Peugeot 205 com apenas 65 km vendido, sem nunca ter sido matriculado

Muitas vezes já vos brindámos com vendas milionárias de modelos muito raros ou com um vasto currículo de competição. Mas este Peugeot 205 de 1990 que aqui vos trazemos não precisa de nada disso para ser considerado um autêntico unicórnio.

É que apesar de ter 31 anos e nem sequer ser um mais especial GTI — trata-se de um mais modesto 205 1.1 Style —, nunca foi matriculado e soma apenas 65 km no odómetro, características que fizeram com que fosse recentemente leiloado no portal Benzin por 13 700 euros.

É uma verdadeira cápsula do tempo e encontra-se num estado praticamente imaculado. Mas afinal porque ficou todos estes anos parado?

A história é simples, mas curiosa: este 205 Style com motor 1.1 (motorização de acesso de gama), foi adquirido em 1990 — trata-se já da versão pós-atualização — por um concessionário da Peugeot na região da Emília-Romanha, no norte de Itália, que decidiu nunca utilizá-lo ou matriculá-lo.

E assim permaneceu até à primavera deste ano, altura em que foi vendido a um particular, e que agora o vendeu em leilão, previsivelmente com bastante lucro.

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A pintura é original, tal como todos os plásticos do exterior, as jantes de 13” ou até… os pneus. No interior, a mesma história: não há sinal de desgaste que revele que este é um modelo com três décadas de vida.

Quanto ao motor, trata-se de um bloco de quatro cilindros com 1.1 l, com apenas 54 cv de potência e 88 Nm de binário máximo, enviados em exclusivo para as duas rodas do eixo dianteiro através de uma caixa manual de cinco velocidades.

E este motor, que precisava de 14,6s para impulsionar os 780 kg do Peugeot 205 dos 0 aos 100 km/h, contava ainda com carburador. Nem sequer havia lugar para injeção eletrónica.

Mas nem toda esta simplicidade roubou destaque a este exemplar, que é bem capaz de ser um dos 205 com menos quilometragem do mundo. E isso, só por si, ajuda a explicar os mais de 13 000 euros que «somou» em leilão.

Miguel Dias

Futebol e automóveis, duas paixões que o perseguem. Começou por trabalhar na primeira mas acabou a perceber que aquilo que o fazia mesmo feliz era a segunda.

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