Notícias Portugueses cada vez mais agressivos no trânsito. Há solução?

Segurança Rodoviária

Portugueses cada vez mais agressivos no trânsito. Há solução?

Buzinas, insultos, gestos obscenos. A agressividade no trânsito é um problema crescente e uma realidade diária que se tem vindo a normalizar.

Trânsito
© André Mendes / Razão Automóvel

“Na estrada, paciência é uma virtude.” Ou talvez já não seja. São cada vez mais os estudos que comprovam que existe um aumento crescente da agressividade no trânsito. De acordo com dados do Conselho Alemão de Segurança Rodoviária (DVR), só em 2024 foram registados mais de 37 mil casos de coação nas estradas alemãs, um aumento de 3,5% face a 2023.

Porém, não pense que este é um cenário apenas restrito às estradas alemãs. Este é um cenário que se observa um pouco por todo o mundo, e Portugal não está imune.

A realidade do tráfego português também reflete níveis elevados de agressividade entre os condutores, segundo um estudo realizado pela Continental Pneus Portugal, e partilhado pela associação de Prevenção Rodoviária Portuguesa (PRP).

Filas de trânsito no acesso à praça das portagens na Ponte 25 de abril.
© Razão Automóvel

Uma realidade normalizada

Apesar de se falar pouco sobre o tema, conforme a associação portuguesa, esta é uma realidade que se tem vindo a normalizar. Nas estradas portuguesas, atitudes como buzinar, realizar gestos agressivos, bloqueios e ultrapassagens perigosas, são frequentes, e há números que o comprovam.

Com base no estudo da Continental, 27% dos condutores portugueses adotam comportamentos agressivos e hostis ao volante, e cerca de 70% buzinam por zangas. Há ainda quem faça gestos ofensivos para outros condutores (26%) ou, inclusive, grite (35%).

Qual é a razão?

Segundo a PRP, estas situações refletem, na sua maioria, a sociedade atual, que é cada vez mais marcada pelo stress, pressa e frustração. Estes comportamentos irracionais e de descarga emocional colocam em risco a vida dos próprios condutores e de outros utentes da estrada.

Os principais fatores originários destas reações são: frustração com o trânsito intenso ou os congestionamentos e/ou tempo de espera prolongado nos semáforos, entre outros.

Há solução?

Numa sondagem realizada recentemente na Alemanha, aferiu-se que 63% das pessoas defendem penas mais duras, como a aplicação de multas, perda de pontos ou, em situações extremas de agressividade no trânsito, a cassação ou suspensão da carta de condução.

Além disso, há ainda quem destaque a a importância da sensibilização através das redes sociais e média, e a inclusão de um módulo sobre gestão de agressividade durante o período de formação dos novos condutores.

Em comunicado, a Prevenção Rodoviária Portuguesa defende alguns destes princípios que devem ser aplicados também em Portugal, destacando os seguintes:

  • Mais formação sobre empatia e respeito mútuo na condução;
  • Integração de módulos comportamentais nos exames de condução;
  • Campanhas públicas que valorizem o civismo e a tolerância na estrada;
  • Apoio à condução rodoviária desde cedo, incluindo o papel dos pais como modelos de comportamento.

“A segurança rodoviária é uma responsabilidade partilhada que deve ser pautada pelo respeito das regras de trânsito e da adoção de comportamentos seguros que permitam (…) uma partilha harmoniosa do espaço rodoviário entre todos os utentes da estrada.”

Prevenção Rodoviária Portuguesa

Noutro comunicado, a PRP revelou que, em 10 anos, o número de mortes que resultam de acidentes rodoviários teve uma diminuição de apenas 0,6%, colocando Portugal entre os países com pior desempenho na redução da mortalidade rodoviária. Ora veja:

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