Notícias Multas rendem 30,8 milhões de euros até abril. Mais 26% que em 2022

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Multas rendem 30,8 milhões de euros até abril. Mais 26% que em 2022

Só nos primeiros quatro meses deste ano, as multas por violação do Código da Estrada já renderam 30,8 milhões de euros ao Estado.

Radares

Já foi revelada a mais recente síntese de execução orçamental divulgada pela Direção-Geral do Orçamento (DGO). E segundo a mesma, o Estado português já arrecadou 30,8 milhões de euros em multas de trânsito nos primeiros quatro meses do ano.

Tal como revelado pelo Correio da Manhã, é um valor que representa um aumento de 26% face ao mesmo período do ano passado, no qual se somaram 24,3 milhões de euros.

No entanto, e segundo as previsões do Governo no Orçamento de Estado para este ano, o objetivo é alcançar os 135,8 milhões de euros.

Um valor que será o maior dos últimos cinco anos, superior mesmo aos valores de 2019, pré-pandemia, em que esta verba alcançou os 91,4 milhões de euros.

Radar na cidade de Lisboa
© Razão Automóvel Radar de controlo de velocidade em Lisboa.

Uma considerável «fatia» desta verba é referente ao novo sistema de radares de controlo de velocidade da cidade de Lisboa. Segundo o Público, desde junho de 2022, este novo sistema já rendeu 8,2 milhões de euros em multas, referentes a quase 364 mil infrações.

Principais causas das multas de trânsito

No relatório de 2022 da ANSR (Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária) podemos ver as principais infrações causadoras de multas. Nos mais de 131 milhões de veículos fiscalizados, seja presencialmente ou através de meios automáticos, foram registadas quase 1,5 milhões de infrações.

No topo da lista continuam a estar as infrações relacionadas com o excesso de velocidade (876 854), que representam 59,2% do número total de multas, o que representou uma subida de 25,5% face a 2021.

O maior aumento, no entanto, é referente às multas relacionadas com a condução sob o efeito de álcool (34 475) que, face a 2021, representa um aumento de 27,7%.

Menos frequentes foram as infrações registadas devido à utilização do telemóvel (22 850 multas, -15,2%), à não utilização do cinto de segurança (21 691, -12,7%) e à não utilização de sistemas de retenção para crianças (2229, -11,6%).

As contra-ordenações relacionadas com a falta da inspeção periódica obrigatória também desceram 7,6%, mas o total ascende às 58 176 multas.