Sem V8 e híbrido plug-in. Novo Mercedes-AMG C 63 S já tem preço

Sabíamos que ia acontecer, mas não deixou de «chocar». O novo Mercedes-AMG C 63 S ganhou o sufixo E Performance para justificar o fim do V8 e no seu lugar surgir um quatro cilindros acompanhado de um motor elétrico montado no eixo traseiro.

Significou o fim de uma era para uma das berlinas e carrinhas mais carismáticas da sua classe, numa linhagem que recua até à década de 90 do século passado.

Se o novo grupo motriz híbrido vai conseguir a mesma reverência como os C by AMG com motor V8 pelos fãs e clientes só o tempo o dirá. Números não faltam para nos convencer.

O mais potente de sempre

A conjugação do M 139, uma evolução do 2.0 turbo de quatro cilindros estreado pelo A 45, com o motor elétrico, dão ao novo C 63 S o estatuto de o mais potente de sempre… e por larga margem.

Apresentação

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Miguel Dias

São 500 kW de potência máxima combinada, o mesmo que 680 cv, e o binário ascende a 1020 Nm. Um valor que supera — e muito — não só o antecessor, como também o arquirrival BMW M3. Na versão Competition M xDrive, o M3 entrega «apenas» 510 cv e 650 Nm.

Por outro lado, o novo Mercedes-AMG C 63 S E Performance «acusa» na báscula 2111 kg (2145 kg para a Station), enquanto o mais pesado dos M3 «fica-se» pelos 1855 kg — também não é leve, mas sempre são menos 256 kg.

A potência adicional permite compensar o lastro adicional da cadeia cinemática híbrida para entregar a performance expectável: 3,4s bastam para alcançar os 100 km/h e declara 250 km/h de velocidade máxima. Este último valor pode subir, em opção, até aos 280 km/h.

Para contrariar as leis da física, o C 63 S E Performance vem «artilhado» com tração às quatro rodas AMG Performance 4MATIC+ com modo Drift, eixo traseiro direcional ativo e múltiplas opções nos programas de transmissão da AMG.

A máquina elétrica

O C 63 S E Performance segue o exemplo do «monstro» GT 63 S E Performance na abordagem à eletrificação. O que interessa realmente é a performance, não tanto a economia.

A bateria de apenas 6,1 kWh assim o comprova, dando ao novo C 63 S E Performance uma autonomia em modo elétrico de apenas 13 km. Um contraste gritante com outros híbridos plug-in da marca da estrela, que já ultrapassaram a marca dos 100 km de autonomia.

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Dito isto, a nova proposta de Affalterbach anuncia consumos e emissões bastante baixos, cortesia do auxílio da máquina elétrica: 6,9 l/100 km e 156 g/km. Nada mal para 680 cv e mais de duas toneladas de carro.

Quanto custa?

Os novos Mercedes-AMG C 63 S E Performance já estão disponíveis para encomenda em Portugal, com preços a começar nos 144 100 euros para a berlina e nos 145 900 euros para a Station. Valores que superam o seu rival mais direto, o M3 Competition M xDrive (e Touring), em cerca de 15 mil euros.

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Os novos modelos podem ser ainda personalizados com a adição de vários pacotes:

• Pack Exterior em Fibra de Carbono AMG I: 3650 euros
• Pack Exterior em Fibra de Carbono AMG II: 2200 euros
• Pack Aerodinâmico AMG: 2200 euros
• Pack Night AMG: 1200 euros
• Pack Night AMG II: 700 euros
• Pack Bancos Performance AMG Avançado: 3500 euros
• Pack Bancos Performance AMG High-End: 6850 euros
• Sistema de escape com som performance AMG: 700 euros

Há ainda uma edição especial “F1 Edition AMG” que vai estar disponível durante um ano após o lançamento no mercado. O que acrescenta 18 200 euros em equipamento e permite mais níveis de personalização.

Fernando Gomes

Entrou no universo dos automóveis através do design, hoje expressa a sua paixão pelo automóvel na escrita.

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