Notícias Esta tecnologia pode revolucionar a indústria automóvel

Indústria

Esta tecnologia pode revolucionar a indústria automóvel

E se os automóveis elétricos passassem a ter mais de 1000 km de autonomia? Isto poderá ser possível, graças às baterias de estado sólido.

Factorial basterias de estado sólido
© Factorial

A autonomia dos automóveis elétricos continua a ser uma das principais preocupações associadas a estes modelos, tanto para os consumidores como para a própria indústria. Mas, e se houvesse uma tecnologia capaz de mudar o jogo?

Diversos construtores de automóveis estão cada vez mais confiantes de que as baterias de estado sólido são a resposta. E já há marcas a investir fortemente no desenvolvimento desta solução.

Em comparação com as baterias de iões de lítio, as baterias de estado sólido apresentam inúmeras vantagens. Entre elas, a maior densidade energética, peso inferior, melhor desempenho, mais segurança e a possibilidade de reduzir o custo total do veículo ao longo do tempo.

Nissan baterias estado sólido 6
© Nissan A Nissan já está a desenvolver baterias de estado sólido.

Através desta tecnologia, estima-se que a autonomia dos automóveis elétricos possa ultrapassar os 1000 km (WLTP). Atualmente, são poucos os modelos que apresentam valores acima dos 800 km.

Num dos episódios do Auto Rádio, que contou com a presença da Dra. Helena Braga, investigadora da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, tivemos a oportunidade de explorar — entre outros assuntos — quais as vantagens deste tipo de baterias. Fique a conhecê-las:

O que está a ser feito?

Alguns dos construtores que estão a investir nesta tecnologia são a BMW, a Mercedes-Benz e a Stellantis. No caso das duas últimas, o investimento está a ser feito em conjunto com a Factorial Energy, que está responsável do seu desenvolvimento.

Em parceria com a empresa de baterias norte-americana, a Mercedes-Benz desenvolveu a bateria de estado sólido Solstice, que promete aumentar a autonomia em até 80%, face aos valores médios atuais.

De acordo com o divulgado, os testes laboratoriais começaram no final de 2024 e, no início de 2025, o construtor alemão avançou para testes em estrada com um protótipo do EQS. No projeto, está também envolvida a divisão de motores da AMG High Performance.

“Os benefícios não se limitam à autonomia. Esta tecnologia influencia também o design, como por exemplo a arquitetura do automóvel”, disse Uwe Keller, responsável pelo desenvolvimento de baterias da Mercedes-Benz à Automotive News.

No caso da Stellantis, o grupo anunciou que pretende colocar na estrada, em 2026, uma frota experimental de Dodge Charger Daytona equipados com baterias de estado sólido. O projeto será baseado na plataforma STLA Large, concebida para os modelos de maior porte da Stellantis.

Por sua vez, a BMW também estará a testar baterias de estado sólido, em parceria com a Solid Power. Os testes decorrem num protótipo baseado no BMW i7, e a intenção é integrar esta tecnologia na futura plataforma Neue Klasse.

Apesar de todos os esforços e investimentos que estão a ser feitos, a produção em série de modelos com esta tecnologia não deverá chegar ao mercado antes do final desta década.

Outros construtores

Não são só os construtores europeus que vêm nas baterias de estado sólido o futuro.

linha de produção de baterias de estado sólido Honda
© Honda Linha de produção de baterias de estado sólido da Honda

Também a Honda, iniciou este ano a produção experimental de baterias de estado sólido numa linha piloto em Sakura, no Japão. O objetivo é testar diferentes abordagens técnicas e avaliar os custos, com vista à produção em massa na segunda metade da década.

Para além desta, a Nissan prevê lançar baterias de estado sólido em 2028, enquanto a Toyota é mais ambiciosa e aponta para 2027 como o ano de estreia desta tecnologia em modelos de produção.

Sabe esta resposta?
Em que ano começou o concurso do Carro do Ano em Portugal?
Oops, não acertou!

Pode encontrar a resposta aqui:

Conheçam todos os vencedores do Carro do Ano em Portugal desde 1985