Notícias Volvo e Geely vão criar nova divisão de motores de combustão

Apresentação

Volvo e Geely vão criar nova divisão de motores de combustão

Volvo, Geely, Lynk & Co, Lotus, Proton e LEVC serão as marcas automóveis fornecidas pela nova divisão de motores de combustão interna da Zhejiang Geely Holding Group.

B4204 Volvo

Uma nova divisão de motores de combustão interna? Não parece fazer muito sentido. Mas é o que vai acontecer entre a Volvo Cars e a Geely Auto, que vão fundir as suas operações de desenvolvimento de motorizações térmicas e híbridas.

Apesar de ter sido adquirida pela Zhejiang Geely Holding Group em 2010, até agora, os dois principais construtores do grupo mantiveram estas duas operações paralelas.

A razão para agora fundir as duas operações numa nova empresa independente tem a ver, como é habitual, com economias de escala e consequentemente custos, assim como a eletrificação do automóvel.

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Volvo S60 2019

Håkan Samuelsson, o CEO da Volvo Cars, afirmou à Automotive News que esta decisão permitirá ao construtor acelerar de forma mais determinada o desenvolvimento de soluções elétricas para os seus modelos — Samuelsson espera que metade das suas vendas em 2025 sejam de veículos híbridos e elétricos.

Como? Deixa de ser necessário canalizar investimento para o contínuo e necessário desenvolvimento de motores de combustão interna — sim, estes vão continuar a ser necessários por bastante tempo.

As estimativas da Comissão Europeia apontam que, em 2030, 70% dos veículos novos vendidos no continente europeu continuem a ter um motor de combustão interna, sejam híbridos ou não.

O nascimento desta nova divisão de motores de combustão interna ou unidade de negócio fica assim justificada. Só em economias de escala, os valores são expressivos. Ainda não existem valores concretos para as poupanças financeiras esperadas pela criação desta unidade, mas basta referir que a produção de motores Volvo deverá aumentar para, pelo menos, o dobro, passando a equipar mais modelos de outras marcas do grupo, como a Geely ou a Proton.

A Volvo vendeu em 2018 pouco mais de 640 mil carros, mas o grupo onde está inserida vendeu à volta de dois milhões.

Espera-se que a nova divisão junte 3000 funcionários da Volvo e 5000 funcionários da Geely. Terá funções de pesquisa e desenvolvimento, compras, produção, tecnologias de informação e financeiras.

Temos uma vantagem em fazer esta muito fundamental restruturação muito cedo, porque o mercado para motores de combustão não irá crescer no futuro. Estamos a fazer exatamente a coisa certa, que é utilizar sinergias. É o que se faz quando lidamos com um mercado que não pára de encolher.

Håkan Samuelsson, CEO da Volvo Cars