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Toyota afirma que ainda é cedo para abandonarmos os motores de combustão

O cientista chefe da Toyota afirmou que é prematuro passarmos todos para carros elétricos e abandonar já os motores de combustão.

Toyota GR Corolla motor

Antes da reunião dos G7 em Hiroshima (19-21 de maio), o principal cientista da Toyota afirmou que a transição para os automóveis 100% elétricos terá de ser mais faseada. E que ainda é demasiado cedo para abandonarmos por completo os motores de combustão.

Gill Pratt é o responsável pelo departamento de pesquisa da Toyota Motor Corporation (TMC) e o diretor executivo do Toyota Research Institute (TRI), do qual também foi fundador.

Obrigatório ler: Toyota fez as contas. Apostar só nos elétricos a bateria para reduzir emissões é errado

E nos últimos anos tem também sido o autor de declarações algo controversas relacionadas com o rumo da indústria automóvel. Apesar de bem fundamentadas, não vão no mesmo sentido da restante indústria.

Gill Pratt, cientista-chefe da Toyota, no Fórum Económico Mundial, em Davos, 2023
© Toyota Gill Pratt, cientista-chefe da Toyota.

A mais recente está focada no facto de a maioria dos construtores estar a avançar demasiado rápido para um mundo de automóveis 100% elétricos. O que pode ser errado.

Capacidade de produção vs. capacidade de extração

Um dos principais motivos destas declarações relaciona-se com a capacidade de extração e transformação das matérias-primas necessárias para fazer baterias, que não está a acompanhar o aumento de produção dos automóveis elétricos e respetivas baterias.

Audi Q8 Bruxelas - motores elétricos
© Audi Motores elétricos destinados ao Audi Q8 na fábrica de Bruxelas

“Eventualmente, deixarão de existir limitações de recursos, mas durante muitos anos não vamos conseguir ter materiais suficientes para um mercado em que apenas existam carros 100% elétricos”.

Gill Pratt, Cientista-chefe da Toyota

Além disso, o diretor executivo do Toyota Research Institute relembra: “a ampliação das minas de onde são extraídos os materiais vai demorar décadas”. Além disso, a instalação de novas fontes de energia renovável e a infraestrutura necessária para o seu armazenamento também levará tempo.

Pelo menos, até que seja minimamente compatível com as necessidades de utilização. Ou seja, um problema acrescido se todos passarmos a usar automóveis 100% elétricos.

E não podemos esquecer a questão do custo desta transição para os condutores. E se parte consegue aceder a estes automóveis e até beneficiar dos incentivos existentes, para a grande maioria o custo de aquisição é simplesmente proibitivo, com incentivos ou não.

Gill Pratt defende uma abordagem multifacetada. Ou seja, não só com automóveis elétricos, mas também com automóveis eletrificados (híbridos), e com o uso de combustíveis alternativos para alcançar a tão desejada neutralidade carbónica.

Além disso, não nos podemos esquecer das palavras do antigo diretor executivo da Toyota:

“O objetivo é fazer algo em relação ao aquecimento global. O inimigo comum é o dióxido de carbono”.

Akio Toyoda, antigo diretor executivo da Toyota

Fonte: Bloomberg

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