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Carlos Tavares critica investigação europeia aos subsídios dos elétricos chineses

Carlos Tavares comentou recentemente a nova investigação da Comissão Europeia à importação de automóveis elétricos provenientes da China.

Carlos Tavares, CEO Stellantis
© Stellantis

A Stellantis adquiriu uma participação de 20% na chinesa Leapmotor — um investimento de 1,5 mil milhões de euros —, com Carlos Tavares, diretor executivo da Stellantis, a estar presente no evento oficial, em Hangzhou (China).

Durante a conferência de imprensa, no entanto, Carlos Tavares comentou que este novo acordo com a Leapmotor não transforma a Stellantis numa espécie de «cavalo de Tróia».

Isto porque, nos últimos tempos, o CEO da Stellantis tem sido crítico das exportações de automóveis elétricos chineses baratos para a Europa.

No entanto, Tavares defende que “ao ter problemas globais para enfrentar, é necessário adotar uma mentalidade global. Não apoiamos um mundo fragmentado. Gostamos da concorrência“.

“A investigação da Comissão Europeia sobre se os veículos elétricos chineses mais baratos exportados para a Europa que beneficiam de subsídios estatais não é a melhor forma de abordar questões globais.

Carlos Tavares, CEO da Stellantis

Em causa está a investigação iniciada pela Comissão Europeia, destinada a descobrir se os automóveis elétricos provenientes da China beneficiam de subsídios estatais.

Uma investigação que está direcionada não apenas a fabricantes chineses, mas também aos outros que têm fábricas na China, com modelos que têm a Europa como destino. Entre elas, está a BMW, a Renault e a Tesla.

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Subsídios estatais na Europa

No início deste ano, Carlos Tavares sugeriu um método de trabalho semelhante ao que a China está a praticar, afirmando que os políticos europeus deveriam apoiar os construtores de automóveis existentes na Europa.

Carlos Tavares

Desta forma, seria possível que estes conseguissem «competir» com as empresas chinesas que estão a expandir-se para o mercado europeu, trazendo consigo automóveis com um preço muito agressivo.

Em vez disso, a Comissão Europeia deu início este mês a uma investigação aos veículos provenientes da China de forma a decidir se deve criar barreiras tarifárias mais elevadas. Segundo a Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, esta é uma forma de fazer frente a “uma inundação de importações de veículos elétricos chineses mais baratos.