E se um novo Lancia Delta Integrale fosse «apenas» uma evolução do original?

Houve três gerações de Lancia Delta, mas aquela que ainda permanece no imaginário de todos é a primeira, especialmente na lendária versão Integrale. E é fácil de perceber porquê.

O mais potente e rápido dos Delta estava ligado diretamente ao mundo dos ralis, onde conquistou tudo o que havia para conquistar e gerou um «culto» ao Delta Integrale que permanece até hoje.

Recentemente vimos a Lancia anunciar o lançamento de um novo Delta, com chegada prevista para 2026. Anúncio que foi confirmado por Luca Napolitano, o diretor executivo da marca: “toda a gente quer o regresso do Delta e este não pode estar ausente dos nossos planos. Ele regressará e será um verdadeiro Delta: um carro empolgante, um manifesto de progresso e tecnologia. E, obviamente, será elétrico”.

Apesar destas premissas serem ainda algo vagas, à exceção de que será uma proposta 100% elétrica, permanece a questão: será que conseguirá entusiasmar os fãs do modelo ou até conquistar novos?

Teremos de aguardar para ver, mas a publicação russa Kolesa.ru parece ter uma ideia muito clara sobre como deveria ser um novo Lancia Delta, como podemos observar nesta renderização.

Assinado pelo designer Nikita Chuyko, ao invés de reinventar totalmente o Delta, como provavelmente terá de acontecer com a nova e elétrica geração, decidiu manter a essência da primeira geração, modernizando-a.

Todos os traços identificativos do «Deltona» original parecem estar presentes: a frente marcada por uma abertura horizontal que inclui as duplas óticas circulares e a grelha, os alargamentos vincados dos guarda-lamas e a silhueta com um pilar C bastante inclinado. Também permanecem as cinco portas do hatchback e as jantes de múltiplos raios.

Continua a parecer um Delta Integrale, mas mais estilizado, de contornos mais arredondados, com uma aparência mais contemporânea, como se fosse o sucessor direto do modelo original. Podemos reparar ainda em detalhes, como as óticas dianteiras e traseiras em LED ou os manípulos das portas à face da carroçaria.

A lógica por detrás desta visão não parece afastar-se muito de exercícios de restomod, onde tentam conservar a aparência do modelo original que cativou tantos, mas com mecânicas revistas ou mais recentes, materiais mais sofisticados e tecnologias atuais.

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Fernando Gomes

E talvez não tenha escapado a vocês que esta visão de Nikita Chuyko para a publicação russa traga duas saídas de escape substanciais na traseira — não nos parece que o seu autor esteja «inclinado» para um Delta 100% elétrico.

Fernando Gomes

Entrou no universo dos automóveis através do design, hoje expressa a sua paixão pelo automóvel na escrita.

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