Autopédia Como verificar e ajustar a pressão dos pneus?

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Como verificar e ajustar a pressão dos pneus?

Como posso saber a pressão recomendada dos pneus do meu carro? O que pode causar perda de pressão? As respostas a estas e outras perguntas.

Pneu da Bridgestone
© Bridgestone

A pressão dos pneus é um aspeto muitas vezes descurado, mas é fundamental, não só para garantir uma maior segurança ao volante, como contribuir para uma maior economia de combustível e ainda para um desgaste mais homogéneo dos pneus.

Mas, afinal, como se ajusta a pressão dos pneus? Como saber qual a pressão adequada? E, já agora, porque razão é que a pressão dos pneus vai diminuindo com o passar do tempo?

Pormenor jantes Kangoo
© THOM V. ESVELD / RAZÃO AUTOMÓVEL A pressão dos pneus é muitas vezes descurada pelos condutores, mas convém sempre relembrar que os pneus são a nossa única ligação à estrada. Merecem toda a nossa atenção

Perda de pressão dos pneus: as causas

Por norma, um pneu «saudável» perde, em média, 0,076 bar de pressão por mês, sendo que esta diminuição ocorre por aquilo a que podemos apelidar de causas naturais.

Ainda assim, há fatores que podem acelerar essa perda de pressão. O primeiro é um furo acidental e não tem de ser daqueles que obrigam a encostar e trocar imediatamente o pneu.

Também a válvula do pneu pode contribuir para essa perda de pressão. Esta deve ser substituída sempre que trocamos um pneu, como a tampa da válvula que permite uma vedação hermética.

Tampa da válvula
A válvula assegura a manutenção da pressão correta e impede a entrada de humidade no pneu. Já a tampa da válvula ajuda a impedir que partículas de pó obstruam a válvula.

Por fim, também a jante pode acelerar a perda de pressão do pneu, principalmente se tiver algum dano, como uma mossa ou algum empeno (causado, por exemplo, por um toque num passeios).

Como verificar a pressão?

Apesar de ser algo relativamente fácil de fazer, a verificação da pressão dos pneus tem algumas «regras» ou diretrizes que devem ser cumpridas.

Para começar, esta deve ser efetuada quando os pneus estão frios. Isto é, pneus que não tenham sido utilizados nas últimas duas horas ou que fizeram menos de 3 km a baixa velocidade).

Em seguida é só seguir quatro passos simples:

  1. Inserir o manómetro na haste da válvula do pneu;
  2. Esperar que o manómetro mostre o número que corresponde à pressão atual do pneu;
  3. Comparar o valor apresentado com o recomendado pelo fabricante;
  4. Fazer uma de duas coisas: se a pressão estiver acima do recomendado, deixar sair ar até que estas coincidam. Se estiver abaixo, adicionar ar até atingir o valor correto.

Se for necessário verificar a pressão dos pneus quando estes estão quentes (por exemplo, durante uma viagem), deve-se adicionar mais 0,3 bar que a pressão recomendada pelo fabricante e, mal seja possível, verificar a pressão com os pneus frios.

Pneus pressão ajuste

Onde encontrar as pressões recomendadas?

Por norma podemos encontrar a pressão recomendada pelo fabricante no manual do utilizador do automóvel. Podem ser ainda encontrados numa etiqueta que, normalmente, está ou na porta do condutor ou na tampa do depósito de abastecimento.

Costumam ser vários os valores recomendados, dependendo da carga. Por exemplo, a pressão recomendada será inferior caso o veículo leve apenas o condutor. Caso leve o carro cheio (passageiros e bagagem) os valores recomendados serão mais elevados.

Já o valor de pressão presente no flanco do pneu não se refere à pressão recomendada pelo fabricante do veículo, mas sim à pressão máxima que o pneu suporta.

Porque é que a pressão é importante?

São várias as razões para manter a pressão correta dos pneus. Para começar, um pneu com pressão insuficiente ou excessiva vai desgastar-se mais rapidamente que o esperado.

Além disso pneus com pressão insuficiente têm uma maior tendência para sobreaquecerem, provocando ao mesmo tempo um maior consumo de combustível (o atrito é maior).

Os pneus com uma pressão excessiva, por outro lado, não só diminuem a aderência como podem afetar a direção do veículo.

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