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Carregamento de elétricos na rede pública bate recordes

O crescimento do número de automóveis elétricos em circulação traduz-se numa maior necessidade de pontos de carga e energia disponível.

Parque para carregamento de carros elétricos
© André Mendes / Razão Automóvel

Há cada vez mais automóveis elétricos a circular nas estradas portuguesas pelo que, previsivelmente, o número de carregamentos tem batido recordes numa rede de carregamento em expansão. O consumo de energia elétrica associado está, naturalmente, a subir.

É o que podemos constatar nos últimos dados avançados pela Mobi.e, a rede pública de postos de carregamento, que registou um novo recorde de utilização no passado mês de julho.

Carregador de automóveis elétricos da Mobi.e
© Mobi.e

Em julho de 2023 a Mobi.e registou um total de 378 669 carregamentos, mais 63% do que no mês homólogo o ano passado. Desde o início do ano, o número de carregamentos já supera os 2,3 milhões, o que se traduz num aumento de 68%.

Mais carregamentos, mais energia elétrica consumida

Tudo isto traduz-se num expectável maior consumo de energia. Apenas no mês de julho, os carregamentos efetuados representaram um consumo total de 6 348 476 kWh, mais 83% do que em julho de 2022.

A expansão da rede de postos de carregamento tem também contribuído para estes números crescentes. A Mobi.e fechou julho com um total de 4809 postos, sendo que destes, 3673 são de acesso público.

Deste total, 36% são já postos de carregamento rápidos ou mesmo ultrarrápidos. A potência da rede Mobi.e está, atualmente, acima de 206 528 kW, o que representa um crescimento de 44% face ao ano passado.

A empresa informa ainda que existem atualmente 50 tomadas, em média, por cada 100 km de rodovia. O que se traduz, igualmente, em cerca de 68 tomadas disponíveis por cada 100 mil habitantes em solo nacional.

Utilizadores e o ambiente

A rede Mobi.e contabiliza 119 226 utilizadores desde o início deste ano, mais 59% do que no ano passado. Ou seja, em média, cada utilizador desta rede efetuou 19 carregamentos desde o primeiro dia deste ano.

Se o consumo de energia elétrica está a aumentar e a bater recordes, por outro lado a Mobi.e indica uma poupança de 28 314 toneladas de CO2 nos primeiros sete meses do ano.

A empresa diz que, para reter a mesma quantidade de dióxido de carbono “seriam necessárias mais de 467 mil árvores com 10 anos em ambiente urbano.”