode ser o custo, uma vez que ar comum é gratuito, mas o nitrogénio poderá ser cobrado nas oficinas de pneus.
Aplicações
O uso de nitrogénio nos pneus é utilizado por exemplo na Fórmula 1, na NASCAR, nos pneus de aviões, em veículos militares, entre outros. Por ser um gás que não alimenta a combustão, também é usado em veículos que transportam produtos inflamáveis.
Conclusão
Apesar de trazer inúmeras vantagens, como referimos, nos automóveis do dia-a-dia o uso de nitrogénio nos pneus é pouco relevante. Na utilização diária, em condições normais de condução, não se atingem temperaturas que o justifiquem, por este motivo também não se notará na condução diária do veículo.
Por fim as boas práticas mandam verificar a pressão dos pneus de forma regular, o que se mantém usando ar ou nitrogénio. O uso de ar facilita esta tarefa.
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