Notícias FIA já decidiu. Mazepin e outros pilotos russos podem continuar a correr

Rússia

FIA já decidiu. Mazepin e outros pilotos russos podem continuar a correr

FIA permite que pilotos russos e bielorrussos continuem a correr sob bandeira neutra. Nikita Mazepin continua na Fórmula 1.

Nikita Mazepin
Carl Bingham

Os pilotos russos e bielorrussos vão poder continuar a participar nas provas da Federação Internacional do Automóvel (FIA), anunciou o Conselho Mundial deste organismo, que se reuniu de emergência dias depois da invasão da Rússia à Ucrânia.

Recorde-se que a federação ucraniana tinha pedido à FIA que banisse os pilotos destes dois países de todas as suas corridas, o que não se veio a verificar.

Contudo, os pilotos de ambos os países não poderão correr sob as bandeiras, cores, símbolos e hinos relativos à Rússia e à Bielorrússia. Terão que fazê-lo sob a “bandeira da FIA”, como se pode ler no comunicado do organismo.

A NÃO PERDER: AIA em conversações com Fórmula 1 para GP de Portugal substituir o GP da Rússia
Circuito Sochi F1 Rússia
Na imagem, o circuito de Sochi Autodrom, onde estava previsto ser realizado o GP da Rússia.

Entre as medidas anunciadas, destaca-se ainda o facto de não se poderem realizar provas internacionais ou regionais nestes dois territórios, entre eles o GP da Rússia em Fórmula 1.

Recorde-se que inicialmente o GP da Rússia tinha sido suspenso pela Fórmula 1, mas agora foi mesmo cancelado pela própria FIA, com o organismo a invocar “razões de força maior” para justificar a decisão.

Mazepin continua na F1

Nikita Mazepin era um dos pilotos russos que estava em risco de ser retirado do plantão, mas na sequência deste anúncio, o piloto russo da Haas vai poder manter-se na Fórmula 1.

Haas F1 Team
O monolugar da Haas ainda com as cores da Rússia e com o patrocínio da Uralkali durante os testes de pré-temporada, em Barcelona. Steven Tee

E na verdade, pouco ou nada vai mudar, uma vez que Mazepin já corria sob bandeira neutra, depois do escândalo de doping nos Jogos Olímpicos de 2014 que levou a Rússia a ser impedida de participar enquanto nação em campeonatos mundiais.

LEIAM TAMBÉM: As reações e medidas da indústria automóvel à invasão da Ucrânia

Aqui, a maior dúvida está mesmo relacionada com a Uralkali, empresa de fertilizantes russa (pertence ao pai de Mazepin) que é um dos patrocinadores principais da Haas.

Haas f1 Team
O monolugar da Haas já sem as decorações da bandeira russa e sem o patrocínio da Uralkali.

O monolugar da Haas já mudou a sua decoração inicial, dominada pelas cores da bandeira russa, algo que até já tinha sido «acautelado» pela Haas mesmo antes destas sanções, já que no último dia de testes em Barcelona o carro da formação norte-americana se tinha apresentado sem as cores da bandeira daquele país.

FIA condena invasão

Além de anunciar as sanções para Rússia e Bielorrússia, a FIA também reagiu à invasão russa à Ucrânia, na palavra do seu novo presidente, Mohammed Ben Sulayem.

Condenamos a invasão russa à Ucrânia e os nossos pensamentos estão com todos aqueles que estão a sofrer na Ucrânia.

Mohammed Ben Sulayem, presidente da FIA

Ben Sulayem afirmou ainda que o organismo mundial está a assistir “com choque e tristeza” ao que se está a passar na Ucrânia e sublinhou que espera que tudo termine com uma “resolução pacífica” do conflito.

“Estamos solidários com Leonid Kostyuchenko, o presidente da Federação Automóvel da Ucrânia, e toda a família FIA no país”, acrescentou o líder da FIA.

Sabe esta resposta?
Quantos circuitos já receberam o GP de Portugal em Fórmula 1?