ACAP. 40% dos portugueses planeia comprar carro nos próximos 2 a 3 anos

A ACAP realizou ontem (25 de janeiro), no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, o Fórum do Retalho Automóvel, com o tema “Conduzir à Nova Mobilidade”.

O Fórum, além de ter analisado o estado e a performance do mercado automóvel nacional em 2023, também foi palco para dar a conhecer um estudo, da própria ACAP: “Consumer Insights — Tendências do consumidor português na aquisição e utilização de produtos e serviços automóveis”.

O estudo foi realizado entre 13 de novembro e 13 de dezembro de 2023 e que contou com mais de seis mil respostas.

Os dados analisados permitiram “traçar o perfil do consumidor nacional”, tal como referido no estudo, e ter uma ideia mais concreta do que os portugueses desejam em termos de produtos e serviços relacionados com a área automóvel.

4 em 10 planeia comprar carro nos próximos 2-3 anos

Entre as respostas, a ACAP apurou que quatro em cada 10 pessoas planeia comprar uma viatura nos próximos dois a três anos.

De todos os inquiridos, 50% planeia adquirir um carro novo, 30% um seminovo e 20% prefere optar por um carro usado.

No que diz respeito ao tipo de veículo, entre os inquiridos que planeiam comprar carro novo, 70% responderam que escolheriam um carro elétrico ou um híbrido. Percentagem que coincide com os que pretendem adquirir um carro seminovo. Quanto aos que querem optar por um carro usado, a percentagem desce para os 40%.

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Quando questionados sobre qual o valor máximo a pagar por um automóvel elétrico, não foram além dos 28 550 euros. Na verdade trata-se de um valor médio obtido entre os inquiridos com idades entre os 40-60 anos e os 25-40 anos. Os primeiros estão dispostos a ir até aos 35 mil euros enquanto os segundos não vão além dos 20 mil euros.

Comprar online ou presencial?

Através dos resultados do estudo da ACAP, descobrimos que já existe uma grande percentagem de consumidores que prefere optar pela aquisição de um automóvel online, através do website da marca.

Ainda assim, são apontadas desvantagens na compra online como a impossibilidade de ver a viatura em questão e a falta de esclarecimento de dúvidas, impossibilidade de negociar e a deficiente relação com a concessão.

Na compra presencial, por outro lado, os inquiridos enaltecem as vantagens de poder ver fisicamente o carro, do contacto humano e falar diretamente com um profissional da área, e poder efetuar um test-drive.

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A ACAP termina o estudo com várias recomendações ao setor do retalho. Entre elas temos:

• desenvolvimento de um modelo operativo centrado no cliente (capaz de integral o físico e o digital);
• investimento na transformação de dados em conhecimento, que podem contribuir para a fidelização do cliente por parte dos concessionários;
• exploração de alianças estratégicas de modo a alargar a oferta de serviços de mobilidade e reduzir a dependência das vendas de veículos de baixa rentabilidade;
• investimento na atualização ou em novas competências dos colaboradores.

Fonte: ACAP

André Mendes

Jornalista automóvel desde o final dos anos 90. Assistiu às grandes transformações do setor e acredita que o melhor ainda está para vir.

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