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Pneu do Futuro

NASA. Reinventar a roda para explorar novos planetas

Também a NASA quer reinventar a roda. A exploração espacial requer mobilidade e os nossos pneus não são nada adequados a essa missão.

NASA roda

Mesmo no espaço, a explorar luas e planetas, a mobilidade é inevitável. Previsivelmente, nem o melhor pneu para todo-o-terreno na Terra é adequado para aventuras extra-terrestres. Uma melhor solução é necessária, capaz de resistir ao mais difícil dos terrenos, sem sofrer danos e com elevado índice de longevidade.

Um problema com o qual a NASA lida desde o envio do homem à Lua e, mais recentemente, o envio de veículos de exploração a Marte. A NASA parece ter encontrado, finalmente, uma solução definitiva que cumpre todos os requisitos.

Poderá ser esta a base para o pneu do futuro?

Primeiro, dificilmente o podemos chamar de pneu, já que, obviamente, não terá ar. Ter um furo a milhões de quilómetros de distância não é uma opção. A solução apresentada pela NASA recorre, ao invés, a uma estrutura metálica em rede, com se fossem molas entrelaçadas — a NASA chama-o de Spring Tire, ou pneu mola —, mas o segredo está tanto no material como na forma.

NASA roda — pormenor da estrutura
Pormenor da estrutura da roda.

Nitinol em vez de aço

O aço revelou-se inadequado para a função, já que com os impactos, ganha deformações. Em vez do aço, a NASA recorreu ao Nitinol — uma liga metálica de níquel e titânio — um material com propriedades super-elásticas e com efeito de memória. Basicamente, após sofrer uma deformação, o material tem a capacidade de retornar à sua forma original.

Os testes foram contundentes. A roda, após deformar ao ultrapassar um obstáculo, como uma pedra no caminho, retorna ao seu formato original, como se nada tivesse acontecido.

Aplicações terrestres

Se este tipo de roda consegue lidar com todos os obstáculos na Lua ou em Marte, também não deverá ter problemas em funcionar no nosso planeta. A NASA demonstrou precisamente isso, ao equipar um Jeep com uma destas rodas (ver video).

Não esperem é ver este tipo de solução brevemente num qualquer automóvel. Para já, é uma solução apenas usada pela NASA para equipar os seus veículos de exploração extraterreste. Como devem imaginar os custos devem ser avultados, seja pelo tipo de materiais envolvidos, como pelas questões sobre a industrialização e produção em massa deste tipo de solução.

“Pneus” sem ar

A NASA não é a primeira nem será a última a experimentar “pneus” sem ar — já aqui reportámos outros designs da Michelin e Bridgestone. Mas a dúvida permanece: para quando uma solução eficaz capaz de substituir definitivamente o pneu atual?

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Pode encontrar a resposta aqui:

História. Os coupés da Volvo que antecederam o Polestar 1